Capitulo 23

2.3K 194 11
                                    

Dias depois...

O novo jardineiro já tinha sido contratado. Era um homem por volta de trinta e poucos anos, casado, e que tinha muita experiência com jardinagens.

Dulce passava tardes inteiras ajudando e auxiliando o jardineiro, quando Christopher não estava presente, pois ela mesma queria fazer o trabalho de recriar um jardim na mansão. O resultado depois iria compensar.

A ruiva tinha encontrado um novo sentido à sua vida, pelo menos naquele mês. O trabalho com o jardim a deixava mais viva e alegre novamente, e até Adelaide e os outros criados tinham se animado a ajudar.

- Clark, já disse que não pode ficar aqui. - Dulce murmurou com um sorriso, pegando o pequeno gatinho branco do chão. - Estou trabalhando, e vai me atrapalhar.Além do mais, vai se sujar todo e terá que tomar outro banho.

Clark piscou, como se quisesse dizer que não queria outro banho.

- Ótimo, então vá para dentro. Adelaide! - A ruiva chamou a senhora, que estava agachada plantando algumas sementes na terra.

- Sim, senhora?

- Leve Clark para dentro, por favor.Não o quero aqui, é tão pequeno que pode acabar sendo pisoteado por algum criado.

- Está bem. - Ela limpou as mãos na roupa e foi pegar o gato para levá-lo para dentro da mansão.

Suspirando, com um leve sorriso, Dulce olhou ao redor. Quatro dias de trabalho duro, e o lado de fora da casa já estava bem diferente. Plantas, flores e árvores estavam sendo plantadas, e o jardineiro estava cuidando da grama que estava, aos poucos, crescendo.

- Está fazendo um ótimo trabalho, Senhor Edi. - Disse, caminhando até o jardineiro e lhe sorrindo.

O homem ergueu a cabeça.

- Estamos, senhora. A senhora é quem está recriando tudo isso.

No final de tarde, Christopher retornou. Dulce foi procurá-lo e o achou na Biblioteca da
mansão.

- Uckermann?

- Sim, querida? - Ele respondeu com ironia, largando os papéis que lia em cima de uma mesa.

- Se eu lhe pedir uma coisa você seria capaz de fazer por mim?

Christopher franziu o cenho.

- Já lhe permiti contratar um jardineiro para ajudá-la com os jardins, o que quer mais?

Dulce hesitou.

- E eu agradeço... Mas não é sobre isso.

- O que é então? - Ele se aproximou. - Desculpe a grosseria, hoje estou meio impaciente. - Ele disse com mais polidez. - Diga o que quer.

- Erm... - Dulce colocou uma mexa vermelha e fina atrás da orelha, ansiosa. - Eu gostaria muito de ver meus pais hoje.

Christopher ficou quieto, e voltou a andar pela biblioteca.

- Eu sei que você já me negou várias vezes, e também sei que agora que sou casada não devo ir visitar minha casa com tanta freqüência. Mas é que...

O marido virara para observá-la.

- Eu não os vejo desde que casamos. Quero ver se estão bem. - Ela continuou, suplicante.

Por fim, Christopher acenou compreensivamente.

- Tudo bem, podemos ir ainda hoje.

- Mesmo? - Ela arregalou os olhos. - Vai me acompanhar?

- Mas é claro.

- Obrigada. Eu achei que...

- Posso não ser paciente com esse tipo de sentimentalismo, mas sei que você tem de ver seus pais de vez em quando. E já faz muito tempo, não? - Ele passou por ela, enfiou a mão na massa de cabelos ruivos e os afagou brevemente, mas com a expressão séria. - Iremos mais tarde para jantar com seus pais.

Dulce sorriu de leve, agradecida, e ele saiu da biblioteca.

Amor DemoníacoOnde histórias criam vida. Descubra agora