007|| papai do ano

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No outro dia, 08:15A

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No outro dia, 08:15A.M...

Tô deitado na minha cama olhando pro teto sem coragem pra levantar. Em menos de vinte e quatro horas minha vida mudou muito, simplesmente eu vou ser pai, jamais passou isso pela minha cabeça.

Sei que não vai ser fácil, ainda mais por que eu e Isabella não estamos juntos como casal, mas vou dar o meu por ela e pelo bebê.

Ouso batidas leves na porta e me sento pedindo pra entrar.

— Charles? — Lorenzo entra no quarto

— mas já está aqui? Virou turismo meu apartamento? — olho incrédulo pra ele

— vim tomar café com vocês como todos os outros dias — arqueia as sombrancelhas confuso

— então tá né — passo as mãos no cabelo tentando arrumar ele

— mas então, já aceitou a ideia de ser pai? — Lorenzo senta na ponta da cama me encarando

— sim, só não faço ideia de como exercer essa função — escondo meu rosto nas mãos

— vocês têm nove meses para se preparar, essa criança não vai nascer hoje e nem amanhã, dá tempo de você e a Isa organizarem essa bagunça dentro de vocês — fala com sinceridade

— tem razão Lou — lhe olho

— sei que está cedo ainda, mas acha que é menino ou menina? — pergunta curioso

— não sei, não tive tempo pra pensar nisso ainda — respondo

Desde que Isa me falou eu realmente não tive tempo de pensar sobre o que esse bebê pode ser, mas sei que independente do que vir eu vou amar e cuidar da mesma forma.

— é meu irmão, eu jurava que ia ser pai primeiro, mas tava muito enganado em — põe a mão em meu ombro

— nem eu estava esperando ser pai primeiro que você — rio

— dá pra perceber — ri também — mas enfim, vai lavar esse rosto e botar uma roupa, além de estar só de short tá com uma cara de morte lascada — se levanta

— tô indo — me levanto rindo e entro no banheiro

Lorenzo saí do meu quarto, tomei um banho, me vesti e desci até a cozinha onde estava todo mundo.

— bom dia papai do ano — Arthur fala me vendo chegar

— bom dia titio do ano — fala irônico

— me diz qual a sensação de acordar sabendo que tem um CPF pra assumir? — pergunta curioso

Eu ainda bato nesse muleque.

— Arthur, por que não vai arrumar algo pra fazer em? — lhe encaro

— só tô curioso uai — ele ri

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