Federico carrega Amy até o seu quarto, onde a luz suave cria um ambiente acolhedor. Ela, um pouco devagar, solta uma ou outra besteira, arrancando sorrisos dele. Ele percebe que, mesmo em momentos como aquele, Amy consegue ser engraçada. Ao colocá-la na cama com delicadeza, ela se deixa cair no tecido macio, envolvendo-se em um perfume familiar que a transporta para a memória da primeira vez que estivera ali. As lembranças dos beijos, dos toques, da língua e do arrepio ainda dançam em sua mente, aquecendo seu coração e fazendo seu corpo vibrar com uma mistura de saudade e desejo. Federico a observa em silêncio, admirando a expressão dela, enquanto tenta decifrar o que se passa em sua cabeça.
Federico a observa com atenção enquanto desabotoa os botões da sua camisa social, notando a tranquilidade nos olhos fechados de Amy, perdida em seus próprios pensamentos. Ele se pergunta o que se passa em sua mente enquanto suas pernas se movem lentamente, como se hesitassem entre o conforto e a expectativa. Um leve engasgar denuncia a tensão que permeia o ar.
Ainda imerso nesse momento quando retira por completo sua camisa, Federico percebe a respiração acelerada dela, o peito subindo e descendo de maneira quase rítmica. Ele sente um impulso de ir até ela, de desvanecer a distância que os separa, mas algo o mantém parado. O gesto de fechar as pernas revela uma mistura de nervosismo e desejo que ele reconhece bem. Queria estar enganado, mas sabia que, de alguma forma, ela também estava navegando por um mar de sentimentos complicados, onde a hesitação se misturava ao anseio. Amy está excitada, Federico constatou, e provavelmente estar chapada a ajudou a viajar na mais louca imaginação.
Amy abre os olhos, parecendo despertar de um sonho. A preocupação a invade ao perceber que ficou tempo demais pensando, e rapidamente se lembra de que Federico está ali. Ela o olha, de pé e sem camisa, encarando-a com uma mistura de diversão e curiosidade.
— Eu daria toda a minha fortuna em troca dos seus pensamentos, Miller — diz Federico, com um sorriso provocador.
Amy responde com um sorriso, um pouco envergonhada.
— Não valeriam tudo isso.
Ela se senta na cama, seu rosto corando. Federico dá de ombros e se dirige a um móvel para tirar o relógio.
— Você não precisa ter vergonha. Se quiser, é só pedir.
O rubor em suas bochechas se intensifica e ela pergunta, com um toque de desafio.
— O que você acha que eu quero?
Federico sorri, um sorriso divertido que ilumina seu rosto. Ele se aproxima e, com um olhar provocador.
— Quem tem que dizer isso é você.
— Eu preciso de um banho — Amy responde, buscando uma saída.
— Você pode tomar no meu banheiro, se quiser — sugere Federico, com um tom leve.
— Não precisa. Já ia dormir mesmo — ela diz, tentando se manter firme.
— Pode ser o seu quarto também — ele provoca, quase rindo da expressão desconfiada que se forma no rosto dela.
Amy estreita os olhos, avaliando-o.
— O que tem de tão estranho no que eu falei?
— Ter saído da sua boca já é estranho o suficiente — ela responde, balançando a cabeça.
Federico se aproxima e a conduz até o banheiro, abrindo a porta para que ela possa se ver no espelho. Ele a observa por um momento, seus olhos se detendo em cada detalhe. Enquanto está atrás dela, ele passa as mãos suavemente pelos braços de Amy, fazendo-a estremecer.
Sussurrando em seu ouvido, ele diz
— Estranho seria eu não querer você em meu quarto.
Federico beijou o pescoço de Amy e desceu suavemente até o ombro, sentindo a pele quente sob seus lábios. Seus olhos seguiram a mão dele, que deslizava com cuidado pelo seus seios, contornando sua barriga e indo até a ponta do seu vestido largo. A sensação do toque era intensa, uma mistura de conforto e eletricidade.
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Família Mancini
RomanceFederico Mancini, chefe de uma respeitada família da máfia italiana, vive em constante vigilância para proteger sua irmã, Francesca. Quando Amy Miller é oferecida como moeda de troca, ele recusa, mas o destino os reencontra, obrigando-o a levá-la pa...