Kateryna já estava acordada há cerca de meia hora, escutando atentamente os relatos dos irmãos. Enquanto eles falavam, a mente dela processava tudo, ligando os pontos como um quebra-cabeça que finalmente começava a fazer sentido.
— Então eu estava certa! Eu estava certa!! — exclamou Kateryna, um brilho de animação em seus olhos. — A situação não é a melhor, mas eu estava achando que estava ficando louca. Sinto-me reconfortada em saber que, afinal, a ideia nem foi tão maluca assim. Era a mais pura verdade. — justificou-se, percebendo os olhares dos irmãos, que a fitavam como se ela fosse louca.
— Detesto ser eu a dizê-lo, mas todos temos que nos preparar. — afirmou Luther, com a expressão séria que o caracterizava.
— Preparar para quê? — perguntou Diego, sempre cético e pronto para um confronto.
— Para parar Vanya, seja como for. — respondeu Luther, a gravidade de suas palavras pesando no ar.
Antes que ele pudesse continuar, Allison o interrompeu, atirando um bloco de notas em sua direção, enquanto Kateryna, mais rápida, acertou um tapa na nuca dele.
— Podemos não ter escolha, garotas. — Luther continuou, ignorando a reação delas, mas sua voz indicava que ele sabia que isso era necessário.
— Desculpas? Há sempre opções. — retrucou Diego, desafiando a ideia de que o único caminho era enfrentar Vanya.
— Sim? Quais? — Cinco se intrometeu, cruzando os braços e encarando Diego.
— Não sei. — admitiu Diego, e o tom de sua voz revelava a frustração por não ter uma solução imediata.
— Não importa, o importante agora é encontrar Vanya, e rápido. — Kateryna afirmou, inclinando a cabeça sobre o ombro de Cinco, buscando algum conforto na proximidade dele.
— Ela pode estar em qualquer lugar. — concordou Luther, a preocupação evidente em sua voz.
— Ou... aqui. — comentou Klaus, abanando um jornal que havia encontrado. — Olhem isso. — Ele mostrou o anúncio de um concerto.
— Pois é. O concerto dela é hoje. — disseram Diego e Kateryna ao mesmo tempo, suas vozes ecoando a realização da iminência do perigo.
Enquanto o grupo processava essa informação, uma funcionária se aproximou, cortando o clima de tensão com uma intrusão inesperada.
— Olá. Detesto interromper, mas o gerente diz que, se não vão jogar, têm de sair. — informou a mulher antes de se afastar rapidamente, como se sentisse o peso da seriedade no ar.
— Quem vai jogar? — perguntou Diego, tentando trazer algum senso de normalidade à situação.
— Por amor... — reclamou Luther, pegando uma bola de boliche e a lançando sem nem ao menos olhar. Para surpresa de todos, a bola acertou todos os pinos, derrubando-os em um perfeito strike. Kateryna, impressionada, não conseguiu esconder sua admiração pelo feito inesperado.
Allison pegou seu bloco de notas e, em sua habitual maneira silenciosa, escreveu algo, antes de mostrar para todos: "É nossa irmã."
— Somos os únicos capazes de impedi-la. Devemo-lo ao pai. — afirmou Luther, com uma convicção que não agradou a todos.
Kateryna soltou uma risada de indignação, e Diego não perdeu tempo em expressar sua revolta.
— Ao pai? Não me venha com... — Diego começou, mas foi interrompido por Luther, que se recusava a abandonar sua perspectiva.
— Ele sacrificou tudo para nos reunir. — Luther insistiu, como se isso fosse justificar todos os erros do passado.
— Nisso estou com Luther. Não podemos deixá-la retaliar. — afirmou Cinco, acrescentando mais peso à discussão. Kateryna se afastou de Cinco, levantando-se e ficando ao lado de Diego, seu rosto agora carregado de uma raiva que ela havia tentado suprimir.
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Linked Destiny
FanfictionEm meio ao caos e à iminência do apocalipse, os irmãos Hargreeves precisam enfrentar não só uma ameaça que pode destruir o mundo, mas também os segredos do passado e as consequências de suas próprias ações. Enquanto Vanya luta contra seus demônios i...