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Aproveitaram um pouco do dia seguinte indo embora após o almoço. Iori nao parava de sorrir. Nanami era um homem extraordinário.
O sexo era intenso, cheio de desejo, o homem sabia como dar prazer, fazia ela gozar toda vez. Aos poucos Nanami se soltava e ela conheceu o seu lado carinhoso e gentil, sempre se importando com o seu bem estar.
— Por que não coloca uma música? - Kento perguntou enquanto dirigia. Iori o encarou, surpresa.
— Tem certeza?
— Claro. Fique à vontade.
Iori conectou seu celular no pequeno rádio do carro.
I won't give up- Jason Mraz começou a tocar baixinho.
Trocavam olhares e sorrisos à medida que a música tocava.
— Pelo menos você tem bom gosto musical. - Kento observou.
— Eu tenho.

Chegaram no apartamento de Iori no final da tarde.
— Tem certeza que não quer ficar? Só um pouquinho? - Iori pedia em tom manhoso.
— Não posso, querida. Preciso lançar algumas notas e resolver umas coisas. Juro que depois compenso você. - selou seus lábios com um longo beijo.
— Tudo bem então. - choramingou. - Obrigada mais uma vez pelo fim de semana incrível, e por isso aqui também - mostrando- lhe o singelo anel em seu dedo.
— Você é incrível, querida.
Se despediram, e Iori fechou a porta. Se sentia nas nuvens.

No dia seguinte, chegou cedo ao hospital. Se sentia melhor, mais disposta, o fim de semana com Nanami a fez muito bem. Tomava seu café, olhando a pedra azul cintilante em seu dedo e sorrindo, lembrando do momento em que o loiro revelou seus sentimentos.
Nobara interrompeu seus devaneios. Estava de volta à rotina.
— Mas e aí, me conta, o que fez no fim de semana? Está um pouco bronzeada.
Iori corou.
— Ah... é que... eu fui à praia.
— E por que não me chamou? Caramba faz muito tempo que não pego um solzinho.
Iori ponderou por um instante, e por fim falou.
— Eu estava com uma pessoa.
Nobara a encarou com um olhar malicioso.
— Quem? Me fala. Como assim você tá saindo com alguém e não me contou?
Iori respirou fundo, se preparando para contar à amiga.
— É o Nanami. Passei o fim de semana com ele.
Os olhos de Nobara se arregalavam conforme as palavras saíam de sua boca,  se engasgando com seu café.
— Como é? - ainda recuperando o fôlego - eu ouvi você dizer que está saindo com Kento Nanami? Nanami , O Carrasco?
— Sim, ele mesmo.
Iori respondeu calmamente, enquanto a ruiva permanecia incrédula.
— E há quanto tempo isso tá rolando? Vocês estão só transando ou...?
— A gente não tá transando... quer dizer, não só transando, estamos juntos. - estendeu a mão para a jovem para lhe mostrar o singelo objeto em seu dedo.
— Eu me sinto traída. Por que não me contou? Não somos amigas?
Iori inclinou-se na direção de nobara, pegando sua mão.
— Não, não é isso Nobara claro que somos amigas. É só que....- buscava as palavras certas- eu não imaginava que fosse dar em algo. Tudo aconteceu naturalmente, e quando dei por mim ele se declarou e eu também e aí aconteceu. Não faz tanto tempo assim.
— Quanto tempo? - a ruiva encarava a amiga.
— A gente se aproximou de uns dois meses pra cá, e aí aconteceu.
Nobara balançava a cabeça em negação.
— Como você pôde se interessar por aquele ogro? Até que ele é charmoso, bonitão, mas sei lá Iori, não consigo imaginar vocês dois juntos.
— Bom dia. - Nanami chegou do nada, interrompendo a conversa entre elas. - Doutora Kugisaki.
Acariciou os cabelos de Iori num gesto carinhoso, se aproximando da mulher.
— Bom dia, querida. Já tomou seu café?
Nobara observava aquela cena incrédula. Por fim, se levantou.
— Enfim, vou começar as visitas.
— Ok, daqui a pouco te encontro.
Kento também exalava uma energia diferente. Estava bonito como sempre, seus cabelos dourados penteados impecavelmente, a única coisa diferente nele era o sorriso. Kento era um homem serio , de expressão fechada, mas dava sorrisos sinceros na presença da mulher.

Estavam todos sentados no estar médico almoçando em silêncio, por incrível que pareça.
Yuji começou a falar.
— Não sei o que tá acontecendo. Nanami está de bom humor, acredita? Hoje ele pediu pra colocar música durante a cirurgia. Desisto de entender a mente desse homem.
Nobara encarou Iori, com ar de riso.
— Vai contar ou conto eu?
Yuji encarou as duas, sem entender.
Iori respirou fundo, acabando com o suspense.
— Nanami e eu estamos juntos.
O rosado fez a mesma expressão que a ruiva anteriormente, soltando os talheres e olhando para Iori, boquiaberto.
— O que? COMO? QUANDO?
Iori sorriu, e então contou como eles se envolveram. Por fim o rosado ficara feliz, já que agora seu mentor estava menos rabugento graças à ela.

Estavam na casa de Nanami, enquanto o homem preparava o jantar.
— Me sinto um pouco incomodada por você cozinhar toda vez. - a mulher dissera.
— Por que?
— Sei lá...É só que... É  estranho.
— Porque eu sou homem? - Nanami disse cruzando os braços.
— Não! Claro que não é só que... eu gostaria de fazer algo pra você também.
Nanami deu um risinho de canto.
— Não querida, obrigada. Não quero que coloque fogo na minha cozinha.
— Não exagera! - Iori protestou
— Tô brincando, meu bem. Eu realmente gosto de cozinhar, ainda mais pra você. Gosto de te alimentar.
Se aproximou da mulher a abraçando carinhosamente.

Aos poucos Iori e Kento criaram uma própria rotina. Ficavam juntos sempre que podiam, dormindo hora na casa dele, hora no apartamento dela. Não faziam questão de esconder o relacionamento deles, e Kento menos ainda as suas demonstrações de carinho com a mulher. O relacionamento com Iori o amoleceu. Era comum vê-lo sorrir, principalmente na presença dela.
Estavam juntos na cozinha de Nanami onde, após muita insistência, ela fazia alguns biscoitos de limão.
— viu só? Estão ficando ótimos. - a mulher comemorou vendo os biscoitos recém assados perfeitos na forma.
— Resta saber se estão gostosos - nanami provocou fazendo Iori revirar os olhos
— então, senhor Master chef, julgue os meus biscoitos.
Nanami pegou um e experimentou. Realmente estavam saborosos.
— É,  nada mal. - disse apenas, provocando a mulher. - vou buscar mais farinha pra outra fornada.
Nanami saiu em direção a despensa, e a mulher saboreava um dos biscoitos quando a campainha tocou.
Ela calmamente andou em direção a porta e abriu.
Se deparou com uma mulher alta, esguia, de longos cabelos loiros quase platinados parada à porta.
— Bom dia. Kento está em casa?
— Hã... sim... quem gostaria?
Os lábios vermelhos da mulher curvaram-se num sorriso malicioso, e Iori sentiu um choque atravessá-la quando ela respondeu, lhe estendendo a mão.
— Muito prazer. Sou a esposa dele.
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Acabou a paz kkkkk
Obrigada por ler ❤️

Anatomia - Dr Kento Nanami Onde histórias criam vida. Descubra agora