Capítulo 46: Conversa e problemas.ᐟ

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𝐏.𝐎.𝐕.: 𝐊𝐢𝐫𝐚 𝐌𝐢𝐳𝐮𝐤𝐚𝐠𝐞

Dias se passaram, e fiquei mais forte que antes, mas minhas mudanças de humor me desestabilizaram muito, porém isso nunca me deixou pra baixo. Ao contrário, está me fazendo querer treinar mais pra não sentir isso e consigo com muita dificuldade, mas consigo amenizar a situação. Uma tarde, tirei um tempo pra descansar e aproveitei pra ir na cafeteria pra tomar um pouco de água e lanchar um pouco, já que minha individualidade me permite ficar com fome de leão e bem exausta. Enquanto comia, fui surpreendida pelo Bakugou saindo do banheiro com uma das mãos no pulso fazendo um tipo de massagem nos seus pulsos.

— Bakugou? pensei que estivesse treinando. — Falei após comer.

— Pedi um tempo pra descansar, meus pulsos começaram a doer mais do que o normal. E você?

— Mesma coisa, mas a diferença é que minhas mãos estão formigando.

— E como está conseguindo comer? — Apontou para comida.

— Tentando né? Mas estou mesmo tentando descansar um pouco pra voltar pro treino. Senti minha cabeça rodar e quase desmaiei.

— Mas você está bem, não está? — Perguntou se sentando ao meu lado.

— Estou sim... — falei desconfiada. — Desde quando você se preocupou comigo desse jeito?

— Sempre me preocupei com você. É você que nunca percebeu. — Deu de ombros.

— Hum... — Olhei pro seu pulso e ele estava com dificuldade pra massagear, então perguntei. — Posso fazer isso pra você? — Sorri.

— E você sabe?

— Uhum, quando criança meu irmão vivia me usando pra fazer massagem dele em troca do silêncio quando quebrava alguma coisa, mas no final ele sempre dizia.

— E seu formigamento?

— Passa mais rápido de mexer, '' sabe, pró sangue circular melhor pela mão.

— Entendo... — Ele me entregou seu punho, me sentei de frente pra ele e comecei a fazer massagear. Um tempo se passou e ele me olhava calmo, então, falou quebrando o silêncio entre nós.

— Sua mão é muito leve...

— Obrigada... — Sorri toda bobinha logo em seguida soltei algumas risadas. Ainda massageando, olhei pro garoto e ele parecia meio triste, na verdade, ele parecia estar calmo, mas não era comum vê-lo assim. — Tudo bem? Está doendo?

— Hum? Não... porque a pergunta?

— É que você está aí tão... calmo ou triste ai. Pensei que estivesse- — Me interrompe.

— Me machucando? — Concordei com a cabeça. — Relaxa... não está.

— Então tá assim todo capengo ai? Tá bom que a maior parte é por conta dos treinamentos, mas aconteceu algo além disso?

— Talvez...

— Talvez?

— Uhum... — Começa a olhar por seu pulso enquanto abria a mão e fechava.

— Quer contar? Eu sou toda ouvidos. — Ele me olhou de canto com seus olhos caídos e sorri logo em seguida. — Está tudo bem em desabafar, não é coisa de gente fracote, mas ele te deixa mais forte. — Sem perceber, ele deu um sorriso de canto e seu olhar voltado para seu punho, mas seu sorriso morreu logo após dele começar a falar.

— Pra falar a verdade, prefiro não falar...

— Tudo bem, respeito sua decisão. — Ficamos em silêncio por um tempo, mas logo em seguida o loiro quebra o silêncio.

— E seu irmão? Eu o vi treinando próximo daqui. Você já conversou com ele?

— Pra ser sincera... não. Estou com a cabeça tão cheia que nem tô conseguindo raciocinar direito. — Enquanto dizia, permaneci meus olhos no seu pulso. Mas ele trouxe ele pra perto de si e perguntou.

— Ainda é aquela coisa lá do ônibus?

— É... — Falei com a mão na nuca e nada confiante com a resposta.

