Escrava Do Que Desejo

Capítulo 32

Helena

Ontem quando Eleanor veio ao meu quarto acabamos nos beijando e isso levou-nos a transar e o que eu tenho a dizer? É que foi maravilhoso, em toda a minha vida eu nunca tinha feito isso nem com um homem e nem com uma mulher, não sabia que é tão bom, tão gostoso... tão MAIS... será que com um homem também é assim? Não sei nem se quero descobrir,ontem foi tão bom que eu só quero repetir com ela e não com outra pessoa, eu quero ela, eu quero Eleanor, porque eu gosto dela...

Helena: Meu Deus, eu gosto de mulher!— levei a mão até a boca surpresa— Meu Deus, eu GOSTO da Eleanor que é uma MULHER!— falei um pouco mais alto, me virei para olhar onde Eleanor estava dormindo, mas ela já não está, se estou chateada? É claro que não, ela deve ter coisas a fazer, além do mais ontem foi tão bom que eu ficaria feliz até o resto do dia de hoje— Eu gosto dela...— comecei a sorrir mais e mais— EU GOSTO!!

Depois de uma crise de felicidade, saí da cama, tomei um banho e lavei o cabelo que estava oleoso, arrumei as minhas roupas no armário, tirei uma peça para vestir, uma saia preta de tecido cetim de pregas, comprida até o joelho, um cropped branco de alças que tem um decote mais decente que o vestido de ontem, calcei chinelo só no pé que não está magoado, fiz um rabo de cavalo frouxo, passei um gloss, um perfume, um creme da pele e decidi descer, quando estava prestes a descer vi Eleanor subindo as escadas.

Eleanor : Olá, Helena.—sorriu.

Helena: Olá, Eleanor. Bom dia!

Eleanor: Bom dia.— chegou ao topo e me abraçou, pude sentir seu cheiro rústico, ela está tão linda nessas calças bege e camisa polo branca— Você está linda, como sempre.

Helena: Você também.— disse sem jeito— Por que você saiu logo de manhã cedo?— perguntei baixo para só ambas ouvirmos.

Eleanor: Meu primo estava em casa, por isso. Estavas a me procurar?— riu mordendo o lábio inferior.

Helena: Meu Deus, que mulher convencida.— sorri e ela também— Mas estava sim.

Eleanor: Se quiser conversaremos mais tarde sobre a noite passada, agora eu vou te ajudar a descer as escadas e você vai comer.

Helena: Tudo bem. Você já comeu?

Eleanor: Já sim. Tenho de sair, infelizmente não poderemos passar o dia juntas, justo hoje que o meu primo foi trabalhar.

Helena: Tão cedo?— ela assentiu— Tudo bem. Me ajuda?

Eleanor: Claro.— disse me colocando no colo e descendo as escadas, às vezes eu a apanhava me olhando e ela o mesmo e sempre sorrimos quando notamos— Pronto, chegamos.

Helena: Já acabou?— sorri— Que pena. Certeza que não podes me fazer companhia?

Eleanor: Infelizmente não, mas você será bem cuidada pela Sara, por favor evite subir e descer as escadas sem ajuda, tudo bem?— assenti— Está bem, agora eu preciso ir. Até já, Helena.

Helena: Até já.— sorri e vi-a sair, Sara entrou minutos depois me dizendo que a mesa está posta na sala que é mais próxima daqui e fui até lá. Mesa servida, comida para mais de uma pessoa.— Meu Deus, eu vou engordar assim.— mordi a fatia de bolo de chocolate— Que bolo. Tenho que elogiar a Sara depois.

Terminei de comer e como não estou fazendo nada além de sentir saudades da minha mãe, decidi ligar lá em casa uma, duas, quatro vezes, mas ninguém atende. Isso só me deixou mais preocupada, minha mãe lá sozinha com o meu pai, como eu não posso ir até lá, terei de pedir que alguém vá. Decidi ligar para Maria Clara e acabei convidando ela para passar o dia comigo, mas a casa não é minha e sim de Marcelo, vou ligar para ele pedindo. O telefone tocou até ele atender, o que não demorou nada.

Ligação on

Marcelo: Alô!

Helena: Oi, Marcelo. Bom dia!

Marcelo: Helena.— ouvi-lhe sorrir— Como você está?

Helena: Estou bem, obrigada. E você?

Marcelo: Bem também. Aconteceu alguma coisa?

Helena: Não, eu só liguei para perguntar se posso convidar a Maria Clara, minha amiga e colega de trabalho para passar o dia comigo e avisá-la que não irei trabalhar durante um tempo.

Marcelo: Tudo bem, você pode convidar quem você quiser e sem me perguntar antes, pois como eu já disse essa casa é sua também, mas obrigada por avisar.

Helena: De nada e obrigada.— sorri sem jeito— Que horas você volta?

Marcelo: Não há um horário exato, mas à noite eu já estarei aí com você.— sorriu— Me diz algo, Helena, minha prima está aí?

Helena: Não, ela saiu. Porquê?

Marcelo: Por nada.— ficou em silêncio por alguns segundos— Agora eu preciso ir, qualquer coisa me liga, sim?

Helena: Está bem. Bom trabalho.

Marcelo: Obrigada. Até mais tarde.

Ligação off

Desliguei e depois liguei para Maria Clara pedindo para ir ver minha mãe e depois vir aqui, ela me respondeu seca a todo momento e com razão, preciso me desculpar com ela assim que ela chegar.