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Mesmo não muito empolgada, Iori partiu em direção ao seu antigo lar. Seria uma viagem um pouco longa, cerca de duas horas e meia, e passou todo esse tempo pensando em Nanami.
Lembrava dos momentos com Kento durante toda a viagem, principalmente das três palavras que ele lhe dissera. Estava completamente apaixonada por ele.
Nanami era um homem gentil e carinhoso, sempre se preocupando com o bem estar dela, e na cama...Nossa, como gostava de estar em seus braços. Nunca esteve com um homem assim antes, que se preocupasse tanto com o prazer dela como Kento se preocupava.
Nanami era um homem incrível.
Quando deu por si, já havia chegado.
Estacionou seu carro em frente a sua antiga casa, e logo foi recebida calorosamente por seus pais.
Seus pais eram pessoas tradicionais, principalmente o pai de Iori. Já a mãe era um pouco mais maleável, uma senhora de feições gentis e sorridente. Ela era filha única, então desde criança teve toda atenção dos pais, e as cobranças também. Eram carinhosos, do jeito deles.
A receberam em casa com um belo almoço, estavam felizes por ter a filha junto deles depois de tanto tempo.
— Minha filha, você tá tão magrinha! Está se alimentando direito? - sua mãe demonstrou preocupação ao ver a filha.
— Sim mamãe. Eu perdi um pouco de peso até me adaptar, mas arrumei uma empregada que é uma ótima cozinheira, ela tem cuidado disso. - Iori disse tranquilizando a mãe.
— Acho que nada se compara à comida de mãe, não é mesmo?
Iori sorriu. Realmente, poucas coisas nesse mundo eram tão boas quanto a comida de sua mãe.
Já o pai de Iori era um homem sério. Muito protetor com a filha, sempre a incentivou a seguir seus passos na medicina. Discordaram quanto a carreira que a filha escolheu, mas no fim, estava feliz em vê-la sendo bem sucedida.
— Mas me conta, está gostando de trabalhar na Fundação Zenin?
Estavam todos sentados à mesa comendo a deliciosa refeição que a mãe de Iori preparou especialmente para a filha.
— Sim, tudo lá é muito moderno. Estou gostando muito.
— Que bom, filha. Realmente torço pelo seu sucesso. - disse afagando a mão de sua filha, num gesto genuíno de orgulho.
— Obrigada, papai. Isso é muito importante pra mim.
— Fico feliz que esteja se dando bem, mas não se esqueça, eu quero netos. - a mãe de Iori brincou, fazendo a filha corar.
— Mamãe!
— Ah, não dê ouvidos a sua mãe, princesa. Foque na sua carreira. O mundo precisa de bons médicos. - seu pai disse em tom de incentivo.
— Só estou dizendo que talvez seja hora de conhecer um bom homem, casar, enfim...
— Uma coisa de cada vez, mamãe. - Iori finalizou e sorriu, pensando em Nanami.
Iori estava feliz. A viagem não estava sendo tão ruim quanto ela esperava.
Mais tarde naquele dia, recebeu a visita de alguns amigos que ela tinha na cidade, ao mesmo tempo que recebia uma enxurrada de mensagens de felicitações de seus novos amigos da capital.
Conversou um pouco mais com o pai que realmente estava feliz em ver a filha falar com tanta empolgação de seu trabalho, cheio de orgulho.
À noite após ficar sozinha, Iori trocou mensagens com Nanami. Ainda estava empolgada pelas palavras do homem na noite anterior, Iori realmente se sentia feliz.
Tinha o apoio dos seus pais, estava realizando seus sonhos e tinha ao lado dela um homem incrível.

Resolveu que ia embora mais cedo no dia seguinte. Sua mãe tentava convencê-la do contrário.
— Filha, fica mais um pouco. Aproveite mais o dia. Não sentiu nossa falta?
— Claro que senti, mamãe. Mas prefiro sair um pouco mais cedo para evitar o trânsito. Eu prometo que volto o quanto antes. - disse enquanto colocava suas coisas no carro, inclusive um pouco da saborosa comida de sua mãe.
A mulher aceitou a decisão da filha a contragosto, mas concordou.
— Dirija com cuidado, princesa. - Seu pai se despediu com um beijo na testa.
— Pode deixar papai.
Abraçou os dois e entrou no carro, dando partida.

O trânsito estava tranquilo naquele horário, então chegou cedo em Tokyo, e decidiu passar para ver Nanami. Era seu dia de folga, então sabia que o homem estaria em casa.
Dirigiu até o condomínio em que ele morava, estacionou na frente da casa e tocou a campainha.
Quando a porta se abriu, seus olhos não acreditavam no que viam.
Mei surgiu em sua frente, vestindo apenas uma camisa, que aparentemente era de Nanami. Ao vê-la, abriu aquele seu maldito sorriso largo.
— Ah! Boa tarde querida! Chegou em péssima hora.
Ao fundo, viu Kento aparecer ajeitando os botões da camisa. Ao ver a cena, o homem foi correndo direto até a porta.
— Iori, amor, eu posso explicar.
A primeira reação dela foi sair dali, indo em direção ao carro.
— Querida, por favor, não é o que está pensando!
— Eu não estou pensando Nada, Kento, estou vendo! - a mulher gritou.
— Me deixe explicar! Não aconteceu nada! - Kento tentou segurar seu braço e fazê-la parar, mas Iori se soltou e o encarou.
— Por que....Foda-se, não quero atrapalhar o momento de vocês.
Entrou no carro e saiu dali, deixando Nanami atordoado.
Como ele pôde fazer isso com ela? Depois de tudo, depois de dizer que a amava, como ele pode fazer uma coisa assim?
Iori estava sem rumo. Sentia seu peito doer, seus olhos encheram-se de lágrimas. Seu coração estava partido.
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Iiihh rapaz...👀 se preparem porque vai ser tenso agora kk
Obrigada por ler ❤️

Anatomia - Dr Kento Nanami Onde histórias criam vida. Descubra agora