Abaixo rapidamente quando Amy começa a lançar tudo o que está ao seu alcance, na minha direção. Grita diversos xingamentos e a cada sílaba um objeto é jogado, batendo com força contra a parede atrás de mim.
- Seu - Arremessa - Desgraçado. - Arremessa outra coisa.
- Era só dizer não, sua selvagem! - Grito debaixo da mesa, enquanto me sinto o homem mais ridículo do mundo por estar sendo atacado por uma mulher.
A porta de abre rapidamente, não sei quem entrou mas faz com que essa diaba pare de estragar as minhas coisas. Levanto só o suficiente para observar o que acontece do outro lado do meu escudo improvisado.
Vicenzo segura os braços da Amy enquanto Bonassera fica parado intacto dividindo a atenção entre nós dois.
- O que está olhando? - Pergunto a ele ao me levantar e ajeitar o meu terno.
- Eu? Eu nada. - Da os ombros - Só estou aqui porque....pensei que...
- O que acha de ir pensar fora do meu escritório?
- Claro, certamente. Licença, senhor. - Sai apressado e fecha a porta.
Viro o corpo para a maníaca que está sendo acalmada pelo meu melhor amigo. Não sei ao certo se estou com vontade de mata-la, ou de simplesmente arremessa-la porta a fora da minha casa.
- Segure bem. - Peço ao Vicenzo - Se ela jogar mais alguma coisa aqui dentro, eu vou algema-la.
- Ora, mas é um cretino mesmo. - Ela ataca ainda com os braços presos pelo Vicenzo - Diga a ele o que você me falou, tenho certeza que me dará razão.
- Ah, você quer que eu diga? - Movo o olhar para o meu amigo que está atrás dela, maneando a cabeça em sinal negativo freneticamente. - A ideia foi dele. - Deduro e volto a olha-la.
- Olha, Amy...
- Vicenzo, me solte imediatamente. - Sua voz está baixa, porém mais assustadora do que aos berros como segundos atrás.
- Apenas não o irrite, nem arremesse nada. - Solta os braços dela lentamente.
Ela respira fundo e fecha os olhos. Não sei se está planejando a nossa morte ou apenas tentando se acalmar.
- Por quê eu? - Pergunta pra mim e cruza os braços - O que o faz pensar que eu teria um bebê com um lunático, sanguinário, irresponsável, mafioso, agiota, desgraçado igual você. - Seu tom de voz vai aumentando gradativamente até estar berrando no final.
- Sua lista deve ser extensa de pretendentes, então? E eu juro, que se berrar comigo ou jogar alguma coisa, eu juro por Deus Amy, que eu...
- Então... - Vicenzo interrompe. - Vamos pensar com clareza, explorar as possibilidades e decidir o que fazer, como adultos. O que acham?
- Eu acho que vocês enlouqueceram. - Responde enquanto me olha.
Amy é realmente uma selvagem, mas além de tudo, uma burra.
Ter um filho comigo pode não ser o melhor dos cenários, mas viver nas mãos do Bellini, ora, ela não faz ideia. Não imagina o quanto aquelas meninas apanham e são exploradas. Não a tiraria de lá por ser uma prostituta, eu a tirei para não ser violentada semanalmente e agredida diariamente. Sem mencionar nas meninas que desaparecem, o que nós sabemos que estão escondidas embaixo da terra, da água e em lugares que até Deus dúvida.
- Então pode ir, Amy. - Decido - Bonassera vai te levar de volta, avisarei ao Bellini. Minha família não está disposta a se arriscar por uma prostituta.
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Família Mancini
RomanceFederico Mancini, chefe de uma respeitada família da máfia italiana, vive em constante vigilância para proteger sua irmã, Francesca. Quando Amy Miller é oferecida como moeda de troca, ele recusa, mas o destino os reencontra, obrigando-o a levá-la pa...