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Any Gabrielly

— Ele simplesmente acordou me deu bom dia com um beijo na testa e disse que contou da gente pra família dele, e que eles querem me conhecer!- Heyoon explica aflita.

— Não é tão ruim assim conhecer os sogros Heyoon.

— Eles são Britânicos Any, são ricos e de linhagem nobre, por isso aquele homem me chamou atenção, só não sabia que o combo viria com ele.

— Você tá com medo que eles não te aceitem?

— Eu sou de uma cultura totalmente diferente da cultura dele, eu uso dois palitos pra comer desde que eu aprendi a falar. Não sei boas maneiras e nem pra que serve cada talher em cima da mesa.

— Calma Heyoon, você nem viu eles pessoalmente pra tirar essas conclusões. Acho que você está se precipitando em se preocupar tanto assim.

— E se eles não gostarem de mim? O quê eu vou fazer? Eles chegam amanhã.

— Respira Heyoon, o que eu posso te falar é pra você não usar uma roupa tão curta e ser você.

— Nossa, ajudou bastante.

— Tenta preparar uma comida que eles gostam, pergunta pro seu namorado o que eles gostam de comer, pode ser uma boa ideia.

— Talvez...

— Não se preocupa Heyoon, eles vão gostar de você.

— Como tem certeza disso?

— Eu só sei.

— Agora mudando de assunto, antes que eu tenha um ataque cardíaco aqui por pensar demais, que apartamento incrível. - A mesma diz ao olhar ao redor.

— Quer fazer um tour?

— Óbvio.- Diz apressada, se levantando.

Dou risada, colocando a almofada sobre o sofá, indo atrás da mesma.

— Bom, essa é a minha cozinha de mármore. - Informo me encostando na ilha.

— Seu fogão é por indução?

— Sim.

— Quê incrível! E a sua geladeira tem duas portas como um armário, meu sonho de criança era uma dessas.

— Mas você já era adulta quando lançaram essa geladeira.

— Calada!

Dou risada, vendo Heyoon mexer na tela acoplada a porta da geladeira.

— Seguindo por essa porta é o meu ateliê. - Abro a porta, dando espaço pra mesma passar. — Só não repara a bagunça pois eu estou finalizando alguns quadros pra poder viajar.

— Você é uma artista Any, eu até me esqueci que você desenhava, nunca mais vi você com um lápis na mão.

— Eu não tinha tempo, trabalhava na boate a noite, quando terminava meu trabalho já estava amanhecendo, acordava bem tarde e meu dia não era produtivo.

— Agora você se tornou mais independente, a vida ficou mais fácil pra você.

— Um pouco sim, mas ainda é difícil. Uma coisa melhora e outra piora, quando não surge outra coisa pra piorar ainda mais.

— Você se refere ao seu pulso?

— Também, isso dificulta muito a minha vida, as vezes nem lavar uma louça eu consigo, mesmo que eu quase nem use pratos.

— Você voltou a comer fast-food?

— As vezes, mas eu peço bastante comida saudável, eu só tenho problema com a prática de cozinhar.

Old MeOnde histórias criam vida. Descubra agora