Helena
Ontem da casa da minha mãe liguei para Eleanor para saber como ela está e ela me disse que está bem em um apartamento dela na cidade, ela me convidou para ir lá hoje e assim farei quando sair do trabalho, estou a caminho do trabalho, andei mais um pouco e cheguei, Maria Clara ainda não veio trabalhar e esse lugar não é o mesmo sem ela, as horas passam muito devagar e estou ansiosa para ir ver Eleanor.
[...]
Demorou uma eternidade, mas finalmente saí, Eleanor disse que virá me pegar num ponto de autocarro que tem aqui na vila, estou quase chegando e espero que ela não demore muito porque detesto esperar, mas por incrível que pareça de longe consigo avistar o carro de Eleanor em frente ao ponto e ela encostada nele usando um óculos de sol, uma calça jeans preta e um cropped preto sem mangas, quando olhou para mim nasceu um sorriso nela que convidou o meu a nascer também, corri até ela e abracei sentindo o cheiro que eu percebi que amo, eu amo tudo nela, ela me deu um cheiro também e beijou a minha bochecha.
Eleanor: Olá, Helena.— sorriu.
Helena: Olá, Eleanor. Estás muito tempo aqui?
Eleanor: Não.— abriu a porta do carro para eu entrar e assim fez, ela deu a volta e fez o mesmo— Controlei o tempo e cheguei a tempo. Vamos?
Helena: Claro.— ela deu partida e seguimos pela cidade, é bem bonita, acho que onde Eleanor vive também é— Você vive perto?
Eleanor: Perto de onde exatamente?— ela olhou para mim e depois para a estrada— Da vila?— assenti— É um pouco perto sim. Tenho esse apartamento desde que me entendo por adulta, trabalhei e comprei com o meu próprio dinheiro, eu nunca vivi lá acredita?— olhou para mim e depois para a estrada— Eu vivi a vida toda na casa da minha tia, mãe do Marcelo, depois dos meus pais morrerem, vivi com ela até ela morrer.— sorriu triste e eu coloquei a mão em cima da coxa dela e ela a dela em cima da minha— Seja como for, ontem eu não fiz quase nada nele, a decoração e os móveis quem cuidou foi ela, a minha tia, e sempre teve alguém para fazer a faxina de um em um mês.
Helena: Então, deve ser linda a casa... ela tinha um bom gosto.
Eleanor: Um excelente gosto. Ela foi como uma mãe para mim.— ela parou o carro e olhou para mim— Chegamos.
Descemos e entramos em um edifício, passamos a portaria, subimos no elevador e Eleanor apertou o botão número 12 e eu fiquei nervosa só de imaginar. Paramos e saímos do elevador, Eleanor abriu a porta do apartamento e entramos e é como eu imaginei... realmente lindo, mas diferente do quarto da Eleanor lá na casa do Marcelo, aqui é tudo com cores vivas e claras, tem muito toque da mãe do Marcelo e eu acho que é por isso que ela deixou as coisas assim como estão.
Eleanor: É bem diferente de mim, não é?— falou pousando o óculos em cima do balcão da cozinha que vê-se daqui— Por isso eu gosto. Queres beber algo?
Helena: Um copo de água pode ser?— ela assentiu e veio até mim com o copo— Obrigada.— olhei para janela e só de longe já fiquei tonta.
Eleanor: É uma vista linda... queres ir ver?
Helena: Não quero ser grossa, mas... não.—sorriu para mim— O que foi?
Eleanor: Tens medo de alturas?
Helena: Um pouco.— disse envergonhada e ela segurou a minha mão levantando.
Eleanor: Sabe, há alguns medos que se nós cedermos eles podem nos impedir de viver coisas maravilhosas.— levantei com ela caminhando para a varanda que tem ao lado da sala, quem raio coloca uma varanda em um sítio tão alto assim?— E se você decidir enfrentá-los, verás que estarias perdendo muita coisa.
Helena: Isso tudo para eu entrar nessa varanda?— ela assentiu sorrindo— Que jogo sujo, menina Eleanor.
Eleanor: Vem.— ela entrou primeiro e me estendeu a mão— Será mais uma primeira vez tua que eu participarei.— falou sorrindo.
Helena: E qual seria essa primeira vez?— coloquei as mãos na cintura e ela riu mais ainda.
Eleanor: Pareces uma chávena assim de tão baixinha que és.— deu uma gargalhada gostosa... tudo nessa mulher é gostoso— Bem, será a primeira vez que enfrentas esse teu medo e eu estarei ao teu lado dessa vez e em todas as outras.— olhei para ela que me passa tanta segurança, tanto carinho e confiança, segurei a mão dela e ela sorriu vitoriosa— Você não vai se arrepender.
Andei até a varanda receosa, mas continuei e parei até uma proteção que tem aqui, me apoiei nela e estou olhando para vista e é deslumbrante, Eleanor veio até a mim e enrolou os braços na minha cintura me dando um beijo no pescoço que me arrepiou toda e na hora soltei um gemido baixo, ela percebe e sorriu ainda com a boca na minha pele.
Helena: Assim eu vou cair de tão mole que estou.— ela sorriu e apertou mais os braços em mim— É muito linda mesmo... obrigada por insistir.— virei ainda colada nela que está olhando a minha boca e não perdi tempo e comecei um beijo sem outras intenções, paramos o beijo sorrindo— Eu te amo, mas eu estou cheia de fome.— falei e ela ficou séria coçando a nuca— O que foi?
Eleanor: Aqui não tem nada feito, terás de cozinhar alguma coisa, mas eu posso te ajudar— falou sem jeito.
Helena: Tudo bem.— beijei a bochecha dela.
Eleanor: E se você dormir aqui em casa hoje?
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Escrava Do Que Desejo
FanfikceHelena é uma jovem que vê-se dividida entre desejos e necessidades enquanto ao seu redor o mundo muda completamente graças a chegada de uma pessoa... Eleanor.