wrong car

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— Como assim parou de seguir ela? — vociferei, batendo meu punho na mesa. Seguranças de merda! Como ele parou de seguir ela?

— O senhor estava com e...

— Eu deixei claro que, se precisasse, era para você seguir ela até o banheiro! — cortei-o brutalmente.

Antes que ele pudesse falar algo, desliguei o celular e o joguei na mesa. Onde ela deve estar agora? Levei as minhas mãos aos cabelos, bagunçando-os, enquanto vários pensamentos invadiam minha mente sobre os possíveis locais que ela poderia ter ido.

O senhor estava com…

Eu estava com quem? O que merda isso tem a ver com ela?

Ela não conhece muito bem aqui, e isso me preocupa. E se ela acabar se perdendo? Vou fazer a cabeça do desgraçado do segurança rolar ainda hoje se algo acontecer com ela.

Para onde ela deve ter ido? Pense, pense... Merda! Nenhum lugar aparece na minha cabeça.

Pelo que soube pelo Augusto, ela só ia ao parque, aqui na empresa e a algumas lojas junto da Alice.

Meu corpo ficou rígido, e meus olhos se abriram um pouco. Dei um passo para o lado e o objeto afiado passou de raspão pela lateral do meu rosto. Olhei o estrago que fez na parede, ficou preso.

Como eu não senti a presença dele antes? Olhei ao redor e não o vejo.

— Está enferrujado. — Ao me aproximar do objeto, a sua voz grave soou atrás de mim.

Pela visão periférica, procurei o dono dessa voz. Peguei o objeto e o arremessei ao identificar de onde veio a voz dele.

Franzi o cenho.

— Está ficando fraco igual aos humanos, hein. — O timbre conhecido murmurou. Soltei um suspiro.

— Não estou com cabeça para lidar com você agora, Sebastian — informei.

Ouço os ruídos dos seus passos, calmos e sem pressa.

— Por causa da sua humana? — Ele apareceu na minha frente. Não mudou nada, nem um traço de velhice. Muito pelo contrário, ele parece mais novo, mas tem algo diferente na sua atmosfera.

O senhor estava com…

— Você a visitou. — Afirmei, lembrando das palavras incompletas do segurança.

Ele apenas deu um pequeno sorriso ladino.

— Não chegue perto dela ou...

— Ou? — Ele questionou, aproximando-se com a sua postura desafiante. — Quebrará o acordo e entrará em guerra?

Franzi o cenho.

— Você não veio aqui à toa. — Murmurei pensativo. Ele nunca vem; sempre manda o ajudante para passar informações ou recados.

— Tem um anjo que está se metendo nos meus negócios. — Sebastian está sério, o que não é incomum nele, só que... — Dê um jeito nele parar de se meter ou não responderei pelos meus atos.

Revirei os olhos.

— Não chegue perto da minha mulher ou darei um jeito em você sem quebrar esse maldito acordo. — Já faz alguns séculos que os anjos e os demônios fizeram um acordo cheio de proibições. — Faça o que quiser com o anjo, não serei eu com as mãos sujas no final.

— No final será um dos seus sem asas morto, após ser torturado num lugar qualquer. — Rebateu sarcástico. — Posso imaginar a tortura dele... — Olhei de relance na sua direção. — Será prazeroso eu matar ele com as minhas próprias mãos, mas antes eu irei queimar as suas mãos, depois cortar como se fosse carne e...

IMAGINES : ND E SN ( Não Revisado )Onde histórias criam vida. Descubra agora