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2000

Era uma noite fria , e a missão que tinham sido designados a cumprir não era das mais fáceis. O céu estava escuro, sem estrelas, enquanto os irmãos Hargreeves se moviam furtivamente pelas sombras, seus olhos atentos ao perigo iminente. O resgate de um grupo de crianças sequestradas, destinadas ao tráfico, era sua prioridade absoluta, e cada um estava focado em cumprir sua parte do plano.

Luther liderava o grupo, com Diego ao seu lado, ambos se movendo com precisão militar. Allison mantinha um olhar vigilante sobre o terreno, pronta para usar seu poder se necessário. Klaus, sempre nervoso em missões como essa, tentava manter a calma, enquanto Ben estava em posição, pronto para liberar seus tentáculos sobrenaturais. Cinco e Kateryna estavam um pouco mais afastados, operando em sincronia perfeita. Eles sempre tinham uma conexão especial, uma intuição mútua que os tornava uma dupla formidável.

Quando finalmente encontraram as crianças, amarradas e amedrontadas, o caos se instalou. Os captores perceberam a presença dos irmãos e começaram a abrir fogo. Cinco teleportava-se de um lado para o outro, desarmando os inimigos antes que pudessem reagir, enquanto Kateryna usava seu poder com precisão, incapacitando os agressores sem hesitação.

Mas então, no meio do tumulto, um tiro ecoou, alto e claro, cortando o som das lutas. Kateryna sentiu um impacto na lateral de sua barriga. A dor foi imediata, aguda, e ela instintivamente levou a mão ao local, sentindo o sangue quente se espalhar por entre seus dedos. Mesmo assim, ela continuou lutando, não permitindo que a dor a impedisse de cumprir sua missão. Cinco, sempre alerta, percebeu o que havia acontecido, mas a batalha não permitia distrações.

Quando o último dos sequestradores foi derrubado e as crianças estavam finalmente a salvo, a adrenalina começou a se dissipar, e Kateryna sentiu suas forças começarem a fraquejar. Ela se apoiou em uma parede próxima, sua respiração pesada, e uma tontura crescente ameaçando derrubá-la. A visão dela começou a ficar embaçada, e antes que ela pudesse processar o que estava acontecendo, ouviu a voz preocupada de Allison.

— Kate, você está sangrando! — gritou Allison, a urgência em sua voz chamando a atenção de todos os irmãos.

Todos correram rapidamente para o lado de Kateryna, os olhos arregalados de preocupação. Luther e Allison chegaram primeiro, com Diego e Klaus logo atrás. Ben e Cinco estavam ao lado dela em um instante, cada um segurando um braço, oferecendo suporte.

— Precisamos cuidar disso agora! — Cinco disse, a voz carregada de autoridade e preocupação. Ele olhou ao redor para os irmãos. — Terminem aqui e falem com os repórteres. Eu vou levar Kateryna de volta para casa, para que a mamãe possa cuidar dela.

Luther assentiu, sabendo que era a decisão certa. Não havia tempo a perder. Cinco não esperou mais. Segurando Kateryna com firmeza, ele se concentrou e, em um piscar de olhos, eles desapareceram do local, reaparecendo instantaneamente na sala da Umbrella Academy.

— Mãe! Pogo! Vanya! — Cinco gritou, sua voz ecoando pelos corredores da enorme mansão. Ele segurava Kateryna com cuidado, tentando mantê-la consciente. — Fique comigo, Katy. Não feche os olhos. Por favor.

Kateryna abriu os olhos com esforço, a dor pulsando em sua barriga. Ela tentou sorrir para Cinco, mas estava fraca demais. — Cinco... eu... eu vou ficar bem. — Ela sussurrou, tentando manter a calma, mas a voz tremia de dor.

Grace apareceu na porta da sala, com Pogo logo atrás. O rosto dela, embora sempre calmo e maternal, mostrava uma preocupação que raramente demonstrava. Sem perder tempo, ela se aproximou rapidamente e tomou Kateryna nos braços, sua expressão suave e consoladora.

— Vamos cuidar disso, querida. Tudo vai ficar bem. — Grace murmurou enquanto levava Kateryna para o quarto, com Cinco seguindo de perto, seu coração batendo descontroladamente no peito.

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