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Penultimo capitulo!
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Dulce passara todo o dia trancada, chorando, naquele lugar escuro que ela não sabia onde era. Haviam ratos ali, e Alan não lhe dera comida durante todo o dia, somente água.
- Já fui no endereço marcado duas vezes e não há nenhuma resposta de Uckermann! - Alan disse, furioso, entrando no recinto e fechando a porta. - Está anoitecendo... será que o maridinho vai te deixar na mão, doçura? - Ele riu de forma maníaca. - Eu achei que fazendo uma chantagem usando você, ele cederia. Mas agora começo a desconfiar. Afinal ele não tem coração... - Sorriu. - Por isso o fato de sua morte pode não importar tanto. - Ele se aproximou e pegou Dulce pelo pescoço. - Reze para que ele se importe, docinho, ou quem vai sofrer todas as conseqüências será você.
Dulce ofegou, e ele a soltou.
Os minutos foram passando... as horas... e Dulce estava aflita.
Será que realmente Christopher ia deixá-la ali com aquele louco? Não sabia... afinal de contas, se enganara quando achara que o marido tinha finalmente mudado. Ele no fundo era o mesmo.
- Dizem que não se pode mudar a essência de uma planta venenosa. - Alan comentou com Dulce. - Agora você vê a verdade, não? Uckermann nunca vai mudar... Cristo, é tão frio que nem mesmo a morte da esposinha lhe abala. - Disse consigo mesmo. - Mas eu espero sinceramente que ele pense bem, para não se arrepender depois. Afinal, ele nunca vai conseguir outra mulher como você. - Ele disse para Dulce, maliciosamente. - Não há mais bela e mais graciosa.
- Alan, pare com isto. - Ela pediu. - Ainda há tempo para mudar de idéia... se quiser eu falo com Christopher!
- Não adiantará. - Ele disse com ironia. - Eu o conheço há anos, e sei o que estou dizendo. Quando diz algo, é porque vai cumprir. Por isso, se disse que vai me tirar tudo é porque de fato, vai. Não posso permitir isto. E a única maneira de salvar minha pele, é sacrificando a sua.
- Mas isso só vai prejudicá-lo! - Dulce tentou dizer. - Alan, há caminhos melhores! Eu não lhe denuncio, não faço nada se quiser. Mas me solte... eu posso conversar com meu marido, falo que Mai é minha amiga e que não...
- E então ele salvará Maite das ruas. - Ele disse amargamente. - E quanto à mim? Eu sou o assunto dessa história... Maite não me importa!
- Mas... - Dulce se retraiu. - Ela é sua esposa.
- Não me preocupo com isto agora. Só o que quero é conseguir o que tenho de volta, antes que minha vida acabe e eu vire um mendigo qualquer! Dinheiro, Dulce! - Ele disse. - É só isso que constrói nossas vidas. Sem dinheiro ou bens materiais, não somos nada! E eu não vou perder tudo por um simples capricho de Uckermann! Prefiro matar alguém antes de permitir que isso aconteça.
Dulce balançou a cabeça, chocada com tudo o que Alan estava dizendo.
- Você não está bem... - Sussurrou. - Está maluco. Não faça algo para se arrepender! Dinheiro e luxo não são tudo na vida!
- Para mim são. - Ele rosnou. - Agora veja bem... daqui a uma hora dará meia-noite. E eu irei no endereço marcado ver se a resposta de Uckermann chegou. Se não houver nada, você pode começar a dar adeus à tudo.
Ele deu as costas e saiu, batendo a porta e trancando Dulce no escuro novamente.
Ela colocou as mãos no rosto, aterrorizada.
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