Capítulo 24

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Depois de mais um dia de treino a Lisa e a La sentam descansando no gramado verde com alguns lugares sem gramado por conta das lutas ferozes que as duas vinham dando.

- Lisa!- La chama a amiga distraída desenrolando uma faixa na mão.

-Hm- ela responde sem abrir a boca.

- Eu vou voltar para a casa da minha mãe no sábado.- Ouvindo isso Lisa para de desenrolar a faixa da mão e presta atenção na face da amiga esperando ela dizer que era brincadeira para depois acabarem-se de rir da cara dela no entanto, a La manteve-se seria olhando para ela com um olhar tranquilo.

-Diz que estás a brincar!- insistiu a Lisa com o coração apertado.

- Não...-La levanta do gramado ficando de pé.- Olha por mais que sejas a minha amiga, também és a rainha do Gã e a esposa do régulo (rei), querendo ou não tens deveres matrimonial para cumprir e sejamos sinceras, desde que estive cá com a Indi nem você e nem o Alec se preocuparem com esse assunto, a prioridade era te treinar, mas agora que está feito não posso ficar no vosso lar, a lei do invisível tem de ser cumprida e estando aqui vocês nunca irão se importar com a companhia um do outro.-

Lisa permanece calada encarando a Larcia com terror no olhar como se na sua frente estava um monstro.

-Está brincando com a minha cara?-Lisa pergunta também se levantando do chão.- Primeira coisa, eu nem em terceira reencarnação me daria bem com o seu primo, o cara simplesmente me odeia, segundo, deveres matrimonial se cumpri quando há amor ou respeito entre o casal, você esteve aqui e viu que quase metemos casa a arder e mais, tenho vindo a ser paciente sobre a tal lei do invisível que ninguém quer me contar, dentro desse inferno foi você que me salvou e do nada vens a me dizer que valorizas mais a lei do invisível do que a nossa amizade?-

-Não é isto que eu...

- É sim senhora, que lei do invisível é esta afinal?-Lisa interrompe a La cheia de tristeza e inconformada, ela quer a amiga por perto porque se ficar com o Alec sozinhos de novo a vida dela será de tristeza e ódio, essas cenas ela claramente não quer.

- A lei do invisível, é você dar um herdeiro para o Gã Mane, ele se tornará um Djagra (Príncipe) e assumira posição do pai futuramente.- Indi nas suas vestes brancas vem caminhando graciosamente para junto delas.- Se chama assim porque ninguém sabe qual é o poder que terá o djagra.

- O quê!?- indignada ela pergunta dando um passo para trás, mas as duas mulheres permaneceram caladas e atentas a reação dela. Lisa junta as suas ligaduras e sai dali segurando fortemente as lágrimas.

Ela se sentia traída pela duas pessoas em quem mais confiava, afinal, quando é que ela vai parar de ser a última a saber da própria vida? Tudo bem que ela agora é esposa de alguém, mas a Lisa não conseguia aceitar o fato de ter que dar ao Alec o seu primeiro filho, a virgindade até se vai, mas um filho é uma coisa completamente diferente, o quê, acham que é só dar um filho e acabou?

Eles não se amam, não se respeitam, se odeiam, como é que uma criança irá crescer num meio cheio de negatividade? além do mais a Cilisa tem forte esperanças de encontrar o garoto da floresta, ou seja o seu primeiro amor, ela não pude dar a sua virgindade a ele, pel menos uma vida feliz ela queria dar a ele, mas para isso terá de o encontrar e, o mais assustador é que se ela der um filho ao Alec, nunca mais as coisas poderão ser de acordo com que ela sonhou e quer.

Vendo ela passando pela porta de vidro, a Indi segura o peito se sentido um pouco mal por ela, nunca teve que se preocupar com essas coisas de amor porque ela foi destinada a ser uma sacerdotisa. Uma verdade é que a Lisa as acostumou, e acostumou com a presença delas é normal essa reação vindo por sua parte.

-Será que ela fica bem?-La perguntou.

- Tem de ficar querida, é o destino dela pertencer ao nosso rei.-

-Mas eu me sinto um pouco triste, o Alec sempre foi um babaca com ela, dói-me saber que ele nunca vai ama-la.-Larcia triste deu um passo para frente apanhando o lenço no chão.

-Nunca diga nunca.-Indi dirige-se com a La para dentro da casa em silêncio, depois daquelas palavras.

Por outro lado o Alec estava na varando do seu quarto ouvindo tudo, dizer que ele sentiu-se mal em um pouco exagero, porém no fundo ele queria fazer diferente do seu pai que passou anos sendo frio com a sua mãe, mas diferente do seu pai, ele é frio e babaca por natureza o que o faz ser pior que o velho.

O homem vai até a sua cama e se sentou no chão encostando na mesma, fechou os olhos e se concentrou respirando superficialmente.

- Saíde! Saíde! Saíde.- Chamou três vezes o espírito dentro dele que no momento a seguir surgiu fazendo o Alec abrir os olhos revelando os seus iris azul turquesa.

- O que você quer?- Saíde se senta na frente do Alec com a cara fechada-

- Quero que me ensines a ter emoções positivas, como por exemplo felicidade, confiança até o amor.- Pediu o Alec para uma criança de sete anos.

- E eu lá tenho cara de casamenteiro por acaso, se vire, eu que não vou me meter nos problemas dos pombinhos.- disse com uma voz de criança.

Sim o grande Saíde era na verdade a identidade do Alec quando ele tinha sete anos, obviamente não era aquela a sua aparição real, porém por ter se refugiando no corpo do garoto desde o momento que o mesmo nasceu, acabaram se tornando um só. Devido ao Alec ter bebido o primeiro elixir com sete anos, fez o Saíde ficar preso na aparência do dele quando ele tinha sete anos

- Sempre dás um jeito de ser um pé no cú, não somos pombinhos, entendeu?

- Entendi é o cú do vizinho, me deixa quieto fela da pueuta.

- Eu sei que são filha da puta as últimas palavras.

- Não fala alto, se não vais traumatizar o pobrezinho desta criança.- Saíde tapa os próprios ouvidos esquecendo que era ele a criança.

- Está brincando? É você a criança seu idiota.

- Ahh é mesmo.- Disse ele removendo as mãos das orelhas.- Mas mesmo assim não vou te ajudar.

- Vá lá, te deixo assumir o meu corpo por um dia inteiro, te deixo fazer o que quiser, andar pelado, fazer chafariz de xixi, insultar velhinhas nas ruas e palpar os seios das novinhas. Então, o que me dizes.- Propostou o Alec.

- Proposta tentadora mas ainda sim não.- Ele nega virando a cara de lado esperando o ALec insistir.

- Ok então, obrigado na mesma.-

- Pera aí, você não sabe fazer negócios?

- Tenho tempo para isso não, vou procurar outro, saiba que nunca vais assumir o controlo do meu corpo.- Continuou o Alec fingindo desinteresse.

- Está bem seu merda, aii que porra caralho, chato de uma desgraça, eu aceito ô galinha depenado.- Inconformado Saíde insulta o Alec por não ter escolhas a não ser aceitar depois de fazer maior drama.

- Hey olha a língua, tens apenas sete anos.- Alec o provoca soltando um riso nasal.

- Não me falte com respeito piralho, eu sou não sou colega nem do seu pai.

- Claro, meu pai é mais velho que você.

- Seu desgraçado, eu vou te matar.- Saíde voa no pescoço do Alec frustrado batendo o homem com toda a sua força, não fazendo grande coisa.

Boneca PretaOnde histórias criam vida. Descubra agora