Atrasei mas cheguei ainda hoje hehe~
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— HAHAHAY! — Rio Grande do Sul falou alto o que parecia ser um de seus chamamentos de cavalo. — Voltou de férias o preguiçoso!
— Preguiçoso teu cu! — Paraná respondeu se virando para encarar o loiro. Ainda bem que chegara cedo e tivera tempo de se preparar mentalmente para aquela interação, mas não queria dizer que seu coração não deu um pulo desconfortável dentro do peito ao vê-lo em carne e osso.
— Ficou muito tempo com o Sampa pra falar desse jeito tchê? — Sul nem ligou para a ofensa normalmente colocando suas coisas pessoais na própria mesa.
— Não é da tua conta filho da puta!
— Acho que ficou. — Sorriu divertido ignorando a irritação do menor. — Sentimos tua falta piá. — Falou tranquilo sem nem olhar em sua direção fazendo o menor travar completamente no lugar.
— É verdade. Ainda bem que tu voltou Paraná! — Catarina se adiantou em abraçá-lo. — Tudo bem?
Somente quando a loira lhe tocou é que o paranaense despertou, saber que o barbudo sentira sua falta da própria boca dele foi um pouco além do que conseguia processar.
— Hã? Sim, sim. — Voltou ao presente. — Já estou melhor agora.
— Tava ruim antes? Porquê? — O gaúcho perguntou curioso.
Que tanta intimidade era aquela? Quem deixou ele se preocupar tanto consigo? Mordeu a boca tentando recuperar sua calma.
— Nada de mais. — Mentiu. — E nada que te interesse chinelão.
Sul estava de bom humor e decidiu simplesmente deixar aquilo pra lá, não é como se fossem amigos para ele querer tanto saber da vida privada do moreno.
— Barbaridade, já sinto saudades do silêncio que tava antes. — Devolveu a ofensa se sentando sonoramente em seu lugar. — Neh guria?
— Fale por você, eu senti falta do Paraná. — Catarina defendeu o amigo o abraçando o pescoço novamente.
— Viu babaca. — PR quis ter a palavra final naquela discussão, finalizou dando a língua para o loiro e abraçando a mulher de volta.
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— Óia quem tá aqui. — Matinha notificou a entrada do gaúcho na copa para o irmão que a acompanhava, tomavam o cafezinho da tarde.
— O devedor de churrasco. — Matin brincou com um sorriso nos lábios.
Foi inevitável do loiro sorrir divertido, gostava do tipo de brincadeira dos dois, combinava bem com seu próprio senso de humor.
— Tch. — Bufou num ensaio de risada depositando seu kit chimarrão na bancada.
— É verdade sô, ocê prometeu quando chegou í agora já passou um tempão i nada. Nois só qué o qui foi prometido. — A mulher comentou divertida continuando a conversa.
Rio Grande do Sul suspirou discretamente ponderando, estava oficialmente sem muito dinheiro com toda a confusão com os outros estados e sua greve. Um grande boicote à sua pessoa em sua própria opinião. E não queria admitir nem para si mesmo mas queria causar uma boa impressão em MS. Queria ser seu amigo, de certa forma o admirava, mesmo o conhecendo a pouco tempo.
Dar-se-ia um jeito.
— Tchê, vocês têm razão. — Se virou para encarar os dois de frente. — O que vocês acham desse sábado?
— Sério? — Matinha exclamou animada.
— Nois tem qui levá o que? — Matin emendou também animado, à sua maneira.
— Nada. Vocês são meus convidados, na minha casa, não tem que levar nada. — Sul garantiu com um sorriso no rosto.
— Ocê tem certeza? Nois come um tiquim assim ó. — A mulher gesticulou com as mãos deixando claro que ironizava.
— Eu só preciso falar com o Uruguai, acho que ele também vai querer convidar algumas pessoas que ele conhece.
— Uai, por que o Uruguai? — Matin estranhou a menção do País, ainda mais enquanto falavam dentro da esfera de Estados.
O barbudo espremeu os lábios um pouco receoso, não sabia exatamente o que ele pensava a respeito de relacionamentos de pessoas do mesmo sexo. Mas era algo que se tornara inegociável para si, não suportaria voltar a ser o que era antes, não conseguiria. Não depois de passar dolorosamente por todo o processo de se descobrir gay.
— Meu namorado. — Falou rapidamente se preparando para o pior.
— Como assim? — Matin falou um pouco mais alto e foi visível o encolher de ombros do sulista esperando a bomba estourar. — Ocê namora a quanto tempo qui num mi contô isso sô? — O maior brincou ironizando. — Achei qui nois era amigo. — O analisava intensamente com o olhar. — Ele é homem num é?
Sul ainda estava perplexo com o rumo da conversa, mal conseguia acreditar que ele aceitava tudo tranquilamente. Tranquilamente demais. Assentiu rígido e em seguida o sul-mato-grossense sorriu largo junto com a irmã.
— É bom sabê qui ocê largô di sê idiota.
— Ficô só sendo lerdo mesmo. — Matinha não segurou sua alfinetada mal encoberta. Ainda lamentava toda a história do paranaense.
O gaúcho sorriu um pouco desacreditado, se virou para disfarçar seu alívio um tanto quanto exagerado na sua opinião. Retomou o que falavam antes, desviando a atenção.
— Eu só preciso falar com ele, mas acho que não vai ter nenhum problema de ser nesse sábado.
— Vai convidá mais quem? — MT correspondeu.
— Quem que tava daquela vez mesmo guria? Era tu, o Matin, a Catarina, meu irmão....
— O Minas. — MS murmurou contribuindo.
— O Goiás i o Paraná. — A mulher finalizou.
O loiro grunhiu qualquer coisa na menção do menor. Não soube dizer exatamente se em agrado ou desagrado. Mas fazia questão de sua presença para esfregar na cara dele que era um bom anfitrião. E churrasqueiro. E tinha a carne superior é claro. Só por isso mesmo. Nada de mais.
— Tchê, vocês podem convidar o Minas e o Goiás pra mim por favor? Que daí eu já vou no nordeste convidar o Norte.
Deu sua desculpa, não queria realmente convidar o Minas pois estava meio brigado com ele, mas também não o recusaria no seu churrasco. E o Goiás não fazia muita questão, não tinha simpatizado tanto com sua cara, parecia gado demais, se arrastava demais por um rabo de saia. Não tinha paciência pra isso.
— Claro sô. — Matinha concordou. — I o Paraná ocê mesmo qui vai chamá? — Provocou querendo ver a reação dele.
O barbudo deu de ombros.
— Ele é da minha sala neh guria. Não faz sentido tu ir lá pra convidar ele pra minha casa.
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E o Sul sendo todo cabeça de vento perguntando demais, se preocupando demais~ tadinho do Paraná ;---; (foi mal pelo reencontro dos dois ser bem curtinho~ mas é o q saiu)
O Sul fazendo questão de ter o Paraná no churras~ só pra se mostrar superior é claro~
E ele saindo do armário pro Matin!~
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Origens
Fanfiction- Erhm eu sei que tecnicamente a gente já começou a trabalhar e não somos mais novatos, mas de quem é aquela mesa? - Catarina apontou para a escrivaninha vazia em frente à sua. - Eu nunca vi ser ocupada.... - Também não sei.... - Paraná apoiou distr...