Capítulo 19

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- Senhor coronel, o tremor parou!_ disse um dos oficias no banco de trás do carro que voava loucamente.

- Ainda temos de saber o que esta acontecendo, poderá ser um terremoto e os civies estão precisando de ajuda._ falou o homem que de manhã esteve com o presidente de república.

"Com certeza é ele, essa onda energética, só pode ser ele. O presidente tinha razão ele finalmente acordou, desgraçado filho da puta." disse o homem mentalmente pedindo que o oficial motorista acelerasse ainda mais.

- Isso seria impossível. Disse o oficial confuso com as palavras do seu superior.

- Me chamando de precipitado soldado?_ perguntou o coronel fuzilando o rapaz com os olhos.

- Não senhor me desculpe.

Alec será morto se os soldados o vissem como Saíde, melhor será fazer o espírito voltar a dormir para que o menino possa escapar com vida porém, esse Saíde que acabou de acordar só irá desaparecer quando ele quiser o que provavelmente seria nunca, consequentemente a isso, o Alec e todo o pessoal estavam ferrados, os militares chegariam em 15min e lá estava o Saíde, comendo feito doido.

- Quando eu me fartar eu juro que eu mato todos vocês, esperem só um bocadinho. Mas podem indo explicar como por amor de Deus eu vim parar no corpo desse menino patético quando o meu acordo foi com o Mustafa?_ Disse ele com a boca cheia de Carne, mas ninguém o respondeu.

- Alias quem é que cozinhou? Porra essa dama é boa mesmo._ disse enchendo a boca com mais carne de porco.- Alias esposinha, é melhor você saber cozinhar porque se não também morre._ disse o Saíde engolindo a comida. Ele assumindo o corpo do Alec, também assumiu a total função cerebral dele, até num certo ponto é bom, porém o Saíde nunca assumiu corpo humano, o faz o Alec um cara totalmente fodido.

Um rapaz deu um passo se aproximando da Indira falando algo no ouvido dela, e Indi no mesmo instante arregalou os olhos assustada com a informação que ele recebeu.

- Saíde você tem que ir embora se não o Alec morre e você também!_ Saíde para de comer com a bochecha cheia de carne e encarou a Indira com uma expressão seria antes jogar toda a comida no chão frustrado e cuspir a que tinha na boca.

- Repete Indira._ a voz dele se tornou assustadoramente frio, fazendo a Indira engolir em seco. - Falei para você repetir porra._ gritou feroz e cheio de raiva com o silêncio da Indi.

"Quer dizer ele acabou de acordar agora depois de tanto tempo dormindo, seus poderes enfraqueceram, seu estômago está cheio de elixir que a propria Indira fazia para o Alec tomar e manter ele preso dormindo como se fosse um merda e agora que ele conseguiu acordar ela fala para ele que se não voltar a dormir poderá morrer! Mas quem essa Vaca velha pensa que é."

- Os balefuls, eles estão perto daqui, se descobrirem que você está no corpo do Alec irão matar o menino._ Saíde deu uma risada sem humor passando a mão na cabeça, ele de repente para de rir e se aproximou ainda mais da Indira agarrando o pescoço dela. Imediatamente todos avançam para ele para tentar impedir, mas no meio caminho, o Saíde fez com que ficassem estáticos sem poderem se mexer.

- Nunca mais diga a mim uma coisa dessas, você não tem noção do que passei por conta desse acordo de merda, o que eu tive de suportar com cada elixir que o Alec tomava, achou memo que os teus elixires me faziam dormir, eles só neutralizaram o meu poder me deixando fraco._ cheio de odio Saíde falava calmamente como se estivesse conversando com a Indira que não conseguia respirar lutando para parar o Saíde.

Cilisa tinha que fazer alguma coisa já que ela é a unica capaz de se mexer, se ficar sem reação e tempo demais sem fazer nada, a Indira provavelmente irá morrer.

Ela pensou e como num passe de magica uma voz surgiu na sua cabeça lhe dizendo "o caos sempre teme a ordem."

- Toma sintidu u tornan quil qui dimi, comporta pabia curpo ika di bó Alec ku pistau el, tira bu mons na se gargante pabia ika lá qui si lugar, dam bu raiba pa n'orienta Saíde pabia ami i parte de bo._ depois das palavras da boneca, Saíde contra sua vontade olhava para as suas mãos que ganharam vida e obedeceram a Lisa, ele com olhos arregalados lutava contra si gritando e fazendo drama que nunca mais acabava porém, era em vão. Seu corpo se virou andando até a Lisa que esperava por ele de braços estendidos e, quando lá chegou já não era ele.

