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1982

Estalagem o solitário
Oshkosh, Wisconsin, 1982

Em meio ao ambiente nostálgico de uma estalagem à beira da estrada, a dupla Hargreeves, conhecida por suas habilidades mortais, caminhava determinada. Eles eram inconfundíveis: Cinco, o "viajante assassino", e Kateryna, a "boneca assassina" de olhar afiado e sorriso desarmante. Kateryna estava casual, mas preparada para qualquer embate, usando um short jeans de cintura alta, uma camiseta de alças finas listrada e tênis de cano alto preto, que se ajustavam ao seu estilo e à ação iminente.

Assim que adentraram o local, Cinco se dirigiu a uma mulher que estava atrás do balcão, alheia ao tipo de "clientes" que recebia.

— Com licença. — Cinco começou, com um tom formal que contrastava com o ambiente casual.

A mulher ergueu a cabeça, visivelmente surpresa. — Ei, vocês me assustaram! — exclamou com uma risada leve. — Se estão procurando os biscoitos, só são servidos às 15h.

— Mal posso esperar. — comentou Kateryna, com um sorriso amigável e falso. — Por acaso sabe onde a Sociedade da Soja do Meio-Oeste está se reunindo? Estamos procurando nossa mãe.

A mulher, ainda alheia ao real propósito da dupla, apontou sem cerimônia. — Claro que sei. Salão Lúcio-Almiscarado, é logo ali.

— Pode trocar meu dinheiro? — Cinco perguntou, entregando uma pequena quantia.

A senhora sorriu, abrindo a bolsa. — Uma moeda de cinco centavos e algumas de dez... Você está com sorte, mocinho! — disse ela, animada.

Cinco murmurou enquanto pegava as moedas. — Dizem que a maior sorte é morrer na hora certa. — No mesmo instante, Kateryna lhe deu uma cotovelada rápida, tentando evitar mais comentários inconvenientes e chamando-o de volta ao foco. Ela o puxou, guiando-o até uma máquina de vendas automática próxima.

Cinco colocou o dinheiro e pressionou o número da escolha, mas o chocolate ficou preso na máquina.

— Vamos antes que parta a máquina. — murmurou Kateryna, já antecipando a impaciência de Cinco.

Ao se aproximarem da porta que os levaria ao salão principal, onde estava a diretoria da Comissão, Cinco se inclinou e pegou um machado que estava numa caixa de vidro com o aviso "Para Emergências". Kateryna tirou duas adagas afiadas que mantinha discretamente à cintura e, com uma troca de olhares calculada, ambos adentraram o salão.

Assim que abriram a porta, um silêncio pesado desceu sobre a sala. Os membros da diretoria, todos sentados em torno de uma mesa, pararam e se inclinaram para frente. Entre eles, o chefe, A.J., uma figura de aquário, os observava com seus olhos frios e calculistas.

— Vocês! — falou A.J., em um tom entre surpresa e horror. — Chamem a segurança! — ordenou, e uma das figuras ao seu lado tentou se levantar. Porém, Cinco foi mais rápido, a matando antes que ela pudesse alcançar a porta, enquanto Kateryna empurrou as portas duplas e as trancou.

— Ninguém sai daqui! — declarou Kateryna, sua voz repleta de ameaça. E foi o bastante.

O caos tomou conta do salão. Em um movimento preciso e letal, a dupla se moveu pela sala, derrubando os membros da diretoria um a um. Os gritos abafados e o som de golpes ecoaram, enquanto eles avançavam, eliminando as onze pessoas da sala, deixando apenas A.J. para o fim.

A figura de aquário se escondia debaixo da mesa, respirando rápido, quase em pânico. Quando Cinco e Kateryna se aproximaram, ele ergueu o olhar, desesperado.

— Foi ela que vos mandou, não foi? — perguntou A.J., tentando ganhar tempo.

Kateryna arqueou uma sobrancelha, avaliando a situação. — Isso realmente importa agora? — perguntou ela, em um tom de provocação fria.

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