Capitulo 16

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Quando Dulce entrou de volta na Mansão Uckermann, sentiu um calafrio. Estava de volta à prisão... de volta à vida ao lado do diabólico Christopher.

Olhou ao redor, frágil e pálida, enquanto o marido a seguia logo atrás.

- Ah, senhora. - Adelaide apareceu, dando um abraço repentino em Dulce.

Quando Christopher foi deixar a mala de Dulce em um canto, para que algum criado levasse de volta ao quarto, Dulce perguntou baixinho:

- Foi você, Adelaide? Você contou onde eu estava..?

- Não, senhora. - Ela suspirou, e a ruiva franziu o cenho. - Não sei como...mas, bem...

- Vamos subir, Dulce. - Chris se aproximou novamente, colocando a mão na cintura fina da esposa possessivamente.

- Que bom que está bem, senhora. - Adelaide murmurou com um leve sorriso.

Christopher empurrou Dulce em direção às escadas, segurando-a firmemente, e ambos subiram.

" Será que foi Maite que contou? Não acredito... ela não faria isso.Deve ter sido de outra forma que este homem descobriu onde eu estava. ", a ruiva pensava.

- Entre. - Christopher ordenou, quando chegaram na porta do quarto.

- Christopher, o que quer de mim? - Ela perguntou, cansada, adentrando no quarto. - Ao menos me deixe em paz, agora que conseguiu me fisgar novamente. - Resmungou.

- Não vou deixá-la em paz. - Ele
disse com perversidade, agarrando-a pelos ombros e encarando-a de perto. - E eu não a fisguei... e sim recuperei algo que já me pertencia.

- Eu NÃO lhe pertenço! - Dulce gritou, pálida e trêmula.

Estava tão nervosa com aquela situação... só de pensar que chegara tão perto de ter uma nova vida longe dali, mas que agora estava de volta, lhe embrulhava o estômago.

- Você tem que tomar algo. - Ele observou. - Está branca e parece fraca, o que foi?

- É você que me deixa assim, saia! - Ela gritou, prendendo o choro. Os olhos ardiam pelas lágrimas que queriam cair, tamanha a frustração que sentia naquele momento.

- Oh, não vai se debulhar em lágrimas agora, vai? - Ele perguntou, mas estava sério. - Agüentou durante a viagem, e durante esse tempo todo, sem chorar. Continue forte.

- Isso está cada vez mais impossível. Te odeio. - Ela murmurou, virando de lado para que ele não visse seus olhos brilhantes. Mas sentia que seu controle estava esgotado. - Saia, Uckermann. - Ela pediu, virando a cara, quando sentiu que os soluços estavam vindo.

Christopher ficou em silêncio.

- Está desse jeito porque eu a trouxe de volta, não é? - Ele perguntou baixo logo depois.

Dulce o sentia observando-a.

- Tem que aceitar que sua vida agora me pertence. - Ele disse. - Você me pertence, e eu não a deixarei ir.

O corpo pequeno de Dulce começou a tremer, enquanto ela tentava prender o choro.

- Já vi isso, Christopher, agora me deixe em paz.

- Você está tremendo.

- N-Não estou. - Ela foi até a porta e a abriu, como se mandasse o marido sair. Os olhos da ruiva estavam esgotados e cheios de água, mas ela não olhava para Chris e mantinha o rosto erguido.

Ele foi até a porta, parecendo não saber se devia ir ou ficar, e olhou para Dulce. Ela se abraçou com os próprios braços, como se tivesse frio, e olhou para outro lado esperando que Christopher saísse. Mas ele não foi, se aproximou dela e a beijou.

Os olhos de Dulce explodiram de lágrimas e ela começou a chorar e soluçar.

- Pare com isso, Dulce. - Ele mandou, olhando-a com dureza.

- Saia daqui.. - Ela murmurou, quase imperceptivelmente por causa dos soluços, encostando as costas na parede e escondendo o rosto com as mãos pequenas.

- Não vou sair.Vamos, Dulce Maria, pare de chorar.

- N-Não posso.

- Tente! - Ele disse nervoso. - Engula os soluços, e seque essas lágrimas.

Dulce puxou ar, secando o rosto com as mãos rapidamente. Mas logo novas lágrimas molharam-lhe o rosto novamente.

Christopher a olhou e a ruiva deu um passo para trás.

- Não consigo!!! N-Não posso controlar o choro, Uckermann. Me deixe! - Ela gemeu, se
afastando mais.

- Droga. Vamos ver se com isso você se controla. - Ele se aproximou, agarrou-a pela cintura com força e a beijou esmagadoramente, prensando o corpo de Dulce na parede.

Os soluços dificultaram um pouco a situação, mas Christopher continuou. Dulce gemeu, tentando afastá-lo, mas o marido a segurava com firmeza.

A ruiva sentiu a língua de Christopher entrar eróticamente em sua boca, massageando sua língua e fazendo movimentos circulares.

Colou-se mais à ele, por impulso, e ele começou a passar as mãos pelas curvas femininas do corpo dela. Em poucos segundos, ele apertava-lhe um seio e Dulce arfou com a surpresa.

Christopher não a largou quando ela quis se afastar, e apertava a moça como se quisesse ter certeza de que ela estava mesmo ali.

Quando a ruiva gemeu em protesto, por ele estar apertando-a demais, Chris a soltou.

- Pelo visto funcionou. - Ele disse, olhando-a bem de perto. - Você parou de chorar. Mas ainda há uma lágrima aqui. - Ele olhou para a bochecha dela. Em seguida, aproximou-se e lambeu lentamente a lágrima.

Ao sentir a língua quente dele em seu rosto, Dulce ficou vermelha e confusa. Antes que pudesse se afastar, ou pensar, Christopher já tinha se afastado, dado um sorriso perverso e saído do quarto.

A ruiva encostou-se na parede novamente, arfante por causa do beijo.

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