Desculpas, desculpas, desculpas, mil desculpas. Okay... minhas desculpas não serão suficientes, mas... os 3 últimos caps vão me perdoar? Serião gente foi uma falta de vergonha na cara ter demorado pra postar, mas é que sei lá, eu perdi a vontade de continuar, parecia que o que eu estava fazendo era errado, sem sentido sabe? Enfim... vamos lá, espero realmente que me perdoem!
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O dia ainda estava clareando quando Dulce despertou. Espreguiçou-se como uma pequena gata e tateou a cama, em busca do marido.
Não achou.
Abriu os olhos e sentou-se na cama, deixando o lençol escorregar e descobrir seu
delicado corpo nu.Seus olhos ficaram aliviados ao ver Christopher sentado na poltrona do quarto, observando-a languidamente.
- Porque acordou tão cedo? - Murmurou, esfregando os olhos.
Christopher passou os olhos lentamente pela curva do quadril de Dulce, pela cintura fina e pelos seios.
Dulce sentiu o olhar dele, intenso, e lembrou-se da noite passada. Corou de prazer e sem querer seus mamilos enrijeceram, formando duas pequenas pérolas claras.
Christopher aproximou-se como um gato, sentando na cama ao lado dela e dando um beijo em seu colo, enquanto erguia a mão para acariciar um dos seios macios.
- Preciso dar uma volta na cidade. Resolver uns assuntos. - Ele respondeu, lhe roubando um beijo na boca para sentir o gosto doce de Dulce pela manhã.
Adorava vê-la acordando... ficava lânguida e carinhosa, sempre procurando-o na cama. Gostava daquilo. Gostava que Dulce sentisse uma dependência de sua presença. Era egoísta pensar daquele modo, mas era o que sentia.
- Precisa ir agora? - Dulce se queixou, abraçando-o e enterrando o rosto sem eu peito, como uma menina que não quer que o pai vá trabalhar.
Christopher riu roucamente, penteando os cabelos longos dela para trás e lhe beijando no ombro frágil.
- Daqui a pouco.
Dulce ergueu-se e lhe deu mais um beijo, sorrindo angelicalmente. Christopher observou seu sorriso por vários segundos, passando um dedo pelo contorno da boca rosada da jovem.
- Doce. Doce demais. - Murmurou, abraçando-a.
- Podemos nos encontrar mais tarde. - Dulce sugeriu. - Preciso ir à cidade fazer umas compras e visitar Maite. Ela está perto de ter o segundo bebê, você sabe...
- Sim. - Christopher sorriu. - Tudo bem. Vá de charrete mais tarde. Nos encontramos às onze, no portão de Maite, para visitarmos ela juntos.
- Perfeito. - Dulce tirou o cabelo do olhos, alegre.
Christopher saiu, e Dulce teve bastante tempo livre. Conseguiu dormir mais um pouco, tomou lentamente seu café, e então foi na charrete com um dos homens da mansão fazer suas compras.
Acabara de descer e agradecer o criado, quando alguém a chamou. Dulce arrumou o chapéu lilás que usava e virou-se para trás.
- Dulce, é você mesma? - Um homem de mais ou menos vinte e cinco anos se aproximava. Era ruivo, musculoso e muito bonito. Os olhos eram claros e olhavam para Dulce com curiosidade e brilho.
- Quem é você? - Perguntou, incerta, com medo de ser algum dos amigos de Christopher que conhecera em alguma festa e que não estivesse lembrando.
- Sou eu. Joan! Seu primo preferido? - O homem sorriu largamente. - Costumávamos dizer para toda a família que íamos nos casar quando éramos pequenos, esqueceu disso também?
- Oh, meu Deus! - Dulce colocou a mão na boca e soltou um gritinho. - Joan! - Os dois se olharam de cima à baixo e riram. - Mas como você está mudado... virou um homem lindo.
- E você desabrochou como uma rosa. Era a coisinha mais linda e encantadora que eu já havia visto quando éramos crianças... e agora virou uma moça absurdamente bonita. - Joan sorriu, aproximando-se a abraçando-a ternamente.
Dulce emitiu um murmúrio saudoso e apertou-se contra ele, gostando de sentir aquele calor tão familiar, que não sentira há anos.
- Eu senti sua falta! - Dulce disse, sem vergonha de admiti-lo. - Não sabe como eu quis ter você ao meu lado há alguns anos atrás, quando minha vida estava um caos. Mas papai se recusava a me dar seu endereço para que eu escrevesse, ou para que pudéssemos visitá-lo.
- Ah... Fernando. - A expressão iluminada de Joan fechou um pouco. - É, ele nunca gostou de mim.
- Mas sabe... - Dulce ergueu os olhos. - Ele está diferente. Papai já não é o mesmo de antes. Está arrependido, está muito melhor.
- Até com você?
- Joan ergueu uma sobrancelha, meio descrente. - Logo ele, que travava a ti como uma coisinha incômoda na vida perfeita dele? - Ironizou. - Quero muito ver esse novo Fernando. Mas não vamos falar disto agora... como passou esse tempo, Dulcinha? Casou-se?
Dulce ergueu os olhos brilhantes para o primo, dando um sorriso, pronta para dar sua resposta, quando sentiu uma sombra atrás de si. Seu coração acelerou e na mesma hora, sem nem precisar olhar, sabia quem havia chegado.
- Sim, ela casou.
Joan olhou desconfiado para Christopher, e Dulce desenroscou-se do abraço com o primo, virando-se e se deparando com toda a beleza do marido. Aquela beleza selvagem e obscura que lhe era completamente atraente e que lhe fazia ferver de desejo.
Christopher usava uma capa escura sobre os ombros, que destacava seus cabelos louro-escuros e os olhos semi-cerrados. Seu maxilar estava apertado e ele encarava Dulce.
- Então você é o sortudo? - Joan disse, para desanuviar o clima que ficara repentinamente abafado com a presença de Christopher. Estendeu a mão. - Sou Joan... primo de Dulce.
Christopher olhou para a mão de Joan e não fez um mínimo esforço para mover-se.
Pressentindo um clima tenso, Dulce apressou-se a sorrir e dizer: - Este é Christopher, meu marido, Joan. Eu pensei que jamais fosse chegar a apresentá-los. - Sorriu. - Eu não vejo Joan há anos. Desde os quatorze, eu acho. Não é incrível, Chris?
- Incrível. - Ele respondeu monossilabicamente, com o rosto fechado e não demonstrando o mesmo entusiasmo que a esposa.
- Estávamos indo visitar uma amiga, que está esperando bebê. - Dulce comunicou a Joan. - Tenho certeza de que ela não vai se importar com uma visita à mais. Ao contrário, vai adorar conhecê-lo. Vamos com a gente?
Joan hesitou um minuto, talvez intimidado pela expressão obscura de Christopher. Depois olhou para o sorriso esperançoso de Dulce.
- Tudo bem. Não tenho mesmo nada programado.
- Ótimo. - Dulce se animou. - É logo ali naquela casa... vamos, bem? - Olhou para o marido, estendendo a mão para que ele viesse para frente, mas Christopher somente fez um gesto com a cabeça, indicando que ela fosse e que ele ia atrás.