Capítulo 28

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A luz dourada da manhã penetrava delicadamente pelas janelas do quarto de Henry, desenhando sombras suaves nas paredes. Rose abriu os olhos lentamente, sentindo o calor do corpo de Henry ao lado do seu. Seu braço estava enlaçado em sua cintura, segurando-a de uma maneira firme e protetora, como se mesmo inconsciente ele se recusasse a soltá-la. Ela suspirou suavemente, um misto de contentamento e leve apreensão tomando conta de seus pensamentos enquanto revivia os momentos da noite anterior.


Rose De Luca

A noite havia sido um misto de paixão e intensidade, mas algo em Henry estava diferente. Seu toque era possessivo, quase como se ele quisesse garantir que eu nunca mais escaparia de seus braços. Aquele ciúme velado, aquela preocupação constante, era algo novo. Embora Henry fosse sempre protetor, agora ele parecia se agarrar a mim com uma necessidade que eu não conseguia entender completamente.

Me mexi um pouco na cama, tentando sair sem acordá-lo, mas Henry, sentindo meu movimento, murmurou sonolento enquanto seus olhos se abriam lentamente.

- Bom dia, gata linda -  sua voz era rouca, ainda carregada de sono. Seus olhos percorriam o meu corpo  com uma mistura de desejo e carinho.

- Bom dia,  amor -  respondi, esboçando um sorriso, mas ainda sentindo o peso de algo não dito entre nós.

O silêncio se instalou por alguns momentos, enquanto ele se espreguiçava levemente e me puxava de volta para si, me envolvendo novamente em seus braços. Ele me observava com intensidade, como se quisesse dizer algo, mas hesitasse.

Depois de um longo momento, Henry finalmente quebrou o silêncio, seu tom mais sério do que o habitual.  - Amor... sobre ontem à noite.

Eu o olhei, sentindo uma leve tensão surgir em meu peito.  - O que tem? 

Ele suspirou profundamente  com o peso de suas palavras refletido em seu olhar.  - Nós... não nos protegemos. Eu devia ter pensado nisso antes.

Vi a preocupação evidente no rosto dele e estendi a mão para acariciar seu rosto, tentando tranquilizá-lo.  - Meu amor, está tudo bem. Eu tomo anticoncepcional. Você não precisa se preocupar com isso.

Por um breve momento, Henry pareceu aliviado, mas logo seus olhos revelaram uma tensão subjacente. Ele me observava de uma maneira que me deixava intrigada, como se estivesse considerando algo muito maior do que a simples questão de proteção.

- Você tem certeza? - ele perguntou, sua voz ainda carregada de seriedade.  - Eu devia ter sido mais cuidadoso.

Eu sorri suavemente, tentando dissipar a preocupação dele.  - Sim, tenho certeza. Está tudo sob controle, Henry. Eu sei o que estou fazendo.

Henry ainda parecia pensativo, com seus dedos traçando círculos lentos na minha pele, mas ele finalmente cedeu e relaxou, puxando-me para mais perto.  - Eu só... me preocupo com você. -  ele murmurou, quase como uma confissão.

Senti o peso das palavras dele, mas decidi mudar o clima, querendo aliviar a tensão.  Me levantei  devagar da cama, deixando os lençóis deslizarem por meu corpo e peguei uma camisola, vestindo-a. Virando-me para ele, sorri de forma provocante.  - Por que você não vai preparar o café enquanto eu vou tomar banho?"

Ele me  observou por um instante, o olhar fixo nas curvas do meu corpo, antes de se levantar, ainda sem desviar os olhos dos meus.  - Ou talvez a gente possa tomar banho juntos...?

Eu ri suavemente, balançando a cabeça.  - Sempre com segundas intenções, meu gatinho.

Ele sorriu de volta, aproximando-se de mim e passando os braços ao redor de minha cintura com os lábios roçando levemente o meu pescoço.  - Com você, sempre.

Me afastei dele, rindo.  - Vamos lá, vai preparar o café. Depois vemos o que fazemos.

Enquanto eu entrava no banheiro para tomar banho, meus pensamentos vagavam novamente. Henry estava sendo mais intenso do que o normal. Desde o início do relacionamento, ele sempre fora carinhoso e atento, mas algo havia mudado. A noite anterior havia acentuado isso. Henry não estava apenas apaixonado, ele estava começando a mostrar traços de possessividade que eu não conseguia ignorar. Ao mesmo tempo que ela gostava dele, uma parte dela se questionava se essa intensidade poderia se tornar um problema.

Depois de tomar um banho, escolhi um vestido branco, curto, que abraçava minhas curvas de maneira provocante. Eu sabia que Henry adorava quando eu me vestia assim, mas também sabia que isso despertava um lado ciumento dele. Ao sair do quarto, eu o encontro parado no corredor, observando-me com um olhar que misturava admiração e... ciúme.

 - Você está deslumbrante

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 - Você está deslumbrante. -  ele disse com sua voz baixa e rouca. Ele se aproximou, deslizando as mãos pela minha cintura, trazendo-me para mais perto.  - Mas... esse vestido. Ele é lindo, mas talvez... um pouco curto demais?

Arqueei uma sobrancelha e sorri provocativamente.  - Está com ciúmes, amor?

Ele riu baixinho, mas seu olhar não perdeu o brilho possessivo.  - Eu só não gosto da ideia de outros homens olhando para você como eu estou olhando agora.

Eu o olhei com um sorriso malicioso.  - E como você está olhando?

Henry deslizou os dedos pelos meus cabelos, puxando-me delicadamente para mais perto e sussurrou em meu ouvido. - Como se você fosse minha. E só minha.

Senti um arrepio percorrer minha espinha, mas mantive o tom leve.  - Eu sou sua, meu amor perfeito. Não há com o que se preocupar.

Mesmo assim, ele não pôde deixar de lançar um último olhar ao vestido, o ciúme ainda presente em seus olhos. Eu, percebendo isso, decidi brincar.  - Se eu trocar de roupa, você vai relaxar?

Henry riu, mas havia uma intensidade séria em seu olhar.  - Não... eu gosto do vestido. Só vou me certificar de que ninguém mais goste tanto assim.

Com isso, ele me beijou profundamente, puxando-me para si com um desejo palpável, como se quisesse marcar seu território. Eu senti a paixão fervilhando entre a gente, mas uma parte minha ainda questionava até onde essa possessividade de Henry poderia ir. O relacionamento deles estava se tornando mais sério, mais intenso, mas também mais carregado de ciúmes e controle.


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