Em meio ao caos e à iminência do apocalipse, os irmãos Hargreeves precisam enfrentar não só uma ameaça que pode destruir o mundo, mas também os segredos do passado e as consequências de suas próprias ações. Enquanto Vanya luta contra seus demônios i...
— Não era exatamente o que eu esperava. — comentou Klaus, apoiando-se nos joelhos e olhando para o corpo sem vida diante dele, de Diego, Cinco, e Kateryna. O corpo estendido no chão não era de ninguém menos que Harold Jenkins, ou como ele preferia ser chamado, Leonard Peabody.
O corpo de Harold estava coberto de facas, tesouras e qualquer coisa pontuda que pudesse ser encontrada, tudo cravado em seu tórax. A cena era brutal, quase grotesca, mas ninguém ali parecia surpreso.
— O eufemismo do ano. — disse Cinco, sua voz cheia de sarcasmo.
Klaus ainda observava o corpo, franzindo a testa.
— Nenhum sinal de Vanya. — disse ele, sua voz carregada de preocupação. A ausência de Vanya deixava todos em alerta.
Diego, sempre o mais pragmático, começou a se mover, impaciente.
— Vamos sair antes dos policiais chegarem. — despachou Diego, já dando passos para se afastar da cena do crime.
Mas Kateryna não se moveu imediatamente. Algo no corpo a intrigava. Seus olhos fixaram-se na face sem vida de Harold, como se tentasse desvendar um mistério oculto ali. Cinco, notando sua hesitação, se aproximou, tirando do bolso o lenço que guardava o olho de vidro do Apocalipse.
Kateryna se ajoelhou ao lado do corpo, seus dedos delicadamente retirando o penso que cobria o olho de Harold. Cinco observava atentamente enquanto Kateryna colocava o olho de vidro no lugar onde antes estava o olho real de Harold. Era um ajuste perfeito, quase como se o olho tivesse sido feito para ele.
— Mesma cor dos olhos, mesmo tamanho de pupila. — murmurou Kateryna, sua voz era uma mistura de incredulidade e desespero.
Cinco balançou a cabeça em confirmação.
— É isso. O olho que carrego há décadas... Achou seu devido lugar. — afirmou Cinco, sua voz pesada com a compreensão do que isso significava. Ele retirou o olho de vidro mais uma vez, segurando-o com uma reverência quase cerimonial.
Diego observava tudo de perto, tentando juntar as peças desse quebra-cabeça sombrio.
— É o cara que precisávamos matar pra deter o Apocalipse. — disse ele, ainda tentando processar o que isso significava para eles.
Klaus, que já estava pronto para sair, parou e olhou para Diego.
— Sim! Vamos lá. — ele disse, começando a se afastar, mas Diego o segurou pelo braço, impedindo-o de sair.
— Não, esperem. Não pode ser tão fácil. — afirmou Cinco, levantando-se com a nota da Comissão na mão. — Olhem, esta é a nota que peguei na Comissão, a que diz "proteger Harold Jenkins", vulgo Leonard Peabody. — Cinco mostrou a nota aos irmãos, sua mente trabalhando a mil por hora. — Mas quem o matou? Quem fez isso?
Klaus deu de ombros, seu olhar perdido em algum ponto distante da sala. Kateryna, por outro lado, parecia estar juntando as peças de um quebra-cabeça invisível.
— Eu tenho uma ideia maluca. Por que não achamos a Vanya e perguntamos o que houve? — sugeriu Klaus, mas antes que alguém pudesse responder, Cinco se teleportou, sumindo da vista.
Kateryna, no entanto, tinha uma expressão séria, quase temerosa. Algo dentro dela gritava uma verdade que ela não queria admitir.
— Mais maluca ainda. E se na verdade foi a Vanya que fez isso? E se na verdade Vanya tem poderes e foi ele quem os desencadeou? — ela murmurou, mais para si mesma do que para os outros, antes de se teleportar também.
A ideia pairou no ar, densa e ameaçadora, deixando os irmãos restantes com uma sensação de pavor crescente.
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