Boneca Preta

Capítulo 23

Em casa no gramado do lado traseiro da casa, se encontrava a Lisa, La, Indi e o Alec, a Indi e o Alec meditavam num canto enquanto que o La e a Lisa treinavam combate corpo a corpo

-Não, não Lisa, tens de por firmeza nas pernas, essa posição seria fatal para você.-Lá fala pela sétima vez andando a volta da Lisa que errou sete vezes a mesma coisa..

-Fecha o seu punho com firmeza e não se esqueça de olhar para o corpo do seu adversário, normalmente num combate é algo que mais te dá informações. Tens de saber prever quando, como com que lado, onde o seu adversário irá te atacar, viva cada tipo de ataques possíveis na sua mente e esteja preparada para responder a cada uma delas, tens de me ganhar na mente primeiro, entendeu?_ Boneca acena sim com a cabeça ofegante e exausta depois de cinco horas treinando com a general.

Lisa avança para a amiga tentando acertar o queixo dela, no entanto quando ela foi perceber o seu corpo se movia para o encontro do chão.

"quando foi que ela me acertou?" ela se perguntou mentalmente.

-Hey, assim não vale deixa pelo menos eu te ver me acertando, você disse que lutaria sem usar o seu poder._ reclamou a Lisa sentando no chão chateada por ter sido enganada pela amiga.

La em silêncio analisa a Cilisa de pé a cabeça e sentiu uma vontade de socar de verdade a cara dela.

- Cilisa eu nem te toquei, você caiu sozinha._

-Ahh foi mesmo?_

-Pelo amor de Deus eu desisto, eu desisto ahhhhhh!_ Frustrada gritou a Larcia exausta de tanto repetir uma só coisa.

-Calma La, credo eu nunca lutei com ninguém.-disse a Lisa fazendo manha.

- Cala a boca, você nem sequer consegue ficar de pé caramba!_La tira o lenço e joga no chão marchando para longe dela quente de stress.

Lisa podia pedir que a La volte, porém ela simplesmente deita no gramado rindo da frustração da amiga.

Durante o crepúsculo todos estavam reunidos na mesa aproveitando da refeição gostosa e rica que a Indira preparou. Estava um clima estranho entre todos eles e isso aos poucos matava a Larcia que não conseguia ficar quieta daquele jeito.

-Afinal é hoje a noite a festa que o presidente organizou, nós vamos?- perguntou a La quebrando o silêncio.

-Não vamos. -Disse a Indira levando um copo de sumo a boca.

-Andei pensativa ultimamente, desde o dia que os militares apareceram aqui eu meio que estou tentando ligar alguns pontos. Ela fala pausando um pouco.- O pelotão que veio até nós naquele dia, abrigava um dos balefuls que é o capitão, forte odor de podridão foi bem camuflado porém, não é nada impressionante para mim. Bem, se tiver um balefuls na politica isso nos leva a crer que tem um ninho deles lá, vendo o histórico dos balefuls, eles não são criaturas que seguem mestres fracos e sem autoridade e essa posição de mestre cai bem a só uma pessoa...

- O presidente!- Larcia e o Alec falam em uníssono completando as palavras da Indira.

-Isso faz todo o sentido, só o balefuls mais poderoso tem o poder de ver e pressentir os espíritos por isso que é temido e respeitado por outros que não têm essa habilidade, ele realmente é o suspeito número um.-Larcia diz enchendo a boca a seguir.

- Anos fazendo o povo sofrer, ele pisa na constituição de um jeito terrível, ameaça o proprio povo de morte, é um ditador dos infernos, nunca parou para prestar homenagem aos líderes antes e agora que o Saíde acordou ele simplesmente quer fazer isso, não pode ser uma coincidência.- Alec bufou estressado encostando na cadeira.

- Ele tem medo da profecia.- Comentou a Indira.

- Que profecia?- Lisa pergunta.

- Diz a profecia que a cria do Saíde será o aniquilador dos balefuls, nada no mundo será mais poderoso que ele, ou seja o Alec foi escolhido pelo Saíde então ele automaticamente é a cria dele, o aniquilador dos balefuls porém, o Saíde está fraco por ter dormido por muito tempo é a hora perfeita para se livrar dele.

- E o presidente quer usar essa festa para fazer isso.- Lisa fala baixinho, como se estivesse confessando algo pra si mesma.

- Pois é, não temos certeza se é ele mesmo o mestre dos balefuls mas, mais vale prevenir que remediar. Andem lá, vamos terminar a comida antes que esfrie.- Indira encerra a conserva deixando cada um no próprio mundo.

Seis meses depois

Chuva forte caia do céu encharcando tudo a sua volta, relâmpagos gritavam no céu anunciando o mau tempo que aquele dia carregava, juntamente com os relâmpagos, trovões cantavam no céu servindo de árbitro para duas senhoras que se encaravam mortalmente, uma assim como a outra estavam totalmente encharcadas pela torrencial do dia.

Larcia com as ligaduras rodeadas na sua mão, cerrou os punhos atenta a Cilisa em posição de gato atacante. A tensão era de romper a garganta de tão densa que estava, o ar pareceu não circular transformando o ambiente cinzento ainda mais sombrio. Alguém de fora acharia que as duas mulheres de pé olhando uma para outra se odiavam, o que não foge da verdade para aquele momento.

Larcia muda de posição normal para a posição de combate, desafiando a Cilisa a ir com tudo e, ela sem perder tempo sai numa velocidade incomum em direção a sua general, a força com qual ela deu partida não era normal nem para uma mulher militar de alto patente e, a velocidade em que ela se encontrava é quase desumano.

As duas mulheres trocavam chutes e socos ferozes, parecendo homens a lutar, a general era mais do tipo força bruta e a Lisa era agilidade, mas mesmo sendo ágil ela não era demais para a general do Gã Mané. Lisa pisa nas coxas da Larcia ganhado impulso para rodear as pernas no pescoço da mesma e derruba-la, mas esta percebeu a intenção e bloqueou a menina impedindo o uso da técnica, ela lança a moça para longe e esta pousa no chão espirrando a água existente no gramado.

-Bons reflexos minha rainha, bora ver se és capaz de me segurar com a força total.- a Larcia não esperou que a Lisa responda, num piscar de olhos ela já tinha chegado ao pé dela tentando socar a cara da mulher. Lisa deu dois passos atrás numa velocidade incrível obtendo a admiração da general e antes que ela consiga processar bem, a menina conseguiu lhe derrubar com um soco no pescoço acompanhado de um pontapé na bunda.

- Que humilhação.