32

237 31 15
                                    

No dia seguinte, Kento entrou no quarto de Iori com um singelo buquê de tulipas nas mãos, fazendo os olhos da mulher brilharem diante do gesto.
— Obrigada, meu amor.
— Como você está, minha linda? - perguntou enquanto depositava um beijo em sua mão se sentando ao lado dela na cama.
— Estou bem, só meu braço que ainda dói um pouco.
A porta se abriu e Sukuna entrou no quarto  se deparando com o casal sorrindo.
— Ah, olha só. Vejo que se acertaram.
O homem sorria para os dois, feliz por ver a sua paciente recuperada.
— Que bom que está bem, senhorita. Trago boas notícias. - limpou a garganta - poderá receber alta amanhã de manhã.
— É sério? - Iori o encarava animada.
— Seríssimo. Amanhã já poderá ir pra casa.
A mulher deu um gritinho de empolgação.
— Obrigada, Sukuna. De verdade, obrigada por tudo.
— Que isso, não precisa agradecer. Agora finalmente vou me ver livre desse homem. Pelo amor de Deus, eu já tava pensando em cobrar aluguel.
Ambos riram daquilo, estavam realmente muito felizes com a sua recuperação.
Sukuna se retirou do quarto, deixando o casal a sós.
— Querida, eu estava pensando. Por que não vai para a minha casa? Quero cuidar de você.
— Não sei amor...não quero atrapalhar a sua rotina...
— Você jamais me atrapalharia. - a interrompeu beijando sua mão.
— E também a minha mãe vai ficar uns dias pra cuidar de mim, acho que ela se sentiria mais confortável no meu apartamento. Afinal ela nem sabe o que rola entre a gente...
— Ah mas eu sei sim. - a conversa fora interrompida pela senhora de feições alegres que entrava no quarto. - ficou meio óbvio, não? Doutor Kento dormiu aqui todas as noites. Nenhum homem faz uma coisa dessas se não amar muito uma mulher.
Nanami corou diante da fala da mais velha.
— Perdoe-me, senhora Utahime. Eu devia ter sido mais claro. - deu um meio sorriso sem graça.
— Oh, isso já passou, meu filho. Fique tranquilo. Estou feliz que minha filha tenha encontrado um homem tão bom. - ela sorriu para ele que retribuiu o sorriso.
— Então tudo certo. Vamos para o meu apartamento, amor. E olha, é mais perto do hospital, fica mais fácil para você .
O homem concordou, e mais tarde foi junto com a mãe de Iori para o apartamento dela arrumar as coisas para recebê-la no dia seguinte.

Mais tarde naquele dia Iori recebeu a visita de Satoru.
— Como você está? - o albino perguntou, se sentando na beira da cama dela.
— Estou bem, me recuperando. Devo receber alta amanhã.
— É, eu fiquei sabendo. - o platinado baixou os olhos - também fiquei sabendo que você e Nanami se acertaram.
Iori respirou fundo.
— Tudo não passou de um mal entendido. - sorriu sem jeito para ele.
— Bom, de qualquer forma, desejo que fique bem, Iori. Que ele te faça feliz como você merece. Você é incrível.
— Obrigada, Satoru. De verdade. - sorriu gentilmente.
— Amigos? - estendeu a mão para a mulher, que a apertou.
— Amigos.
Se retirou em seguida, deixando Iori sozinha.

