CAMISA 6 | THIAGO SILVA

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IVY 🦋
18 de janeiro de 2024
🇧🇷

— Eu já achei ele, obrigada Henrique. — não dei oportunidades de ouvi-lo me responder, andei rápido na direção em que via os dois.

Apesar de não ser uma cena linda de se ver, não é como se eu fosse bater nele, ou criar uma confusão. De repente eu senti uma vontade gigantesca de ir pra casa.

O olhar da mulher caiu sobre mim, e no mesmo instante o do Thiago também. Ele a soltou, e eu inspirei ficando de frente pra ele.

— Podemos ir? Estou cansada. — sorri sem jeito, ignorando a presença da mulher.

— Claro, me espera no carro?

— Sim, vou pedir pro Henrique me fazer companhia. — dou as costas para ele, contei até 1 e senti sua mão apertar minha cintura, e logo estávamos caminhando pra fora do salão.

Assim que saímos, eu senti o fôlego voltar para o meu peito, e aí sim tive vontade de bater em Thiago, mas me contive, entrei no carro e ajeitei o cinto de segurança em mim.

Estranhei ele não entrar, e pelo retrovisor o vi falar algo no celular e depois, entrou no carro batendo a porta.

— Você não pode usar esse pau no cu pra ter as coisas quando quer e da maneira que quer. — ligou o carro.

— Posso sim.

— Ivy, isso não tá certo. — me olhou rápido, e eu ri sarcástica.

— Certo tá você, que some do nada, e aparece ao lado de uma mulher que eu não me lembro de ter sido apresentada. — ele aperta o volante. — Quer falar sobre?

— Não.

Assinto, e meu celular vibra na bolsa. Vejo a mensagem de Henrique perguntando se eu estava bem, sorri de o escrevi dizendo que sim, mas meu celular foi arrancado da minha mão e tacando no banco de trás, deu pra ouvir nitidamente a tela se quebrando.

— Você tá louco, Thiago? — perguntei. — Que merda você pensa que tá fazendo?

— Não foi de propósito, caralho. — falou mais alto. — Só tira a cara dessa celular, seu namorado sou eu, conversa comigo pô!

Meu celular começou a tocar no banco de trás, eu o peguei e vi que mesmo todo quebrado. Mal dava pra ver no visor quem estava me ligando.

Thiago passou a mão na frente do nariz, e eu tentei desligar o celular mas não respeitou o comando.

— Ô Ivy... — ele diminuiu a velocidade carro, e tentou me tocar.

— Só dirige. — falei, antes mesmo que ele encostasse em mim.

Ele jogou o pescoço pro lado, negando com a cabeça, e eu mantive meu olhar.

— Me desculpa, eu fiz sem pensar. Me fala qual é, eu vou comprar outro.

— Eu quem deveria estar puta com você, Thiago. E mesmo que eu tivesse, não me dá abertura de pegar a merda do seu celular e espatifa-lo!  — esbravejo. — Só dirige e não me enche mais o saco!