No outro lado os militares chegaram na casa do Alec, desceram do carro numa velocidade anormal correndo para o local onde foi o origem do tremor.

- Indira,chegaram._ gritou o rapaz que tinha avisado sobre os balefuls para a Indira.

Assim que os militares passam pela porta do lado traseiro da casa, o Alec já tinha caído de joelhos diante da Lisa com os seus iris de volta ao normal junto com o corpo da Lisa coberto pelo espiral. Os batuques já tinham voltado, os que estavam estáticos se libertaram dançando imediatamente para dar vida a cena fingindo que estavam apenas festejando.

Os militares olhavam para todos que fingiam não notar da presença deles, o local estava falsamente mais animado que antes, pessoas rindo e se fazendo de bêbados, tinha um que cai no chão, depois levanta e cai novamente enlouquecendo ainda mais os militares de confusão.

Indira olha para os militares fingindo surpresa e os batuques param no mesmo instante que ela levantou a mão. A cena parecia coisa de filme de tão bem que foi inventado, dava até duvida se eles não ensaiaram isso antes da festa, todos ali merecem oscar por fazer uma cena perigosa parecer um festejo em frações de segundos. "Waw palmas."

- Hmmm olha só, temos a presença dos militares, ao que devemos a honra caros senhores?_ perguntou a Indira se aproximando dos homens.

- Sentimos um tremor e viemos dar uma verificada._ Disse o coronel estufando o peito de dar com as suas mãos no cinto.

- Aqui é um reino de espíritos, coroamos o novo rei do Gã e a rainha dele..._ Indira aponta para a Cilisa sentada no trono do marido que estava sentado no gramado com a cabeça apoiado no colo dela dormindo profundamente. - É normal ter tremores..._ continuou.

Os militares analisaram os dois e o coronel aperta os olhos querendo ver melhor desconfiado de tudo aquilo e pular cair levantar e cair de novo. Diferente dos outros ele não engoliu aquele teatro, sentia algo estranho porém não via nada de anormal.

Pela sorte de todos estava uma noite sem lua, o ambiente não dava para ser otimamente visto, mesmo com as luzes do exterior da casa acesas e a fogueira no centro.

- O que é que aconteceu com ele?_ insistiu o coronel na sua investigação.

- Ele teve um bom sexo com a bela e amada rainha dele, ela era virgem e todos aqui sabem como pode ser cansativo ter que desvirginar uma mulher adulta que praticamente luta para não sentir dor, resumindo ele só está descansando._ disse a Indira neutra e firme analisando o coronel que analisava o Rei.

- Se quiser juntar a nós na festa, seria ótimo te levar para o mundo dos espíritos, todos geralmente têm essa curiosidade de como seria, não costumo aceitar levar ninguém mas hoje estou feliz e essa velha aqui pretende ser boazinha, pelo menos até a bebida passar... pessoal preparem o local temos um voluntario aventureiro que quer ir para Odum._ disse a Indira jogando um belo jogo deixando o coronel contra parede. Por ser um baleful, se ele atrever a visitar o Odum todos os seus soldados saberão a sua verdadeira forma além da surra que irá receber em Odum, seria o fim dele, então é melhor parar por aqui. Ele permanece em silêncio encarando a Indira com os olhos acusadores.

- Você consegue._ o rapaz que falou no carro antes, voltou abrir a boca encorajando o seu superior do nada quebrando o silêncio, mas o coronel lhe deu a olhada de paz a sua alma e o menino logo fechou a boca com medo de morrer.

-Viemos aqui trazer o convite oficial do presidente da República, façam presentes da festa de homenagem a todos os líderes tribais que morreram na grande guerra. Talvez lá eu aceitarei ir para esse tal de Odum._ o coronel estende o convite e a Indira pega a carta com letras escritas em uma tinta dourada," presidente Simaro."

- Grande homem, mas dá próxima vez façam-me o favor de baterem na porta antes de invadir._ Indira falou irritando o coronel.

-Anotado velha._ disse ele dando as costas.

- Obrigado piralho._ disse a Indira novamente provocando-o. Ele sai dali com maxilar encravado de tanto apertar os dentes cheio de raiva.

Boneca PretaOnde histórias criam vida. Descubra agora