- Levante-se para ir almoçar comigo, Dulce. - Ordenou, quase aos gritos, quando se aproximou.
Dulce olhou para cima e viu Christopher olhando-a ameaçadoramente.
- Adelaide não mandou meu recado? - Perguntou calmamente, enquanto tirava uma fitinha de seu vestido para amarrar ao redor das flores em sua mão, fazendo um pequenino buquê colorido.
- Mandou, e se você pensa que vai agir com caprichos e mimos comigo está enganada. - Chris disse autoritário. - Vai agir como uma esposa deve agir.
- E se eu não quiser? - Dulce o olhou desafiante.
- Eu vou obrigá-la! - Christopher puxou Dulce (que estava sentada) para ficar de pé, pelo braço. - E vou perder todo o respeito de marido que tenho por você até agora!
- Ai! - O braço dela doeu pelo puxão brusco.
- Dulce Maria, você não é mais uma criança! Agora é uma mulher, pare de agir como se tivesse quinze anos!
- Você não pode me obrigar a nada!
- Sou seu marido!
- Você sabe que eu nunca quis este casamento, não me considero sua mulher!
Christopher a olhou com os olhos soltando chispas escuras e sinistras. Dulce achou, por um segundo, que ele ia bater nela.
- Pois é melhor começar a se considerar... porque você É minha mulher. - Ele sussurrou, com o rosto bem perto do dela. - Vamos! - Ele grunhiu, apertando a mão fina dela até machucar e arrastando-a até dentro da Mansão, com a pequena Dulce aos tropeços.
- Está me machucando! - Ela gritou, quase chorando.
- Christopher! - Adelaide
disse alto, quando os dois entraram na sala de refeições aos gritos.- Sente-se! - Ele mandou, ríspido, soltando Dulce e apontando para a cadeira do lado oposto da sua.
A ruiva tentou escapar, mas Christopher a puxou de volta pela cintura e a sentou à força na cadeira.
- Fique aí, ou vou perder minha paciência!
- Senhor, pelo amor de Deus! - Adelaide se aproximou. Dulce a olhou com súplica, pedindo ajuda.
Chris não respondeu à criada.
- Coma, Dulce. - Ordenou.
- Me deixe em paz, Uckermann! ODEIO você!
- Coma de uma vez, ou prefere que eu vá até aí lhe dar a comida? - Ele ameaçou, levantando-se da cadeira que estava sentado.
Dulce grunhiu alto e pegou o garfo, olhando-o com fúria pelo canto dos olhos.
- Ótimo. - Ele resmungou, voltando a sentar-se.
Quando terminaram de comer, num clima pesado como chumbo, Dulce levantou-se.
- Espero que esteja satisfeito! - Gritou.
- Não grite. - Ele disse.
Dulce apertou as mãos, com ódio, e só então percebeu que ainda segurava o pequeno buquê de florzinhas que tinha feito.
Christopher se aproximou dela, tirou mini buquê de suas mãos e o jogou no chão, pisoteando-o.
- Olhe o que fez! Acabou com as flores! - Dulce exclamou, horrorizada, observando as
pétalas e folhas esmagadas no chão.