— Tem certeza? — Perguntou erguendo a sobrancelha. Olho em seus olhos e fico convencida facilmente.

— Não... Depois que meu irmão chegou em casa daquele jeito eu não consigo mais confiar na palavra dele. Tá certo que você pode simplesmente apontar o dedo pra mim e falar que estou com ciúmes e estou mesmo. — Olhei para minhas mãos com algumas cicatrizes. — Não me sinto confiante, meu irmão não me falou daquela garota. E também... ele morou na casa dela nesse tempo todo e ele não falou nada? Nem ele sabe onde estão nosso pais... mas... se perdoar ele vou começar sentir aquela sensação de se fiz a coisa certa ou não e se não perdoar eu... vou me sentir sozinha.

— Mas você tem suas amigas, não?

— Eu sei, mas não esse tipo de solidão... eu vou ficar sem pai... mãe e irmão, não conheço mais ninguém da família dos meus pais. E também quero ter alguém pra exibir minhas conquistas. Eu só... quero que a minha família sinta orgulho de mim. — Respiro pesado de frustração e medo. Bakugou me olhando em silêncio, se aproximou de mim e falou olhando para um quadro na sua frente.

— Quando era menor, sempre fui constantemente elogiado por todos e é claro que gostava, mas isso se tornou complexo de inferioridade.

— Nem dá pra notar... — Falei num tom sarcástico e solto algumas risadas.

— Cala boca e me escuta. — Dei de ombros e comecei a olhar pro garoto que voltou seu olhar pro chão. — Tudo o que faço sempre sinto que não é o suficiente, mas meus pais e outras pessoas sempre me elogiaram e sentiam orgulho de mim. Admito que não sou a melhor pessoa do mundo pra conversar sobre isso, mas se quer a minha opinião... — O interrompi falando:

— Claro...

— Bom... sinceramente se eu tivesse um irmão e que agiria da mesma forma, ele estaria morto nas mãos da minha mãe, sinceramente. — Soltei algumas risadas.— Mas eu iria... — A conversa foi interrompida pelo nosso professor que apareceu de repente na conversa.

— O que vocês dois não estão treinando? — Seus olhos brilhavam e seu cabelo estava pra cima.

— P-Professor?! — Me levantei de susto.

— Se não voltarem agora, vou fazê-los treinarem até o sol nascer!

Obviamente nos levantamos e caminhamos até pra fora da agência, paramos até um ponto onde era uma montanha com nossos amigos treinando, como Iida correndo ou até mesmo vendo o Koda gritar para chamar os pássaros. Olhando para aquela cena em silêncio, quebrei o silêncio.

— Você tem medo de decepcionar todo mundo? Inclusive seus pais? Tipo... em tudo? Porque pelo que você falou... parecia muito isso. — Ele olhou pro horizonte e olhou pra mim com uma expressão neutra e respondeu.

— É... acho que sim. Mas essa conversa não é sobre mim... é sobre você. — Pousou sua mão no meu ombro. — Se quer um conselho meu... conversa com ele. Vai ter mais progresso do que conversar comigo. E também não sou muito bom em conselhos. — Deu de ombros e sussurrou no meu ouvido. — Você é boa com massagem, obrigado. — Deu meia volta e caminhou em direção para sua área de treinamento enquanto fiquei no mesmo lugar.

— Ele... me elogiou? — Pensei, enquanto sentia meu rosto todo queimar. Dei meia volta e fui pro lado contrário do loiro. Chegando próximo do Denki, ele me perguntou quase ficando meio idiota quando ele usa muito sua individualidade.

— Ah! Kira! Você está bem?

— Acho que sim... — Botei a mão na nuca e me sentei na frente do garoto e de um monte de bateria de carro.

— Porque você acha? Aliás, tá corada assim porquê?

— N-Nada! É o sol que está fazendo isso comigo. — sorri meio desajeitada.

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Rivais para algo a mais [Bakugou X Oc]Onde histórias criam vida. Descubra agora