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O som abafado da televisão ecoava pela casa enquanto Kateryna estava no quarto, ao lado de Klaus. Ele ainda estava processando a perda de Ben, uma dor que parecia uma ferida aberta. Ela acariciava os cabelos do irmão, tentando acalmar seu espírito inquieto, quando a voz do jornalista chamou sua atenção.

— "As autoridades estão pedindo ajuda na identificação de suspeitos no Dealey Plaza, no momento do assassinato. O FBI acredita que podem estar agindo em conjunto com o suposto atirador, Lee Harvey Oswald. Vanya Hargreeves é procurada por estar envolvida na morte de vários agentes do FBI dentro de um prédio governamental em Dealey Plaza. Um exilado cubano conhecido apenas como Diego... que recentemente escapou do Sanatório Holdbrook."

Kateryna quase soltou uma gargalhada quando ouviu Diego ser chamado de "exilado cubano", sabendo bem que ele era mexicano.

— "Um lutador de boxe clandestino, suspeito de envolvimento com a máfia, que luta sob o pseudônimo de 'King Kong'. Allison Chestnut, uma ativista radical do movimento negro, responsável por incentivar os protestos recentes no restaurante Stadtler. E, finalmente, Klaus, o controverso líder de uma seita e conhecido sonegador de impostos."

Klaus fez uma careta, e Kateryna segurou o riso ao ouvir o título bizarro do irmão.

— "O FBI pede que a população fique atenta a esse garoto não identificado e a Kateryna, uma funcionária de lanchonete, que acreditam estar sendo mantida refém pela suposta rede terrorista."

Kateryna não pôde evitar uma risada nasal. Refém era algo que ela às vezes se sentia, mas não da maneira que o FBI imaginava.

— Eu me sinto refém na maior parte do tempo,— Cinco comentou, o que arrancou uma risada de Kateryna.

— Odeio essa foto! — Diego reclamou de repente.

— Aparentemente, eu sou uma "incentivadora de protestos"? Que absurdo — Allison exclamou, indignada.

Enquanto o grupo discutia, Klaus parecia mais calmo e Kateryna o ajudou a descer até a sala, onde o clima entre todos continuava tenso, mas familiar.

— Bom, a boa notícia é que restauramos a linha do tempo e impedimos o fim do mundo... — começou Luther, tentando ver o lado positivo.

— Mas deixamos Kennedy morrer, então talvez nem tanto heróis assim. — Diego retrucou, com um tom sombrio.

— E agora somos oficialmente as pessoas mais procuradas do mundo. — Allison resumiu, olhando ao redor. — FBI, polícia de Dallas, serviço secreto... É só uma questão de tempo até nos encontrarem aqui.

— Pra onde podemos ir? — Vanya perguntou, sem esconder sua preocupação.

— Eu tenho uma cabana perto de Reykjavik, — sugeriu Klaus, como se isso fosse a coisa mais natural do mundo. — O povo de lá é meio estranho, mas gente boa.

Cinco revirou os olhos.

— Se esconder não vai adiantar, — ele afirmou. — A Comissão vai nos encontrar, não importa onde estivermos.

— Cinco está certo. Se esconder não vai adiantar — disse Kateryna, frustrada. — A comissão sempre nos acharia.

— Eles têm razão . A comissão nunca via parar.— comenta Diego e Kateryna franze o cenho confusa.

— Desde quando você virou especialista na Comissão? — Cinco indagou, olhando para Diego com ceticismo.

— Desde que estive lá, — Diego respondeu, triunfante. Ele então mencionou algo que fez Kateryna e Cinco trocarem um olhar significativo.

— Eles me ofereceram um emprego. Tempo integral, com benefícios, — Diego comentou casualmente, como se estivesse descrevendo uma oferta em uma loja.

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