Capítulo 11

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Helena

Marcelo: Helena!— disse entrando no pátio.

Ele está bem apresentado, de uma bermuda preta, uma camisa polo branca e calçando um sapato, seus cabelos loiros penteados e um rolex no pulso... ele está  bem apresentado.

Helena: Olá, Marcelo.— digo me levantando.— Marcelo esperou eu me sentar à mesa e depois se sentou.

Marcelo: Como você está?— se serviu um copo de água— Imagino que com fome.

Helena: Não, estou bem.— Se por "bem" quero dizer quase começando a comer a minha roupa— Não estou com muita fome.— minto descaradamente sorrindo.

Marcelo: Ainda assim, peço desculpa por tê-la feito esperar.— olhou para mim— Estava em uma reunião que se prolongou mais que o esperado.

Helena: Tudo bem, não foi tão mal esperar principalmente com uma vista dessa.— falei olhando a vista à nossa frente.

Marcelo: É realmente, bonita. Que bom que gostou.

Helena: É aqui que viveremos após nos casarmos?

Marcelo: Se você quiser sim. Você pode decorar a casa como quiser ou compraremos outra.

Helena: Essa já é linda, quem decorou tem bom gosto.

Marcelo: Então, obrigado. — sorriu— Bem, antes de almoçarmos gostaria de conversar sobre o que nos trouxe aqui. O que você está tramando, Helena?

Helena: Não entendi.

Marcelo: Digo, quanto à nós antes de nos casarmos.

Helena: Bem...— suspiro aliviada— Como eu disse nos conhecermos pois não acho sensato me casar com um estranho... — o olho percebendo o que disse — Quero dizer... não sei o que quero dizer.— sorrio fraco— Desculpa, Marcelo.

Marcelo: Tudo bem. Também não acho certo casar com uma estranha por isso aceitei o prazo que você deu.

Helena: Já agora, obrigada. Eu acho que a gente poderia começar assim com encontros como esse na semana para nos conhecermos.

Marcelo: Nem sempre será possível pois como eu já disse, vim aqui para trabalho também, mas a gente concilia as nossas agendas e estarei lá quando você quiser.— disse me olhando doce.

Ele parece mesmo diferente do meu pai, da maioria dos homens daqui.

Helena: Tudo bem.— assinto vermelha.

Marcelo: Então, combinado. Já podemos comer.— começou servindo seu prato.

Helena: Eleanor não vai descer?

Marcelo: Não. Minha prima tem um compromisso, mas não tarda voltará.

Helena: Tudo bem.— comecei servindo meu prato e comendo também... finalmente.

                                  [...]

Durante o almoço eu descobri algumas coisas sobre Marcelo... ele tem 25 anos e é um empresário, cuida da empresa do seu pai. Seus pais e ele já viveram aqui nessa casa durante um tempo quando eu era bem pequena por isso não me lembro, foi assim que conheceu meu pai e parece que meu pai pretende se tornar sócio do pai de Marcelo e se casar comigo foi só uma conveniência, juntar o útil ao agradável para o pai de Marcelo e ele como bom filho faz o que o pai diz. E mesmo depois de eles terem ido morar em outro lugar, nossos pais mantiveram contato e depois de um tempo Marcelo veio para aqui, redecorou a casa, reencontrou meu pai e é nisso que deu, não pudemos conversar mais tempo pois eu precisava ir.

Marcelo: Bem, você não pode ir agora.

Helena: E porquê não?—pergunto confusa— Já são quase 6h da noite e eu não estou em casa.

Marcelo: Está chovendo.

Helena: Mas eu não ouço nada. Não deve ser muito forte.

Marcelo: E prefere arriscar e molhar seu vestido que por acaso lhe fica muito bem?— isso foi um elogio? O primeiro desde que nos conhecemos?— E acabar pegando uma gripe ou pior?

Eleanor: Bem, pensando assim seria mesmo uma tragédia arruinar esse vestido.— disse descendo as escadas.

Que horas ela voltou?

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