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Nanami fizera amizade com a mãe de Iori, que estava totalmente encantada pelo loiro. Passavam horas na cozinha preparando refeições para ela ou apenas conversando e Nanami aos poucos  ia descobrindo um pouco mais sobre a vida da mulher que ele amava.
— Desse jeito eu vou ficar com ciúmes. - Iori caminhava devagar até a cozinha onde os dois conversavam.
— Querida, o que faz fora da cama tão cedo? - Kento prontamente se levantou indo na direção dela e ajudando-a a se sentar.
— Eu acordei melhor hoje, tava pensando em dar uma caminhada.
— Tem certeza? - o homem a olhava preocupado.
— Sim. Sukuna disse que seria bom caminhar um pouco quando me sentisse melhor.
— Tudo bem. Podemos ir ao parque aqui perto.
— Mas antes, vai ter que comer direitinho tudo que preparamos para você - a mãe de Iori falou servindo um prato para ela com uma fatia de bolo, algumas frutas e um copo de suco.
— Tudo bem, eu tô mesmo morrendo de fome.
Após tomar o café da manhã, Iori foi para o quarto se trocar.
Olhava no espelho a cicatriz em seu abdômen quando Kento se aproximou abraçando sua cintura.
— A cicatriz não vai ficar tão feia. - disse a mulher enquanto deslizava a ponta dos dedos no local.
— Óbvio que não. Minha sutura é perfeita.
— Convencido - Iori disse mostrando a língua, e Kento sorriu. Ajudou a mulher a se vestir confortavelmente para o passeio.
— Vamos?
— Vamos.
Caminhavam devagar com Iori se apoiando nos braços fortes de Nanami, observando a paisagem fria de outono, quando o loiro rompeu o silêncio.
— Mei me deu o divórcio.
Iori foi pega de surpresa.
— É sério? Quando?
— Quando você ainda estava na UTI. Agora oficialmente sou um homem livre.
Iori sorriu com aquela notícia.
— Não sabe o quanto estou feliz por você. - disse abraçando Kento.

Mais tarde enquanto Nanami estava na faculdade, Iori recebeu a visita de Nobara e Maki. A ruiva e a esverdeada levaram para ela uma cesta de guloseimas que fizeram os olhos de Iori brilharem.
— Muito obrigada meninas, tô morrendo de saudade de um docinho - abraçou gentilmente as amigas, se sentando com elas em seu sofá.
— O Yuji pediu pra falar que vem outro dia, infelizmente o avô dele faleceu e ele não pôde vir com a gente.
— Nossa, que pena. Mais tarde eu mando uma mensagem pra ele, tadinho.
— Mas e então, como você está, amiga? - a ruiva perguntou para Iori, que já devorava um chocolate.
— Estou bem, melhor a cada dia. Mal posso esperar pra voltar.
— E o Nanami? - a esverdeada perguntou curiosa.
— Ah, estamos melhores do que nunca. Ele passa todo o tempo livre aqui comigo. Tem cuidado muito bem de mim.
— Que bom que vocês se acertaram. - A ruiva comentou. - Olha, ele é mesmo completamente apaixonado por você. Ele foi muito forte quando salvou a sua vida, eu não sei se eu teria aquela força. Ter o amor da sua vida ali nas suas mãos...Admiro muito ele.
Os olhos de Iori brilhavam só de pensar nele.
— Ele é maravilhoso. Um homem incrível, em todos os sentidos.
— Quem diria, não é que o carrasco tem um bom coração? - Nobara falou.
— Um bom chá de buceta muda vidas. - a esverdeada disse arrancando risada das amigas.
— E por falar nisso, me conta - Maki se aproximou de Iori falando baixo - Como foi a reconciliação? - deu um sorriso malicioso, fazendo Iori entender a quê ela se referia.
— Hã...N-não, não, ainda não. Ele mal encosta em mim com medo de me machucar. - Iori corou.
— Aff, é só o seu braço que tá machucado, o resto tá inteiro - Nobara comentou com malícia fazendo Iori rir.
Teve uma tarde agradável ao lado das garotas, fofocando sobre os acontecimentos do hospital nesse tempo em que estava longe. Após se despedirem, tomou um banho com a ajuda de sua mãe e se deitou, esperando pelo loiro.

No mês seguinte, Iori retirou a contenção do braço e começou a fisioterapia. Queria voltar a operar o mais rápido possível, não aguentava mais ficar parada. Kento ainda era cauteloso, a ajudava com os exercícios e ia direto do hospital para seu apartamento todos os dias, já que sua mãe voltara para o interior.
Numa noite após Kento chegar da faculdade, ele estava sentado na mesa com seu macbook aberto totalmente concentrado. Sua camisa branca estava com os  dois primeiros botões abertos, as mangas dobradas até os cotovelos, e a gravata afrouxada enquanto o homem mantinha os olhos fixos na tela.
Iori achou aquela visão extremamente sexy e não se conteve. Chegou por trás beijando o seu pescoço, nossa como ele está cheiroso, pensou. Desceu a mão acariciando seu peitoral e foi deslizando pelo abdômen até o cós da calça de Nanami. Kento suspirou. Sentiu a ereção se formando conforme  beijava o pescoço dele e deu um sorriso, mas Nanami segurou sua mão cessando o contato.
— Querida...
Iori sentou-se em seu colo e habilidosamente abriu o botão e o zíper da calça colocando a mão por  por dentro, e começou a masturba-lo por cima da cueca enquanto beijava seus lábios com intensidade, quando ele interrompeu o beijo e novamente retirou sua mão.
— Kento, eu não vou quebrar!
— Eu sei, mas eu quero que se recupere totalmente.
— Mas eu já estou bem! Só um pouquinho,  vai, to com saudade....- Iori choramingou manhosa.
Nanami beijou sua mão e em seguida selou seus lábios.
— Eu também quero muito, querida. Mas primeiro, vamos cuidar de você, tá bom?
Iori bufou expressando sua frustração.
— Você tá me torturando! - se levantou do colo do loiro indo até a geladeira pegar um copo de água gelada, Kento foi atrás.
— Não, meu amor. Só estou priorizando sua recuperação. Isso pode esperar.
Iori deu de ombros e subiu para o quarto irritada.
Kento evitava qualquer tipo de contato mais íntimo com a mulher. Sempre que ela tentava, ele rejeitava. Iori sentia falta das mãos grandes dele acariciando e apertando seu corpo, dos beijos intensos e cheios de desejo, mas suas carícias não passavam de toques gentis e beijos carinhosos. Iori estava frustrada, e aos poucos a frustração virou irritação. Precisava transar, precisava gozar. Não conseguia nem se tocar pois sua mão dominante estava imobilizada, mas não queria seus dedos. Queria Nanami.
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Obrigada por ler ❤️

Anatomia - Dr Kento Nanami Onde histórias criam vida. Descubra agora