Capitulo 24

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Em torno de sete da noite, Dulce e Christopher já desciam na frente da Mansão dos
Saviñon.

Chris, elegante e atraente como sempre em roupas escuras. E Dulce usando um longo vestido salmão, de alças finas; o vestido marcava as curvas redondas e delicadas da ruiva, e a cor suavizava a figurinha angelical.

- Parece nervosa. - Ele observou quando estavam caminhando até o portão.

- É que estou ansiosa para vê-los. E meu pai... - Dulce se calou.

- A relação entre você e seu pai não é das melhores, verdade? - Chris perguntou franzindo a testa.

Dulce o olhou, de olhos levemente arregalados.

- O que quer dizer?

Christopher deu de ombros, enquanto batia o pequeno sino do portão para indicar que estavam ali. Logo um mordomo apareceu, e ao vê-los abriu o portão com um cumprimento.

- Olá Mourris! - Dulce sorriu, encantada por rever o velho mordomo.

- Senhorita. - O velho sorriu também, pelo visto gostava muito de Dulce. - Senhor. - Christopher apenas acenou. - Como está a vida de casada, senhorita?

Christopher olhou ironicamente para a ruiva, mas ela o ignorou e forçou um sorriso para o mordomo.

- Maravilhosa. Como estão todos aqui? - Perguntou com animação, enquanto o velho os guiava até a mansão.

- Muito bem. - Ele riu alegre. - Sentindo falta da energia da senhorita aqui na casa, mas creio que agora está mais feliz com seu marido.

- Sim, claro. - Dulce suspirou.

Quando entraram na mansão, a ruiva olhou o mordomo com um sorriso:

- Pode avisar meus pais que estamos aqui, Mourris?

- Mas é claro, senhora. Fiquem à vontade, alguém trará um chá enquanto esperam.

Mourris saiu apressado, e Dulce e Christopher foram sentar-se na sala.

- Tem tanta intimidade com os criados que me surpreende. - Ele comentou, olhando-a. - Você trata à todos da mesma maneira, independente de ser um criado ou um rei da nobreza.

Dulce o olhou meio fria.

- Todos são iguais, Christopher. Independente dos títulos que tem.

- Sim, é verdade. - Ele apertou os olhos, pensativo, e ainda a olhando astutamente.

- Boa noite, aqui está o chá. - Uma criada mais nova entrou com uma bandeja.

- Obrigada.-Dulce sorriu para a outra ao pegar a xícara. - É nova, não é?

- Sim, você é a senhorita Saviñon, não? - A moça murmurou timidamente. - Seus pais me contrataram há alguns dias.

- Oh. - Sorriu.

Quando a moça acenou para Christopher e se retirou, Dulce balançou a cabeça.

- Meus pais continuam com essa mania de contratar cada vez mais empregados.

- Ele são ricos, e vivem no luxo. É natural quererem mais conforto e ser servidos. - Christopher respondeu.

- Desde que eu me entendo por gente eles são assim. Cresci rodeada por criados e coisas materiais. - A ruiva tomou um gole de chá de olhos baixos.

- E não devia ser o contrário, sua família é uma das mais renomadas. - Ele a observou. - Você nasceu para ser servida e mimada, Dulce. É muito feminina e frágil, não deve querer ser algo que não é.

Amor DemoníacoOnde histórias criam vida. Descubra agora