Capítulo 57

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Helena

São 2h da tarde e nada do Marcelo chegar, quero ir ver a Maria Clara, mas hoje não dá, preciso falar com o Marcelo. Estou na sala lendo uma revista quando ouço alguém entrar e é o Marcelo, está com o rosto todo amassado, cabelo desarrumado e cheirando a álcool, mas pelos óculos do sol e pela cara feia que fez ao tirá-los devido a luz da casa imagino que esteja de ressaca.

Helena: Boa tarde, Marcelo.

Marcelo: Boa tarde.— ele está subindo as escadas e eu fui atrás dele— Quer alguma coisa, Helena?

Helena: Eu quero conversar com você.— ele continua andando e eu atrás dele— Se você puder parar, eu...

Marcelo : Não dá, tenho algo muito importante para fazer.

Helena: E eu algo muito importante para falar, se você parar um minuto, eu...— ele continuou andando e eu me irritei— Marcelo?— ele olhou para mim sério— Eu não quero me casar com você mais, na verdade, eu nunca quis, eu só estava fazendo aquilo porque o meu pai me obrigou, mas agora eu já não consigo mais, eu não consigo.

Falei e ele continuou olhando para mim sério e calado, esse silêncio vai me matar e quando eu achei que ele diria algo, ele saiu andando até o quarto dele e fechou a porta me deixando aqui... o que raio aconteceu?
[...]

Já anoiteceu e depois daquilo com o Marcelo eu não consegui sair mais e estou aqui no quarto desde aquele momento. O que será que está se passando na cabeça dele? Onde ele passou a noite? E o quê de tão importante ele tem para fazer? Fiquei pensando sobre isso durante um tempo até alguém bater a porta do meu quarto.

Helena : Entra.— Marcelo entrou deixando duas malas na minha porta.

Marcelo: Eu vou viajar. — falou e estava quase saindo, mas se virou olhando para mim— Só vim te avisar.

Helena: Espera, mas onde você vai e por quanto tempo?

Marcelo: Eu vou para o Brasil e o tempo não será mais que um mês.

Helena: Entendo.— ele estava prestes a sair, mas chamei por ele que se virou me olhando— Marcelo, sobre aquilo de há pouco, eu...

Marcelo: A gente conversa quando eu voltar. Fique bem, Helena.— assenti e ele pegou as malas e saiu descendo as escadas.

Brasil de novo em tão pouco tempo? Ele foi sem falarmos sobre isso e isso é só mais tempo para eu não resolver as coisas e começar algo com a Eleanor, mas ele voltará e aí eu vou resolver.

[...]

Amanheceu e eu acordei com saudades da minha mãe, estou indo visitá-la. Entro em casa já chamando por ela que desceu as escadas correndo e quando me viu sorriu negando com a cabeça.

Paula: Menina, precisa gritar?

Helena: Preciso sim.— a puxei para um abraço— Olá, mãe. Como a senhora está?

Paula: Estou bem e você, meu amor? O que tens para contar?

Helena: Você nem imagina, mãe. Mas me fala de você primeiro, quais as novidades?

Paula: Bem, eu e o teu pai vamos nos divorciar.

Helena: Vocês vão o quê?!

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