memória ¹4

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Your NAME

— Meu Deus! Você está bem? — Rosa, minha sogra pergunta logo após no quarto da enfermaria da máfia de Hn. — Pergunta boba! Claro que você não está!

Você rir.

— Eu estou bem. — Fala tentando fazer ela não ficar preocupada comigo — Não é como essa fosse a primeira vez.

A minha primeira vez foi no início do casamento, onde eu saí sem seguranças e sem motorista para apenas desafiar autoridade de Hn.

— Claro. — Ela fala se aproximando — Porém, mesmo assim eu fiquei preocupada.

Ela não está apenas preocupada. Parece se sentir culpada.

— Eu sinto muito pelo o que Dylan fez.

Dylan.

— Ele não foi o motivo do acidente. — Falo fazendo ela ergue a sobrancelha — Apenas me encontrou depois do acidente.

Dói para ela ver o que seu filho se tornou, ou de como anda a relação dos filhos dela. Pretendo falar com Hn sobre isso.

Hn. Ele não foi. Esperava que ele fosse ao meu resgate, porém foi ao contrário. Ele mandou o Dante.

Ele não deve ter ficado nenhum pouquinho preocupado ou algo do tipo. Pelo contrário ele ficaria feliz por eu te morrido sem ser pela mão dele.

— Ele também invadiu a privacidade de você e Hn. Eu peço desculpas, e também peço desculpas…

— Não precisa pedir desculpas. — Interrompo ela. — Ele é seu filho, porém você não tem culpa pelas escolhas dele. Ele é assim porque quer. A senhora não errou na  criação dele e nem de Hn. — Falo me sentando na cama.

Lágrimas surgem no rosto de dona Rosa. Me levanto e vou na direção dela.

— Eu… — Abraço ela. — Obrigada. — Ela murmura retribuindo o abraço.

Ficamos assim durante alguns minutos. Tentei conversar com ela — mesmo eu não querendo — para tentar distrair a mente dela. A nossa conversa é atrapalhada quando Hn passa pela porta.

Automaticamente me levanto da cama e encaro ele.
Hn caminha em direção rapidamente e me abraça.

— Você está bem. — Ele murmura com rosto enfiado na curva do meu pescoço.

Dona Rosa faz um sinal de silêncio para mim indicando que vai deixar nós a sós.

— Você não foi. — Murmuro quando a Dona Rosa não está mais.

— Você está bem. — Ele murmura novamente.

Franze o cenho ao sentir ele quente.

— Você está com febre. — Tento separar o abraço, porém ele não deixa.

— Me confirmar. — Ele murmura afastando o rosto da curva do meu pescoço e me encarando. — Você está bem.

— Eu estou bem. — Afirmo vendo ele ficar aliviado. — Porém, você não está bem. — Falo colocando a mão na testa dele — Deus!  Você está queimando de febre.

— Eu estou bem. — Hn fala se afastando. — Quando eu tomar o remédio a febre vai passar. — Ele afirma me encarando.

Passo a língua pelos lábios.

— Aconteceu algo? — Pergunto.

Algo me diz que sim.

— Nada. Tirando seu acidente. — Ele fala. — Estava pensando… — Hn se sentar no pequeno sofá. — Você já se imaginou governando uma máfia amor? — Ele pergunta.

Amor.
Hn sempre me chamou assim. É um apelido comum e normal. Eu estava sentindo falta de ser chamada assim por ele.

— Meu amor? — Pergunto cruzando os braços.

— Desculpas. — Ele murmura massageando a têmpora com os olhos fechados. — Eu… deixa para lá. Você já se imaginou governando uma máfia? Sim ou não. — Ele o pergunta abrindo os olhos e me encarando.

Ok. Ele não está bem.

— Não. Eu deixo essa parte de governar para você. — Falo me aproximando dele. — Está sentindo dó de cabeça? Eu posso procurar o médico que me atendeu para verificar você.

Os lábios de Hn esboça um pequeno sorriso.

— Preocupado comigo querida? —  Olho e vejo ele com uma sobrancelha erguida.

— Estou. — Afirmo — O que você está sentindo?

O médico falou que provavelmente ele teria dores de cabeças de vez em quando.

— Nada demais. — Ele afirma me puxando para o colo dele. — E se você tivesse que governar?

— Hn, esquece máfia. — Murmuro. — Melhor eu chamar o médico para você.

Me levanto e vou na direção da porta. Ouço ele tossi, me viro e encaro ele.

— Hn… — Murmuro ao ver a mão dele coberto de sangue.

Ele me encara com semblante calmo.

— Está tudo bem. — Ele fala — Chame o Dante e ninguém mais.

— Não está bem! — Eu afirmo ainda encarando a sua mão. — Você estava bem algumas horas atrás e agora está morrendo de febre e tossindo sangue.

— Você também estava bem algumas horas atrás. — Ele rebate encarando os meus machucados.  — Apenas chame o Dante.

— Dante não é médico. — Afirmo saindo da sala.

Quando saio do campo de vista dele, começo a correr à procura de uma enfermeira ou médico.

Óbvio que não irei chamar Dante. Não é normal a pessoa tossir sangue. Ele precisa de médicos.

— Senhora Sn, não deveria estar fora da cama. — A enfermeira surge no meu campo de visão.

— Preciso de um médico! — Falo — Rápido! Chame e mande pro meu quarto! — Ordeno vendo a enfermeira racionando ainda — Isso é uma porra de um ordem! Mandei o melhor ou melhores médicos daqui pro meu quarto!

— Sim, senhora. — Ela fala correndo pelo corredor.

Quando estou perto de chegar no meu quarto paro de correr e começo andar rapidamente.

— Hn, eu… — Paro de falar ao ver o quarto vazio.

— HN HS! — Falo abrindo a droga da porta do escritório dele.

— Senhora Sn. — Dante fala.

— Sem formalidade Dante. — O lembro, enquanto encaro o Hn sentando na cadeira dele.

— Você não ia chamar o Dante. — Ele fala.

— Olha aqui. Hn, eu sofri um acidente que só me causou alguns machucados, nada demais e você me fez fazer vários exames, exames que não tinha necessidade. — Falo entrando para dentro do escritório.

— Sn. — Dante me chama.

— Calado. — Hn ordena encarando o Dante. — Prossiga, esposa.

— Os médicos vão vir aqui. — Aviso cruzando os braços — Não é normal uma pessoa tossir sangue.

— Ele tossiu sangue? — Dante pergunta preocupado. Balanço a cabeça. — Hn, isso está indo longe demais. Eu…

— Saia Dante. — Hn fala autoritário.

— Hn…

— Acho que você não entendeu. Estou dando uma ordem como seu Don.

— Calado Hn. — Falo recebendo olhar dele  de desaprovação. — Dante, o que Hn tem?

Vejo ele engolir a seco e encara Hn.

— Sua esposa precisa saber. — Ele afirma e me encara.

IMAGINES : ND E SN ( Não Revisado )Onde histórias criam vida. Descubra agora