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Tomava seu café quando tivera sua paz interrompida pela chegada do albino.
— Bom dia Utahime, a quanto tempo. - cumprimentou abraçando a cintura da mulher, que ficou desconfortável com a aproximação.
— Bom dia Satoru.
O homem Sentou-se ao seu lado e fez o pedido.
— Então, já recebeu o convite?
— Que convite? - perguntou Iori dando um gole no seu café.
— Da festa ué. O baile de 50 anos da Fundação Zenin.
— Ah. Sim. Já recebi. - recebera o convite na manhã anterior, mas não se atentou a ver do que se tratava.
— E aí, você vai? - o homem perguntou.
— Hã...ainda não sei, é daqui a um mês. Talvez eu até esteja de plantão.
— Então, eu tava pensando... que talvez pudéssemos ir juntos. O que você acha?
O albino a encarava com aqueles olhos extremamente azuis, tocando levemente a mão que a mulher mantinha apoiada sobre o balcão.
— Hã...  não sei Gojo, provavelmente vou estar de plantão e ...
— Tudo bem - o albino sorriu - Me avise se você for. Adoraria acompanhar você.- sorriu prendendo uma mecha do cabelo de Iori atrás da orelha, e se afastou.
Não muito longe, Nanami olhava para aquela cena, enfurecido.
Por que aquele homem tocou nela? Por que ela deixou que ele a tocasse?
Nanami estava transtornado. Sentia seu sangue ferver e a pele do rosto queimar, queria ir até ela e tirar satisfação, mas não... engoliu seu ciúme e apenas seguiu em frente.

— Que droga, Nanami tá de péssimo humor hoje. - desabafou o rosado
— E quando é que não tá? - Nobara falou.
Será que aconteceu alguma coisa com ele? Iori se perguntou. Talvez fosse falar com ele mais tarde, talvez o estresse da rotina esteja o afetando.
— Mas então, vocês foram convidados pro baile? - perguntou a mulher.
— É óbvio que não. Residente nem é gente. Eles só querem a elite nessa festa. - comentou Nobara.
Iori cogitou convidar Nanami para acompanhá-la, mas não sabia que tipo de relacionamento os dois tinham. Se é que era alguma coisa. Ele dormia quase toda semana na casa dela, após os plantões ou aulas na faculdade. Transavam toda vez, mas será que era apenas isso? Só sexo casual pra matar o tédio? Enfim, estava confusa mas não queria pressioná-lo. Estava gostando daquilo, do que eles tinham. Nanami era um homem incrível, tanto na cama quanto fora dela.

Entrou no estar médico e encontrou o homem sentado sozinho, com seu macbook aberto e alguns papéis em suas mãos. Se aproximou abraçando seu pescoço, deixando um beijo em seu rosto.
Ele continuou imóvel, olhando a tela.
— Tá tudo bem, Kento? - Iori perguntou, estranhando a frieza do homem.
— Está tudo ótimo. - respondeu apenas, sem olha-la.
Iori ficou imóvel, olhando o homem ignora-la.
— Eu fiz alguma coisa? - perguntou ainda sem entender a reação do homem. Já se cansara dela?
Kento expirou pesadamente, passando as mãos pelos cabelos e a encarou.
— O que conversava com Gojo mais cedo?
Iori ficou pálida. Então ele viu Satoru flertando com ela.
— Hã... nada de mais, ele só veio me perguntar sobre o baile da Fundação, se eu ia e....
— Ele se ofereceu pra te levar?
Iori engoliu seco. Ele se levantou indo na direção dela.
— Sim, mas eu disse que...
— E você aceitou? - o homem a interrompeu novamente.
— Não.
Nanami parecia irritado. Passava as mãos pelos cabelos dourados, se sentou novamente olhando para ela. Iori se assustou com a reação do mais velho.
— Me perdoe. - se desculpou agora, num tom mais brando.
— Tudo bem. Não precisa ficar com ciúme. Se aproximou tomando o rosto do homem nas mãos, lhe dando um selinho.
— Não estou com ciúmes.
Iori arqueou uma sobrancelha e sorriu.
— Só me incomoda o jeito como ele fica te cercando, tocando em você. Flertando com você.
— Você não tem com o que se preocupar, Kento.
Nanami suspirou, esfregando o rosto com as mãos.
— E eu não tenho nenhum direito. - murmurou.
Iori o abraçou, teve o momento interrompido pelo celular do homem que tocou quebrando o silêncio.
— É o Yuji. Preciso ir.
— Claro. - deu um beijo no rosto de Nanami, que saiu em seguida.

Caminhava até o estacionamento onde deixou seu carro, ao lado do de Nanami.
O homem a esperava encostado na porta do veículo.
— acho que nossas folgas vão coincidir nesse fim de semana. O que acha de viajarmos?
Iori abriu um largo sorriso.
— Eu acharia ótimo. Pra onde vamos?
Kento deu um sorriso divertido se aproximando dela.
— Não posso contar.
— Pelo menos me diga que tipo de roupa tenho que levar. - Iori insistiu.
— Lá você compra. Não quero estragar a surpresa. - Sorriu para ela, abrindo a porta de seu carro.
— Obrigada. Boa aula. - Iori falou, antes de dar a partida.
Kento observava a mulher indo embora. Entrou em seu carro e partiu.
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Gente tô pensando em parar 💔 não sei se tem alguém acompanhando, mas se tiver, curte e comenta pra eu não desanimar  '-'

Anatomia - Dr Kento Nanami Onde histórias criam vida. Descubra agora