Capitulo 6

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Naquele dia, uma tempestade desabou. A tempestade era até mais forte do que aquela da noite da fuga de Dulce.

Dulce estava fora da Mansão, pois ainda era final de tarde, passeando ao ar livre, quando os pingos grossos começaram a cair.

Quando a chuva tornou-se forte, Dulce já tinha corrido para dentro da Mansão; mas aquilo não evitou a ruiva de entrar ensopada.

- Onde estava? - Christopher foi a primeira coisa que ela viu quando levantou os olhos. - Não viu a chuva que estava se aproximando?

- Nem percebi. - Ela respondeu, fechando a porta e tirando as mexas molhadas da cara.

Quando se virou para frente, viu que Christopher tinha os olhos pregados em seu corpo, e que o rosto dele (por mais inacreditável) estava afogueado.

Dulce olhou para baixo e só então viu... Por Cristo, como tinha esquecido que estava usando uma roupa branca?!

Estava tudo transparente, dando para ver cada curva e cada detalhe de seu corpo. Os seios principalmente.

Com o rosto em brasa Dulce
cruzou os braços na frente do peito, de cabeça baixa. Christopher pareceu "acordar", e subiu o olhar. Ele pigarreou, parecendo desnorteado por alguns instantes.

- Suba e tome um... banho quente. Não pode ficar molhada a noite toda. - Ele disse em tom arrogante, se virando e saindo sem voltar a olhá-la.

Dulce colocou a mão no rosto e o sentiu quente. Que vergonha que estava sentindo!

Subiu lentamente até o quarto e foi direto para o banho. Quando saiu, enrolada numa toalha felpuda, viu o marido entrando no quarto.

- O que faz aqui? - Ela perguntou alarmada.

- Estou no meu quarto. - Ele respondeu, dando de ombros e fechando a porta.

- Sim, mas...

- Não se engane, Dulce. - Ele disse firmemente. - Este quarto é de nós dois, e você é minha esposa. Vamos compartilhar tudo, inclusive a cama deste quarto.

Dulce sentiu a boca seca, e Christopher deu um sorriso perverso para ela.

- Partilhar a cama para dormir, eu quis dizer. - Ele murmurou.

Dulce assentiu, tão aliviada que voltou a respirar normalmente de novo.

- Bem, mas se continuar parada na minha frente somente com essa toalha eu retiro o que disse. - Ele ameaçou, de repente, devorando-a com seus olhos brilhantes e felinos. - Não imagina o poder de sedução que tem, e tudo o que eu quero agora é arrancar essa toalha e fazê-la minha mulher... como deve ser. Não tem idéia de como está deliciosa só com esta toalha.

Dulce corou violentamente com aquelas palavras. Pegou a camisola em cima da cama e voltou correndo para o banheiro, com a risada feroz de Christopher ressoando pelo quarto e a amedrontando.

Naquela noite Dulce não conseguiu dormir, se manteve imóvel na cama por horas. A respiração de Christopher soava calma ao seu lado, mas ela (de costas e o mais afastada do marido possível) não ousava se virar.

A tempestade ainda caía lá fora. Se dando por vencida, Dulce se levantou (sem fazer nenhum barulho) e parou na frente da janela. O lado de fora da Mansão parecia mal-assombrado com aquela chuva... as nuvens escuras e os raios caindo naquela escuridão, sem nenhuma vida, e alguns sons de morcegos e corujas desesperados por causa das gotas pesadas de água. Era assustador.

Quando um trovão muito forte e grosso soou, Dulce levou um susto e pulou, com o coração descompassado. A visão arrepiante que estava tendo da janela também não ajudou.

A ruiva viu Christopher abrindo os olhos, acordando por causa do barulho do trovão, e não pensou duas vezes. Correu até a cama e abraçou a marido, escondendo-se no peito largo dele.

Christopher ficou imóvel por alguns segundos, e depois passou os braços ao redor de Dulce.

- Você está tremendo... tem medo de chuva? - Perguntou meio sonolento.

- Não de chuva... mas esses trovões estão me assustando. - Ela respondeu meio manhosa, cobrindo o rosto com as mãos. - Além do mais, lá fora está parecendo um filme de
terror.

- Não vá mais para a janela. - Ele disse, já totalmente acordado, sentando-se na cama e pondo Dulce no colo dele. (*--*)

Ela balançou a cabeça, concordando rapidamente. Já se acalmando, Dulce se ajeitou no colo de Christopher e sem querer sua camisola curta subiu, expondo-lhe as coxas torneadas. Como um íma, o olhar de Chris foi puxado para baixo.

Vermelha, Dulce ergueu os grandes olhos para ele enquanto arrumava a camisola.

Christopher a encarou por um minuto, e de repente, antes que Dulce pudesse se afastar, ele agarrou-a pelo pescoço, aproximou o rosto dela e a beijou com voracidade.

As línguas se encontraram, e quando Dulce sentiu Christopher chupando sua língua de forma erótica, ela arfou, sentindo o corpo quente.

Christopher a trouxe mais para perto, agarrando-a pelas mexas ruivas sem machucar. Dulce se mexeu no colo dele e sentiu algo muito estranho. Christopher ofegou, e quando a ruiva sentiu-se sentada sobre algo duro, o homem afastou-a pelos cabelos.

- Está brincando com o que não deve. Se não vai chegar até o fim, não me provoque. - Ele avisou, com voz cortante. - Se eu a vir com a roupa molhada e pregada no corpo, com uma toalha de banho, ou com uma camisola curta novamente, vou jogar tudo ao inferno e você não vai poder fugir. Meu controle está no limite, Dulce Maria.

Dizendo isso, Christopher empurrou Dulce para o lado sem nenhuma delicadeza, levantou-se e saiu do quarto. A ruiva ficou na cama, trêmula e confusa, com vontade de chorar.

Amor DemoníacoOnde histórias criam vida. Descubra agora