Nervoso

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Chegou o tão temido hot do Uruguai e do Sul  .--.

Fica o aviso~ 

Tentem ler da perspectiva do Uruguai~ 




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Sul estava nervoso, só havia falado com Uruguai pelo telefone e tinham combinado do gaúcho o visitar naquele dia. Apertou a campainha de uma vez, estava cansado de titubear tanto, não fazia parte de sua personalidade. Não tinha motivo de estar tão alterado poxa! O menor já havia o aceitado!

De repente a porta abre e o menor o recepciona com um sorriso um pouco rígido, ele também estava nervoso. Uma vozinha no fundo da mente do gaúcho comentou como o cabelo dele era claro. Muito claro. Não soube dizer exatamente o motivo da estranheza.

Os dois ficaram se encarando sem saber exatamente como reagir e o que fazer. Como se cumprimentariam agora? Nada era como antes, quando tinham que manter uma certa aparência perante os outros e os avanços eram unilaterais por parte do uruguaio.

O gaúcho suspirou se rendendo. Era sua vez de ter a iniciativa para variar um pouco. Sempre fora quem o afastava e impunha diversos limites naquele relacionamento errático. Estendeu o braço e o puxou pelo ombro lhe dando um abraço carinhoso e firmando sua cabeça contra o peito. Sentiu-o tenso.

— Holla guri.

Foi visível o uruguaio finalmente relaxar e retribuir o toque.

— Holla Sul.

Ficaram assim mais um pouco, reorganizando a mente e sentindo aquela nova situação. Quando enfim se soltaram ambos tinham sorrisos mais naturais na face.

— Posso entrar? Ou quer me deixar do lado de fora? — Como gentileza o barbudo decide falar em espanhol, já que estava na casa dele.

— C-claro! Por favor entre! Sinta-se em casa. — Uruguai ainda tinha um tom de nervosismo na voz que o maior não deixou de perceber.

— Uruguai. — O chamou decidido, porém manso. O outro ainda fechava a porta. — Vem aqui.

O menor obedeceu tímido. O sulista apoiou a ponta dos dedos no queixo dele e o obrigou a olha-lo nos olhos. Devagar aproximou-se e lhe deu um selinho delicado analisando profundamente suas reações.

— Tu pode fazer isso comigo quando quiser. — Viu que era necessária aquela autorização verbal de sua parte. Principalmente tendo em conta o histórico que tinham.

Sem muita surpresa lágrimas escorreram por suas bochechas e o barbudo delicadamente as secou com os polegares. O menor havia sofrido consigo. Ainda se surpreendia que havia aceitado seu pedido de namoro. Sorriu carinhoso.

— Tenta. — Viu o uruguaio quase entrar em curto circuito. Fechou os olhos o encorajando.

Demorou um pouco e sentiu seus lábios. Rápido e suave. Quase uma brisa. Espiou e viu-o transformado num tomate. Fingiu não ver.

— Fez alguma coisa para comer? — Indicou o próprio nariz divertido. — Senti um cheiro bom de comida.

— A-ah. Sim. — Apontou embaraçado em direção à cozinha. — V-vem. — Lhe lançou um olhar aéreo, parecia desacreditado que ele estivesse realmente ali. — Espero que esteja do seu gosto.

— Tchê, eu como de tudo, tu sabe. Não precisa ficar nervoso guri.

— E-eu não consigo evitar. — Murmurou esfregando as mãos.

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