Em meio às ruas sombrias de Roma, onde o poder e o perigo dançam em uma sinfonia de sedução, uma jovem inocente se vê enredada em um jogo mortal de amor e obsessão. Rose, aos 23 anos, busca apenas um pouco de diversão para celebrar a vida, mas seu m...
O dia seguinte chegou com um ar de normalidade aparente. Rose havia acordado cedo para ir ao hospital, e Henry já estava à mesa da cozinha, tomando seu café enquanto lia um relatório de trabalho. Ele parecia calmo, mas algo no ar denunciava que a conversa da noite anterior ainda pairava sobre eles.
Rose De Luca
- Bom dia, meu amor - eu disse suavemente, beijando o topo da cabeça de Henry antes de me sentar para tomar um café rápido.
Henry sorriu, embora seus olhos mostrassem um leve cansaço. - Bom dia, minha princesa. Dormiu bem?
- Sim, apesar de tudo - respondi, jogando uma mecha de cabelo para trás enquanto servia uma xícara de café para mim. - E você?
- Não muito bem. - ele admitiu. - Tenho pensado muito sobre o que conversamos ontem.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Me senti tensa ao ouvir isso. Eu sabia que as coisas não seriam simples, mas esperava que Henry estivesse mais leve depois da abertura que tivemos. No entanto, ele parecia mais introspectivo.
- Eu sei que tudo isso é complicado - começei hesitante - mas a gente vai encontrar um jeito. Você não está sozinho, amor.
Ele olhou para mim por um momento, e uma suave curva de sorriso apareceu em seus lábios. - Eu sei, e sou muito grato por isso. Você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida.
Aquelas palavras aqueceram o meu coração, mas antes que eu pudesse responder, o telefone de Henry vibrou na mesa. Ele olhou para o visor e, ao ver quem estava ligando, seu rosto endureceu ligeiramente.
- Eu preciso atender. - ele disse, já se levantando. - É sobre um assunto da empresa.
Assenti, mas algo em seu tom me deixou inquieta. Eu sabia que o trabalho de Henry como engenheiro civil era uma parte importante da vida dele, mas agora, com a revelação sobre sua família e o envolvimento com a máfia, toda vez que ele mencionava trabalho, uma leve sombra de dúvida passava pela minha mente.
Enquanto Henry se afastava para atender a ligação, Rose tomei um banho e terminei de me arrumar para o trabalho. Vesti uma roupa elegante, pegando minha bolsa colocando meu jaleco e o crachá e me preparando mentalmente para mais um dia corrido no hospital.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Assim que Henry voltou, seu humor estava visivelmente alterado. Ele parecia distante, embora estivesse tentando esconder.
- Está tudo bem? - perguntei, pegando a bolsa enquanto caminhava até a porta.
- Está, só... só uma coisa do trabalho - ele respondeu, sem muitos detalhes. - Escuta, eu estava pensando. Que tal você se mudar de vez para cá? Nós praticamente estamos vivendo juntos de qualquer jeito. Quero você aqui comigo todas as noites, minha princesa.
A proposta inesperada me pegou de surpresa. Embora já passassem muito tempo juntos, a ideia de morar com Henry, agora que sabia sobre o passado dele e suas responsabilidades na máfia, parecia um grande passo.
- Henry... eu... você tem certeza? - olhei profundamente em seus olhos, tentando decifrar o que realmente estava por trás daquele pedido.
Ele segurou minhas mãos e se aproximou, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha com carinho. - Absoluta. Eu não quero te ver indo embora para o seu apartamento todas as vezes. Não faz sentido. Quero cuidar de você, quero que a gente construa algo juntos, de verdade.
Senti o meu coração acelerar. Eu sabia que o amava, mas tudo parecia estar acontecendo tão rápido. O envolvimento com Henry havia crescido em uma intensidade que eu nunca havia experimentado antes. E agora, além de tudo, havia o perigo que rondava a vida dele.
- Eu preciso pensar um pouco, Henry - eu disse suavemente, com um sorriso hesitante. - Não me entenda mal, eu adoro estar com você, mas isso é um grande passo.
- Eu sei - ele respondeu, apertando suavemente as minhas mãos. - Só pensa com carinho. Quero que você esteja aqui comigo, em segurança.
Assenti, tentando não pensar no subtexto daquela frase. Em segurança. As palavras ecoaram em minha mente enquanto eu me despedia com um beijo rápido e saía para o trabalho.
Enquanto dirigia até o hospital, eu tentava organizar os pensamentos. Eu o amava, não havia dúvidas sobre isso. Mas agora, sabendo da vida que Henry levava, não podia ignorar os riscos. Morar com ele significaria mergulhar ainda mais fundo nesse universo, um mundo de segredos e perigos que eu nem sequer conhecia por completo.
No hospital, me concentrei nos meus atendimentos, mas também meus pensamentos sobre Henry e o que ele havia revelado ocupavam minha mente em cada momento livre. Eu sabia que precisaria tomar uma decisão em breve. Henry não era do tipo que esperava por muito tempo.
Henry Moretti
No escritório de minha empresa, já estava visivelmente tenso. Eu olhava para o telefone, revisava os e-mails de trabalho, mas em minha mente, a vida dupla que levava me assombrava. Os negócios da máfia exigiam cada vez mais de mim, e agora, mais do que nunca, eu precisava decidir como equilibrar tudo.
E no fundo, eu sabia que se Rose aceitasse morar com ele, isso mudaria tudo. O risco seria maior, mas o desejo de tê-la ao meu lado era mais forte que o medo. Eu só não tinha certeza de quanto tempo conseguiria proteger Rose das sombras que o cercavam.
