CAMISA 6 | THIAGO SILVA

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THIAGO ⚽️
27 de novembro de 2023
   Londres 📍

Eu estava tentando ficar de boa com a Ivy, mas aparentemente ela queria que eu fosse pra puta que pariu.

Depois do café da manhã na casa do Paquetá, levei ela pra minha casa, ela foi pro quarto dos meninos e começou a preparar uma surpresa pra relevarmos que eles seriam irmãos mais velhos, oficialmente, fiquei feliz que ela tenha me esperado pra contar a eles.

Tomei um banho, e coloquei uma roupa leve.

De manhã quando eu acordei, tinha uma pá de mensagem do Maurício no meu celular, mensagens que eu preferi ignorar, pra não mandar ele tomar no cu, e perder a razão.

De fato, tínhamos um acordo, eu deveria permanecer na clínica por um prazo mínimo de 5 meses, e sempre em acompanhamento, e só após 1 ano que eu poderia voltar a me relacionar com a Ivy. Mas acontece que a gravidez dela não estava nos meus olhos, e aquele velho tá louco se achou que eu ia continuar lá, sabendo que a garota precisa de mim aqui.

Escutei batidas na porta, e pensei na Ivy, pedi pra entrar, e me virei na direção vendo a Isabelle.

— Thiago... — ela começou a falar e encostou a porta.

— Mete o pé. — dei as costas pra ela.

— Por favor... nossa relação sempre foi tão boa! — rolei meus olhos. — precisamos conversar.

— eu não tenho nada pra falar contigo, não. Quem deveria trocar uma ideia com você é a Ivy, já contou pra ela que tu não mandava as cartas dela pra mim? — ficou quieta, eu virei meu rosto na direção da Isabelle e vi ela engolir seco.

— você não...

— Não! — a interrompi. — mas eu poderia abrir a boca, e contar a ela que você não é nada disso que se mostrou ser nos últimos meses.

É uma surpresa até pra mim.

— eu não ter levado as cartas não significa nada! Gosto da Ivy, e sempre deixei isso claro, não coloque minha amizade com ela em risco por conta dessa bobagem!

— bobagem é o caralho, Isabelle! — cheguei mais perto dela, encarando os olho castanhos fixos em mim. — eu perdi a Ivy por sua causa.

— minha causa? — ela riu sarcástica. —você perdeu ela porque não conseguia se controlar, mas é fácil encontrar um culpado pra sua falta de noção.

Senti minha garganta seca, e mordi minha bochecha sentindo todos os nervos do meu corpo quererem saltar, a respiração da Isabelle batia contra o minha face, ela olhou meu rosto por inteiro e não desfez a postura.

— Não fala merda. — me afastei dela. — é melhor você ir embora.

— Não fala nada pra ela. — disse atrás de mim.

— Isabelle, vai... — pedi.

Escutei os passos dela, e em seguida a porta se fechando. Cerrei os punhos sentindo uma puta raiva. Sai do meu quarto, e me esbarrei com alguém no corredor, ou melhor, dois garotos.

— Pai, não acredito nisso, como demorou pra nos contar? — Iago me abraçou feliz, e Isago também.

Os encarei sem entender, e logo vi a Ivy saindo do quarto deles.