Capítulo 61

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Helena

Acordei feliz, Maria Clara me ligou avisando que voltará a trabalhar hoje e não quer que eu me atrase no primeiro dia dela. Tomei banho, lavei o cabelo, coloquei uma saia jeans comprida com uma fenda atrás, um blusa de manga comprida branca, calcei um tênis vermelho All Star e deixei o cabelo solto, após isso comi alguma coisa e fui andando até a loja, quando cheguei entrei e vi a minha amiga atrás do balcão, ela está grávida de dois meses então ainda pode trabalhar mais um tempo, ela está tão concentrada lendo uma revista que não notou a minha presença.

Helena: Eu só não te assusto em consideração ao meu afilhado ou afilhada que você carrega.—olhou para mim sorrindo e veio me abraçar— Também estava com saudade tuas.

Maria Clara: Você nem imagina.— se soltou olhando a loja— Durante a minha ausência você e o meu irmão geriram bem isso, pelo menos isso, não é?

Helena: É sim. Como está o meu afilhado ou afilhada?

Maria Clara: Muito bem e o Ricardo então, está tão feliz e controlando tudo, se como, se bebo as vitaminas, se tenho desejos.— ela se derreteu no balcão sorrindo— Está sendo maravilhoso mesmo que não tenha sido planejado e tão cedo.

Helena: Não é tão cedo... você engravidou aos 20, amiga e não com 13.— assentiu sorrindo— E os seus pais como reagiram?

Maria Clara: Bem, amiga. Eles só querem apressar o casamento e a minha ida para a casa do Ricardo.— revirou os olhos, mas eu sei que ela está feliz.

Helena: Meu Deus! Você vai se casar.— ela me deu um tapa na testa— Ai!— esfreguei o local atingido— Mas é verdade, você vai se casar e ter uma família... é o que você sempre quis e eu estou muito feliz por você.

Maria Clara: Obrigada, amiga.— fez carinho na minha mão— E você, amiga, o que tens para me contar?

Helena: Tanto. Senta-te se não você vai cair.— ela se sentou rindo— Primeiro, eu dei uma lição naquela desgraça chamada Melissa, na verdade, o meu pai deu.— ela fingiu limpar lágrimas sorrindo— E por falar nele, ele e a minha mãe vão se divorciar e ela vai embora daqui com o senhor Gabriel.— arregalou os olhos— E por falar nele, quando minha mãe saiu do Brasil e veio para aqui, ela estava grávida de mim...

Maria Clara: Isso quer dizer que...

Helena: Isso. O senhor Gabriel é o meu verdadeiro pai e talvez o Rogério já saiba ou desconfie disso.

Maria Clara: Meu Deus! Isso tudo só na minha ausência?

Helena: E ainda não falei tudo... falei com o Marcelo que não vou mais me casar com ele.

Maria Clara: Nossa! E agora, o que ele disse?

Helena: Ele foi em uma viagem de negócios, mas quando voltar a gente vai conversar sobre isso.

Maria Clara: Sua vida parece até uma fic, amiga.— assenti— E você, como estás com tudo isso?

Helena: Feliz, amiga. Ganhei um pai, o amor da minha vida de novo e vou ver minha mãe sendo feliz com alguém que a ama.

Maria Clara: Que bom, amiga.— falou sorrindo— Agora, vamos trabalhar?— sorri e comecei a trabalhar.

[...]

Estou saindo agora com a Maria Clara depois de um dia cheio de trabalho, tenho saudades da minha bicicleta, mas a loja é pertinho da casa do Marcelo então, não é tão cansativo. Estávamos na porta da loja nos despedindo quando vejo alguém vindo até nós.

Maria Clara: Amiga, não é o...

Helena: Senhor Gabriel.— a interrompi e uma rajada de nervosismo bateu em mim, ele parece bem emocionado, será que ele já sabe?

Gabriel: Helena, nós podemos conversar?

Maria Clara: É claro que podem sim.— falou me abraçando— Vai correr tudo bem.— sussurrou, sorriu para o senhor Gabriel e depois saiu nos deixando sozinhos.

Eu não sabia o que falar, ele está me olhando chorando e eu estou fazendo o mesmo e tudo o que se ouve além do barulho das pessoas na vila somos nós chorando.

Gabriel: Minha filha.— ela falou se aproximando— Eu posso te abraçar?— assenti e nos abraçamos, choramos e sorrimos, e eu me sinto tão bem.

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