Dania e a Quinhas entram com trajes totalmente diferente do mais cedo, elas em vez de branco estavam com pano de pente vermelho amarado no peito e com o corpo totalmente coberto por oleo de palma, ao lado delas tinham homens com pano vermelho amarado na cintura e também com corpo coberto de oleo de palma. Alguns dos outros homens e mulheres dançavam ao redor da fogueira festejando a coroação do rei do Gã dos espírito e a Rainha dele, maior parte eram convidados do casamento, porém teve alguns líderes de outros Gã que vieram dar os parabéns.
Delcia e Leny se beijavam de felicidade, Larcia enchia a barriga com carne de porco assado, e os demais que ali estavam conversavam e bebiam com o som de amapiano no fundo.
A festa estava acontecendo no lado de trás da casa que foi decorada naturalmente por árvores grandes, gramado bem verde e flores de varias espécies. O lugar era muito bonito e aconchegante, o senhor Leny tem um olho grosso na escolhas de edifícios.
No ponto alto da fogueira se encontra sentado num espécie de trono feito com cascas de ostras e conchas brancas o rei do Gã Alec, que usava pano de pente branco enrolado na cintura, na sua mão direita tinha uma cauda de vaca, na mão esquerda bastão de ouro enfeitadas com búzios, no pescoço dele tinha vários cordões que também são de búzios e iam até o final do seu peitoral, e na sua cabeça uma banda preta amarado na testa lhe dando um ar mais serio e maturo. Ele parecia um verdadeiro rei, com o seu longo cabelo trançado estava impecável e lindo. Ao lado dele num banquinho fofo feita com lã de ovelha, uma boneca preta vestindo saia de palhas indo até joelho uma banda preta cobrindo os seus seios, na sua cabeças uma banda branca , no seu pescoço três cordões de búzios, na sua mão esquerda cauda de uma vaca e na direita, uma esfera de ouro, no seu braço mais búzios e na sua cintura cordões de missangas preto e branco. Ela estava maravilhosa com o seu cabelo solto coroando a sua beleza.
A festa acontecia normalmente, com todo mundo se divertindo a Indira levanta do seu lugar indo até ao meio com a sua bengala na mão direita e na esquerda o lençol manchado de sangue puro da virgindade da Lisa. Ela levantou a mão e os batuques dos tambores cessaram, todo mundo prestou atenção nela que caminha até perto do rei e da rainha fazendo uma reverência ligeira, ela levanta o lençol abrindo-o perante todos para confirmar que sim, a Cilisa foi capaz e conseguiu esperar que o seu marido lhe tirasse a honra jovial.
- Todos vocês testemunhem, a filha do Austi, se honrou até esse dia, onde o seu verdadeiro dono lhe possuiu e lhe fez sua, a lei da surpresa lhes pertence para sempre, veneramos a ti ô grande Alec Saíde Mané assim como a ti Cilisa Austi Mane._ Depois de fechar a boca ela joga o lençol no fogo que aumenta as chamas gradualmente, Alec olha para a sua esposa e sorriu para ela se sentindo ainda mais patrão do jogo.
Em vez das chamas crescidas continuassem amarela alaranjados, subiu do fogo chamas azuis turquesa causando interrogação em todo mundo, aquilo nunca aconteceu em nenhuma outra coroação. No mesmo instante os olhos do Alec acendeu fazendo o rapaz contorcer do absurdo dor de cabeça, ele grita feroz e alguns homens se apressam para o ajudar, mas a Indira mandou-os pararem de avançar testando o acontecimento para saber o que estava se passava com o rei do Gã.
Alec cai de joelhos gemendo de dor com as suas mãos na cabeça lutando contra o Saíde que queria aparecer. Cilisa sem saber o que fazer começou a entrar em pânico, pois no nariz do seu marido saía sangue e os olhos dele ficaram vermelhos por conta da intensa dor que ele sentia.
Alec agarra a mão da sua esposa lutando contra a dor, porém nada funcionava, parecia que quanto mais ele lutava mais a dor entrava nos seus órgãos lhe fazendo sofrer. Lisa fica de joelhos chamando-o repetidas vezes, mas o Alec não respondia, do nada corpo dela começou a tomar um calor estranho, era com se tivesse uma fogueira nos seu interior, a sua respiração ficou pesada e tudo em si doía, seus pulmões pareciam rachar por falta de ar e o seu coração batia violentamente no peito querendo enlouquecer para bombear sangue o suficiente. Era quase morte para ela, sentir aquela dor, no entanto ela lembrou das palavras da Indira sobre ser o controle do Alec, se ela enlouquecer agora, todo eles estariam perdidos, sabe lá Deus o que o caos poderia fazer em seguir. No meio de tanta dor ela com muito esforço levanta do chão saindo do perto do Alec as ondas da energias do caos que ela prendia com a sua presença espalhou por toda parte causando tremor na terra, todos estavam assustados mas a Indira ainda lhes mantinham quietos proibindo todos de avançarem.
A Boneca afastou do Alec sem saber o que estava fazendo e começou a dançar. Os movimentos dela eram delicados ao mesmo tempo fortes, sacudia o corpo balançando as ancas, mexia os braços dando as voltas, levantava os pés calmamente e descia-os, quem olhava para ela a dançar ficaria preso naqueles movimentos suaves e singulares. A forma que ela se mexia transmitia poder e a ordem. Aos poucos o tremor vai parando e no corpo dela surgiam símbolos de espiral interligados da mesma cor que íris do seu marido, o Alec para de sentir a dor porém, os olhos dele se manteve da mesma cor indicando que não era o Alec, mas sim o Saíde.
Cilisa para de dançar estendendo a mão para o seu marido, que levanta apoiando-se nela. Todos ao ver era o Saíde foram se curvando um por um, ele olhava para todos eles num perfeito silêncio e confusão, depois olha para a Cilisa e disse:
- Quem é você bela dama?_ A voz dele era rouco e frio, Lisa sem medo sorriu para ela e disse.
- Sou a estrela dançante, muito prazer Saíde, o senhor do coas.
Naquele momento que eles estavam festejando, voava o carro dos militares em direção a casa do Alec, eles sentiram o tremor porem não sabiam dizer o que era, no entanto estavam um pouco longe do local, o que é bom porque se acharem o Alec naquela situação matariam ele, já que a identidade do Saíde se revelou no mesmo dia em que foram dados a missão de entregar convites para os líderes do tribo.
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Boneca Preta
RomanceImagine você crescer sabendo que pertences a um só homem. Que não pode tocar, pensar e nem olhar para um outro sem que haja consequências. Foi feito um ritual ancestral antigo, que te proíbe de apaixonar e de sentir atraída por alguém e caso você, d...