No dia seguinte, Iori estava pronta para ir para casa, e saiu do hospital acompanhada por Nanami. Ele estava mais cuidadoso do que nunca, cuidando de cada detalhe de sua recuperação.
Ajudou a mulher a se deitar confortavelmente em sua cama e a cobriu.
— Está confortável?
— Sim, estou. Vem cá.
Sinalizou para Kento se aproximar, e ele deitou a cabeça em seu colo abraçando sua cintura. Iori acariciava os fios dourados de Nanami que permanecia ali apreciando o toque delicado de sua mão. Como ele sentiu falta daquilo, de estar junto dela sentindo seu cheiro, a maciez de sua pele, do carinho entre eles.
Ouviu o estômago da mulher roncar.
— Está com fome?
— Hm, um pouquinho. A comida do hospital é horrível - Iori falou fazendo cara feia, Nanami riu
— Vou preparar algo para você.
— Eu adoraria, tô morrendo de saudade da sua comida. Mas vai ter que disputar com a sua sogra, a cozinha é território dela.
Kento deu um sorriso ladino.
— Serei convincente.
Saiu do quarto indo em direção à cozinha, onde preparava uma sopa de legumes com carne com a ajuda da mãe de Iori.
— Onde aprendeu a cozinhar tão bem, doutor Kento? - a senhora perguntou enquanto ele servia o prato para Iori.
— Por favor, me chame apenas de Kento, sem o doutor - sorriu educadamente - Bom, assim como a Iori eu também sou filho único, então passava muito tempo na cozinha com a minha mãe. Acabei aprendendo muita coisa.
— Certo...Minha filha tem tanta sorte. - deu uma piscadela para ele que corou diante da fala de sua sogra.
A sorte é toda minha, pensou.

— Eu consigo comer sozinha, sabia?
Iori protestou enquanto Kento insistia em alimentá-la.
— Eu sei, mas é melhor se eu ajudar, não é? Agora abra a boca.
A mulher protestou, mas acabou obedecendo.
— Nossa, isso tá muito bom. - Iori disse após experimentar a refeição - É sério que ela deixou você fazer?
Nanami deu uma risada nasal.
— Como eu disse, eu sou convincente. Sua mãe já me adora.
— Ah, isso eu já percebi.
Kento olhava para Iori com ternura, seus olhos brilhavam enquanto ele a admirava.
— O que foi?
Kento suspirou.
— Nada. Só estou feliz por você estar comigo de novo. - sorriu enquanto acariciava seu rosto.
Iori sorriu colocando sua mão sobre a dele.
— Sempre vou estar.

Mais tarde, Kento ajudava Iori a lavar seus cabelos, a todo instante suspirando parecendo aborrecido. Iori percebeu o incômodo do homem e por fim perguntou.
— O foi amor?
— Por que você fez isso com seu cabelo?
— Ah... eu tive um pequeno surto. - se virou e olhou para ele. - Mas vai crescer de novo, e eu prometo não cortar nunca mais.
— Acho bom. Espero que nunca mais cometa essa atrocidade.
— Meu Deus, quanto drama! É só cabelo. Cabelo cresce.
Kento bufou.
— Não. São os seus cabelos. Que eu amo.
— Então não me ama mais? - Iori fingiu tristeza.
— Querida, eu te amaria até careca. Mas você sabe...
— Entendi. - Iori deu um sorriso malicioso ao se recordar da noite da véspera de seu aniversário.
— Me sinto desconfortável te ajudando a tomar banho com a sua mãe aqui.
— Meus pais não são tão conservadores, Kento. Relaxe.
— Mas é que...Sei lá. - Nanami corou.
Iori riu ao vê-lo sem jeito.
— Você é médico, apenas está cuidando da sua paciente. Nada de mais. - seu tom de voz era malicioso. Pegou uma das mãos de Kento e levou aos seios.
— Se contenha, querida.
— Chato.
Após secar os cabelos de Iori, Kento desligou o secador, e a ajudou a se deitar na cama.
— Vou deixar você dormir agora, querida. Descanse.
— Onde você vai?
— Vou dormir na sala.
Iori se sentou na cama.
— Não. Dorme aqui comigo.
— Querida... você precisa de espaço. Precisa ficar confortável por causa do seu braço...
— É mais confortável você comigo. - Iori o interrompeu olhando para ele, Kento sorriu e se deu por vencido, deitou com cuidado ao lado dela e aconchegou seu pequeno corpo junto ao dele. Sentiu tanta falta daquilo, de tê-la em seus braços aninhando seu pequeno corpo junto ao dele, e ali depois de muito tempo, Nanami finalmente dormiu em paz outra vez.
.
.
.
.
.
.
Obrigada por ler ❤️

Anatomia - Dr Kento Nanami Onde histórias criam vida. Descubra agora