Capítulo 35

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Não sei se ainda lembram do filho do presidente o Ronnie?

Ele mesmo! O rapaz andava seis meses vagueando de um lado para outro numa missão que o seu pai lhe atribuiu, e hoje ele finalmente volta  para o capital do país entregar os relatórios de tudo o que andou pesquisando. Ele não via a hora de reencontrar a sua bela amiga e colega da faculdade, desde que ficou longe os seus pensamentos maior parte da noite só pertencia a ela.

Na estrada o vento soprava normal e a bela brisa atingia o rosto lindo do Ronnie sentado no banco de trás do carro, perdido nos seus pensamentos, ele carregava um ar misterioso e tenso, de vez em quanto suspirava pesadamente tentando conter alguma coisa que não lhe cai bem no coração e na mente. O que ele descobriu na sua missão causa-lhe uma certa preocupação e ele mesmo já não tem certeza se deve ou não confiar todos os detalhes ao seu pai.

Desde criança o velho nunca mostrou carinho e afeição, por mais que ele se esforce fazendo tudo o que o presidente quer, mesmo assim o homem nunca ficava satisfeito, o olhar dele para com ele era sempre frio e indiferente, o Ronnie aceitou os olhares dele aliviado por não ser de ódio e desprezo, abandonou a sua verdadeira personalidade, seus sonhos mais íntimos, abriu mão de ser quem ele realmente quer ser tentando a cada dia alcançar o amor inexistente do seu pai mesmo sabendo lá no fundo que ele nunca iria o olhar como um filho.

O que lhe mais o deixa frustrado é o fato dele conseguir ver almas mortas e vivas de cada qualquer pessoa que ele encontrar, mas a alma da única pessoa que ele não consegue ver é a da mãe dele. O Ronnie sentia que se talvez a mãe  estivesse com ele, talvez se ele tivesse crescido tendo ela por perto, as coisa seriam diferentes ele poderia viver e viver os seus sonhos, e não passar apenas de um objeto para o próprio pai.

Ronnie dentro do carro imaginava como seria ter a sua mamã com ele, qual é a sensação de ver ela sorrindo ou irritada, qual seria a sensação do seu beijo e abraço o que ela faria se ele estivesse triste ou feliz... Porém todas aquelas imagens acabam sendo deletas pelo toque do celular do próprio Ronnie.

- Hmm!- fala ele atendendo o celular com uma expressão cansado.

- Qual é o tempo da demora?- presidente no outro lado da linha fala como sempre, calmo e frio sem ao menos cumprimentar o rapaz.

- Mais uns trinta minutos.- Respondeu o Ronnie nada animado e depois desliga o celular exausto de tudo aquilo.

Presidente sentado no seu escritório a olhar para o teto, do nada começou a passar mal grunhiu de dor segurando o seu pescoço como se tivesse lava quente descendo no seu esófago. A dor era tão intensa que o presidente suava e lacrimejava. Com muita dificuldade ele levanta do seu escritório indo para a sua sala secreta, quanto mais ele andava, mais o seu corpo degenerava e  o fedor alargava preenchendo todo o ambiente. Era tão intenso que era capaz de queimar narinas de quem sentia o cheiro.

Presidente chega na sua sala digitando a senha da porta com as mãos trêmulas, ele nem conseguia respirar direito, pois carne do seu corpo caía aos pedaços no chão, seu rosto  revelava ossos da face aos poucos e a aparência dele cada vez ficava mais medonho, o carpete preto do corredor estreito e pouco iluminado  se manchava de carne e sangue. O presidente abriu a porta com urgência temendo que o nível de degeneração chegue a ultima fase e assim que entra na sua sala foi desesperadamente até a sua banheira de sangue e entra gritando de dor, partes do seu rosto que faltava músculos começou a soltar fumaça e aos poucos se viu regenerado. O contato de sangue com a pele do presidente causou um ardor infernal, uma dor de desgraça, ele mergulha todo o seu corpo na banheira de sangue e relaxou a seguir depois de sentir que estava tudo a voltar ao normal. 

Ronnie chega minutos depois os militares abriram o portão do palácio presidencial e o carro passa tranquilo. Ele desce do carro e vai direto para o escritório do pai, mal ele entra o bafo tomou conta das narinas do rapaz e ele pensou que talvez errou do caminho. Se calhar ele foi sem querer para o banheiro, porque não é possível que o eu pai chegue a esse nível de fedor, ele já não sabia se ria ou chorava com o cheiro que lhe rompia o nariz.

Ele abre a porta do escritório e por um momento quis correr dali, Deus do céu! o fedor chegou a dar cascudos no pobre coitado, mas mesmo assim ele  continuou em frente e chamou por seu pai mas nada do velho responder. Já que não tinha ninguém o Ronnie deu uma olhada na mesa do pai e mais uma vez se decepcionou com o que vê . Tantas papeladas a cerca da situação financeira atual do pais que que ganhava pó sem nem sequer, dividas no setor educativo, de saúde, o comercio está impossível sem esquecer do fome. Isso tudo para o presidente Simaro é  uma perda de tempo, entretanto matar, intimidar, roubar é tudo que o interessa.

Ronnie pensou em todas aquelas pobres pessoas que sofriam o seu coração encheu de raiva e de tristeza.

" Até onde você irá pai?" pensou o rapaz.

- Você chegou.- Disse o presidente vestido de um terno casual e o rapaz acena um sim com a cabeça.

- Tem algum problema para você  estar vasculhando a minha mesa?- Perguntou o presidente passando por filho indo sentar na cadeira.

- Me doí ver que há algumas pessoas que não se dedicam aos seus postos e trabalhos.- Ronnie rebate sem medo devolvendo o olhar frio do pai. Eles se encaram friamente por 5 segundos até que o presidente desvia o olhar para as papeladas levantando um com ar de despreocupado e pouca consideração para a indireta do seu filho.

- O que você sabe sobre a estrela que dança? 

Boneca PretaOnde histórias criam vida. Descubra agora