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Kateryna dormiu a manhã inteira e metade da tarde, seu corpo exausto pela luta e pela tensão que tinha suportado. Quando finalmente despertou, a luz do sol filtrava-se através das cortinas, e a dor de seu ferimento ainda estava presente, apesar dos curativos improvisados na lateral da barriga. 

Ela tomou os remédios para a dor, os quais ajudaram a amenizar o desconforto e permitir que se levantasse. Decidida a retomar um semblante de normalidade, vestiu uma calça preta de cintura alta, uma blusa de manga curta vermelha e um blazer preto. Calçou um par de tênis brancos e prendeu os cabelos em um rabo de cavalo alto. A sensação de estar bem vestida e preparada ajudava a manter o controle sobre a situação.

Descendo as escadas, encontrou apenas Luther e Diego na cozinha, ambos com expressões de cansaço e preocupação. A casa ainda tinha marcas visíveis do recente ataque, mas os irmãos estavam tentando manter a normalidade.

— Bom dia .— comenta descendo.

— Bom di-o que está fazendo em pé? Deveria estar na cama descansando! — reclamou Diego, a preocupação evidente em sua voz.

— Você levou um tiro ontem — pontuou Luther, seu tom era grave e cheio de preocupação.

— Estou bem. Estou recuperada. Já passei por coisas piores — afirmou Kateryna, pegando uma peça de fruta da bancada.

— Mamãe morreu ontem ,quando fomos atacados .— informou Luther e Kateryna e Diego trocaram olhares .

— Estamos procurando por Cinco. A dupla estava atrás dele e de você — informou Diego, e Kateryna acenou com a cabeça, demonstrando que estava ciente da situação.

— É, eu percebi — comentou a garota com um tom de resignação. — Vou com vocês. Tenho uma vaga ideia de onde ele possa estar, já que não está no hospital — disse ela, com uma determinação que não deixava espaço para debates.

Diego e Luther se entreolharam, sabendo que não adiantaria discutir. Segurando os ombros de Kateryna, ela usou seu poder para teleportá-los até a frente da Biblioteca Pública Argyle.

— Ele deve estar por aqui — disse Kateryna, olhando para o imponente edifício.

— Vamos nos dividir.— mandou Luther.

— UAU, bem pensado... — comentou Diego de forma sarcástica, o que fez Kateryna soltar uma risada.

— Vou com Diego .— comenta Kateryna e Luther concorda .

Após uma extensa busca pelos vários pisos da biblioteca, o trio não encontrou Cinco em lugar algum.

— Acharam algo? — perguntou Luther.

— Não — respondeu Kateryna, encostando-se na parede para descansar. Luther se virou para ir embora, um olhar de frustração no rosto.

— Quer saber por que saí? — perguntou Diego, quebrando o silêncio.

— O quê? Do que está falando? — pergunta Luther confuso.

— Porque saí da academia.

— Porque não aceita o fato de eu ser o Número um .— comenta Luther.

— Não .Porque é o que se faz quando se tem 17 anos. Você se muda ,se torna indepente ,cresce. — comenta Diego .

— Ah ,sim.
Você é um adulto de verdade. — afirma Luther sarcasticamente.

— Pelo menos tomo minhas próprias decisões.— Afirmou Diego— Você nunca teve que manter um emprego.
Pagar contas. Já esteve com uma garota?— perguntou Diego e O Luther não conseguiu responder.

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