Entre dores e amores- Rebeca Andrade e Simone Biles

55- you soon?

—Bom diaaa! — Liam e Elis falaram pulando na cama das mães, a energia deles era contagiante, fazendo com que o quarto se enchesse de risadas e sorrisos.

—Bora, mãe! Já deu o horário, eu tô com fome! — Elis exclamou, enquanto seus olhos brilhavam de expectativa.

—Mommy, acorda a mamãe! — Liam acrescentou, com um sorriso travesso no rosto.

Simone foi até Rebeca, deu um beijo suave em sua boca e ela despertou com um sorriso radiante. Era impossível não se sentir amada naquele momento.

—Que isso, gente? Eu morri? Tem até café na cama! — Rebeca disse, olhando para a bandeja que estava ao seu lado. O aroma do café fresco se espalhava pelo quarto, misturado ao cheiro de panquecas quentinhas que Simone havia preparado com tanto carinho.

—A parte da morte eu já não sei, mas o café tá aqui mesmo! — Elis respondeu pegando uma panqueca do prato.

—A gente não tava na minha mãe? — Rebeca perguntou confusa, ainda tentando entender como tudo tinha mudado tão rápido.

—Sonhou, amor? A gente voltou da pizzaria e dormiu! — Simone explicou com um sorriso cúmplice.

—Ahh tá... Então ninguém morreu? — Rebeca perguntou aliviada.

—Só meu pai! — Liam falou rindo enquanto ainda pulava na cama. Fazendo todos rirem ainda mais.

—Agora ele é seu pai, né?! — Simone questionou, olhando para Liam com uma expressão divertida.

—Claro! — ele respondeu gargalhando, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

—Meu Deus, que pecado! — Rebeca disse entre risadas, balançando a cabeça em diversão.

—Pow mãe, nem um churrasquinho hoje? — Elis interrompeu com um olhar esperançoso.

—Acho que rola hein! Mas me fala qual é a desse café — Rebeca brincou, olhando para a bandeja repleta de delícias: pão de queijo quentinho, frutas frescas cortadas em formato divertido e um pote de geleia caseira.

—Não posso mais mimar minha namorada? — Simone respondeu com um sorriso travesso.

—Não ouvi direito, repete... — Rebeca fez uma expressão exagerada de curiosidade.

—Minha namorada! — Simone declarou com orgulho, fazendo os olhos de Rebeca brilharem ainda mais. O amor entre elas era palpável e fazia o coração de todos aquecerem.

—Deixa a melação pra depois do café? — Liam interveio

—Tô com fome! — Elis insistiu novamente, já pegando uma fatia de melancia colorida da bandeja.

Rebeca riu e olhou para as crianças. O clima era leve e cheio de amor. Elas logo começaram a se servir e as risadas ecoavam pelo quarto enquanto discutiam sobre quem teria o direito à última panqueca.

Depois do café da manhã cheio de risadas e histórias divertidas sobre suas aventuras da noite anterior, todos se acomodaram na cama. As cobertas estavam quentinhas e confortáveis.

Simone pegou o controle remoto e ligou a televisão enquanto Rebeca abraçava as crianças bem pertinho. Logo as imagens mágicas de Tinker Bell começaram a dançar pela tela. As crianças ficaram encantadas com as aventuras da fada e as mães trocavam olhares cheios de amor enquanto as risadas ecoavam novamente pelo quarto. Era um momento perfeito para ser feliz juntos

—Amor, quem é que tá mandando esse monte de mensagens? — Simone perguntou, a expressão no rosto misturando curiosidade e um leve desconforto. O celular vibrava insistentemente na mesa, como se estivesse tentando chamar a atenção delas.

—Sei não, preta, deixa tocar! — Rebeca respondeu, dando de ombros e se espreguiçando na cama.

—Olha esse telefone, Rebeca! Vai que é importante — Simone insistiu, sua voz agora um pouco mais alta.

—Tá, tá! — Rebeca finalmente cedeu, mas com um tom desanimado. Ela se esticou para alcançar o celular

—Quem é? — Simone perguntou, seus olhos fixos na tela

—Gabriela... — Rebeca respondeu, a voz carregada de desgosto. O nome soou como um eco amargo entre elas, trazendo à tona lembranças de intrigas e tentativas frustradas de minar o relacionamento delas.

—Aí podia ter deixado tocar! — Simone exclamou, revirando os olhos com exasperação. Era difícil esconder a raiva que sentiam por Gabriela; ela sempre insinuava coisas para criar desconfiança entre as duas.

—Eu falei! — Rebeca disse, cruzando os braços e fazendo uma careta. Elas sabiam que não podiam deixar Gabriela ganhar espaço entre elas.

— aí a maluca de novo?— Elis disse com tom de desgosto

—que saco viu!