não havia como fazer doer menos

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O carro estava silencioso, Max e Rapha ainda seguravam a mão um do outro, Alec estava sentado com eles segurando a Mel que dormia tranquilamente em seu colo e Magnus estava concentrado na rua, nenhum deles sábia o que falar, cada um estava perdido no próprio pensamento, mas uma pergunta em comum rondava dentro das quatro mentes " e agora?"

Apesar do que Rita falou, Magnus sabia que ainda tinha mais coisas para descobrir, coisas que certamente tornariam a história daquelas crianças ainda mais trágica e mesmo ciente disso, Magnus faria de  tudo para protegê-las, ele sábia que para eles terem a chance de um futuro melhor ele teria que descobrir toda a verdade para que apesar de tudo elas pudessem seguir em frente, para que elas não se sentissem culpadas ou presas ao passado de algumas forma.

Ele entrou na garagem do prédio e pelo retrovisor viu as crianças com um olhar curioso, desceram na garagem do prédio e pegaram o elevador. O silêncio entre eles ainda era palpável, mas assim que desceram no último andar e Magnus abriu a porta do seu apartamento as crianças abriram a boca em um perfeito "o" Magnus deixou que eles entrassem primeiro e em passos lentos eles adentraram o apartamento, eles olhavam cada canto com olhos curiosos, nunca tinham visto um lugar tão grande, chique e bonito.

— vocês molam aqui? — perguntou Max observando as enormes janelas e a vista que elas proporcionavam.

— sim — disse Alec após deixar Mel no sofa com duas almofadas uma de cada lado, para impedir que ela caisse, ele se abaixou para ficar na altura dele — a gente mora aqui

— vocês são um casal igual o papai ea mamãe, mas sem a mamãe?

Alec ficou mudo por um momento, não sábia o que falar ao garoto, o que na opinião dele era vergonhoso, era uma coisa simples de se explicar, não deveria ter medo ou vergonha de falar do seu relacionamento, mas ele queria que aquelas crianças gostassem dele e se elas não entendessem seu relacionamento com Magnus ele não saberia o que fazer. Magnus vendo que seu noivo travou resolveu ajudá-lo a explicar de uma forma que os dois garotos entendessem.

— Rapha vem aqui — chamou e o mais velho parou ao lado do irmão, Magnus ajoelhou-se ao lado do noivo para olhar os meninos nos olhos — eu eo Alec somos um casal, um casal de homens e nós vamos casar daqui algum tempo, mas ja moramos juntos

Max inclinou a cabeça para o lado com uma cara confusa, como se tentasse fazer as peças se encaixar.

— então, vocês são bixinhas? — perguntou inocente fazendo Alec arregalar os olhos e ficar palido feito papel, Magnus se assustou com aquela palavra, mas assim que olhou para seu noivo, teve que se segurar para não rir da cara de espanto dele.

— Max! — repreendeu Rapha — lembra que a mamãe sempre disse pra não chamar as pessoas assim?

— mas Rapha... O papai chamava os nossos vizinho de baixo assim e falava que era feio e que Deus ia catigar eles

— Max — disse Magnus calmo, chamando a atenção do menino para si — o seu pai está errado, querido — pensou por um momento em um jeito de explicar de uma forma que o garoto entendesse — você sabe como Deus é? — ficou em silêncio por alguns minutos pacientemente esperando pela resposta.

— a mamãe falou que ele é amor, que ele tá em todo canto e que quando a gente chame ele, ele esculta e ajuda do céu, que ele não gosta de biga e que tem sempre que repeitar e ama o próximo

— isso mesmo — falou bagunçado os cabelos dele — ele quer que respeitemos uns aos outros, quer que amamos uns aos outros e que sejamos felizes, não importa com quem a gente escolha passar nossas vidas, seja homem ou mulher, se estamos felizes Deus vai ficar feliz também por que é isso que ele quer, nossa felicidade

Meu submisso ( Malec )Onde histórias criam vida. Descubra agora