Meu submisso ( Malec )

tudo o que queremos

— a Hellen, esta presa — o indonesio disse com calma, não queria deixar a mulher nervosa, mas tinha que ser sincero, o momento pedia isso. Eles esperavam que ela fosse ter alguma reação ruim, mas ela apenas abaixou o olhar suspirando triste.

Depois de uns poucos segundos ela encarou o casal a sua frente, os analisando minuciosamente, era como se ela buscasse algo de julgamento ou acusação nos dois, mas não achou nada ali, a não ser um misto de tristeza e ansiedade vindos do casal, mas ela não tinha certeza.

Ela encarou a parede atrás do casal e um misto de culpa e tristeza tomou a face dela, os olhos dela se encheram de lágrimas e o casal por um momento teve medo dela se agitar demais, mas ela apenas limpou as lágrimas que escorreram pelo rosto, puxando o ar, soltando lentamente.

— eu já sabia que ela faria isso — disse com a voz embargada — mas eu pensei que ela iria desistir no último minuto, pensei que ela mudaria de ideia e viria embora como eu pedi tantas vezes para ela fazer, eu pensei que…

— por favor se acalme — Alec pediu chegando mais perto da cama, mesmo com medo de ter seu toque repelido, o moreno segurou uma das mãos dela nas suas, tentando lhe passar conforto — sei que são grandes amigas, ela nos contou sobre a amizade de vocês, sobre como conheceu philip e tudo o que passou até a última conversa de vocês — sorriu pequeno para a mulher que parecia um pouco mais calma, mas ainda sensível demais — a Hellen nos contou que depois que se entregou para polícia ela ligou pra você e te mandou uma carta que não houve resposta

— eu tentei dizer a ela — disse quase que em um sussurro — eu tentei contar que estava doente, mas ela não me deixou falar, ela estava tão nervosa e dava para sentir o medo na voz dela, mas ela não me ouviu e… — balançou a cabeça para os lados em tristeza — aquele homem acabou com a vida dela.. ela era a minha melhor amiga, ele mentiu pra ela, bateu nela e arruinou a vida dela, eu fiz de tudo para protegê-la, tentei ajudar, mas já era tarde, ele tirou ela de perto de mim, levou ela para todos os cantos e ainda a maltratava.. aquele monstro, acabou com a vida dela

— ela continua sendo sua amiga, Abigail — disse Magnus se levantando da cadeira, parando ao lado do noivo — sabemos que tentou ajudá-la, sabemos de tudo o que ela passou e do quanto você tentou ajudar e, sim, o philip destruiu a vida dela, mas ela ainda tentou fazer o correto, por isso se entregou, ela não se arrepende de nada a não ser de ter deixados as crianças sozinhas e de não ter ouvido você. Ela nos disse do quanto sente sua falta, de como está preocupada com você, de como você sempre foi a única pessoa em que ela confiava e via como família e que por isso te pediu para cuidar das crianças

— as crianças. Deus! e-eu não pude pegá-los, eu já estava aqui no hospital quando ela ligou, já estava sendo internada, e eu tentei, mas como eu poderia ajudá-los se..

— se acalme — Alec pediu novamente vendo que ela estava começando a se agitar — não estamos aqui para te julgar. Estamos aqui pelas crianças, porque eles precisam de um lar, por que eles estavam vivendo sozinhos e porque não queremos que eles vão para um abrigo e sejam separados

— Vocês estão com eles? — viu os dois homens concordarem com a cabeça — e como eles estão? como são? Eu só os vi por fotos e sei apenas o pouco que a Hellen me contava por telefone — perguntou de forma animada e curiosa, com um brilho no olhar.

Ela não sabia bem o porquê, mas tinha algo no casal que a fez baixar todas suas guardas, e sem reservas ou timidez, ela estava empolgada para falar com eles e descobrir mais sobre os filhos de sua amiga.

— eles são crianças incríveis — Magnus sorriu amplamente, era difícil falar dos filhos e não demonstrar alegria e orgulho e ele nem queria esconder o quanto amava as crianças — eles são espertos, curiosos e amam brincar de pega pega, gostam de montar quebra cabeça e de jogos de tabuleiro, também amam me ajudar na cozinha e dançar