Ciúmes ou inveja

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— Falaí gazela gótica. — Rio de Janeiro se aproximou de São Paulo e Paraná.

— Puta que pariu! — O paulista se virou já irritado em direção ao chamado. — O que tu quer agora meo?!

— Já tem comida na mesa pra tu não dizer que passou fome aqui. — O moreno revidou agressivo. — Pediram pra falar que a carne ainda tá mal passada. Sangrando do jeitinho que o vampirinho goxta. — Provocou-o novamente.

São Paulo quase tremia de raiva.

— Tá me tirando é? — Se levantou num rompante querendo estapear o sorriso idiota dele para fora de seu rosto.

Paraná interveio com um toque em seu braço.

— Obrigado Rio, a gente já vai lá.

— Quando chegar lá agradece o Sul, porque foi ele que salvou o churras desse jeito.

RJ virou as costas e foi embora, nem viu o semblante sério do paranaense, era claro que ele só queria incomodar mesmo.


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A primeira coisa que viu quando chegou fez seu coração afundar no peito. Matinha apoiada no braço do gaúcho, que também estava com Catarina do outro lado. Goiás não soube se era ciúmes ou inveja, mas não importava, não era ele ali nem com Matinha nem rodeado de mulheres.

Acordou de seus pensamentos quando Tocantins o empurrou as costas para que e saísse da entrada da casa.

— Que foi maninho? — Olhou para seu rosto e depois buscou o que que lhe incomodava tanto. Sorriu ao ver a cena. — Olha só, mal chegou e já fez mais do que você. — Incomodou o irmão.

O goiano disfarçou seu incômodo.

— Ali num é o Amapá não? — Apontou genericamente para uma direção aleatória.

— Onde? — Ele caiu direitinho no despiste.

— Acabo di saí da vista. — Apontou novamente a fim de se livrar do menor.

— Ai, eu vou lá incomodar ele. — TO sorria largamente com a ideia, gostava de atazanar o irritadinho. Antes de sair se virou novamente para o mais velho. — Não me incomoda que eu não te incomodo. — Falou com malícia deixando claro a barganha.

O cantor virou o rosto um pouco constrangido, entendia muito bem o que ele queria dizer.

— Tá.

Assim que concordou viu Tocantins sair apressado e serelepe na direção que apontara. Quase se sentiu mal com a enganação, mas logo o menor acharia quem estava procurando de qualquer jeito então não se demorou nesse pensamento.

Rumou para a mesa que Matinha estava, mas mudou de planos ao ver Matin mais adiante. Cumprimentou o grupo inteiro no lugar.

— Opa. Bão?

— Goiás! — Matinha exclamou muito alto animada, mas pareceu lembrar do irmão e tapou a boca com as duas mãos. Tentou disfarçar. — Qui bão qui ocê chegou.

— Oi Goiás, demorou ehim guri. — Catarina complementou.

— Fala! — O gaúcho foi sucinto no cumprimento acompanhado de um acenar de cabeça.

Por último Matin o encarava afiado, não daria seu cumprimento.

— Se achegue meu rei! — Bahia percebeu sua presença e chamou de longe. — A comida já tá servida visse.

— Intão eu vô mi serví logo. — O goiano aceitou o convite. — Onde tá o Minas? — Perguntou pelo amigo enquanto se servia.

— Uai, verdade né, ele num apareceu ainda. — MT quem respondeu.

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