Capítulo 50

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Eleanor

Amanheceu e eu acordei pensando no que aconteceu ontem, na Helena e em tudo o que eu decidi e eu vou mesmo lutar pela Helena. Saio do quarto vestida para ir ter com ela, estava prestes a descer as escadas quando ouço Marcelo me chamar, olhei para ele que está parado na porta do escritório dele já vestido para trabalhar. Vou até ele e entrei, ele se sentou estendendo a mão para mim

Eleanor: O que foi?— perguntei confusa.

Marcelo: Me dá as chaves dessa casa, Eleanor.— olhei para ele sem entender mais ainda.

Eleanor: Como assim, Marcelo?

Marcelo: Eu quero que você vai embora dessa casa agora.— olhei para ele negando com a cabeça.

Eleanor: Não, você só pode estar brincando. Eu não vou dar porra nenhuma.

Marcelo: Você vai.— se levantou ficando frente a frente comigo— Você só não vai como vais sair daqui ainda hoje.

Eleanor: Como assim, Marcelo? Você não pode fazer isso, essa casa também é minha.

Marcelo: Juridicamente não. Sabe, a mamãe partiu dizendo que essa casa será sempre nossa, tanto minha como tua porque passamos um bom tempo aqui, mas no papel ela sempre foi minha, eu apenas te deixei ficar aqui para honrar o desejo dela e porque nós éramos melhores amigos.

Eleanor: Mas nós ainda somos, Marcelo.

Marcelo: NÃO! Não somos, eu vi ontem a Helena saindo do teu quarto.— olhei para ele surpresa— Você não cumpriu o que prometeste, Eleanor.

Eleanor: Porque eu AMO ELA. Eu amo e eu não deveria ter desistido dela, não deveria ter aceitado o que você disse, por mais que isso te magoasse, mas, primo, ela é diferente, ela é...

Marcelo: EU SEI QUE ELA É DIFERENTE. É claro que é, por isso eu aceitei me casar com ela, e agora eu quero ainda mais, agora não é mais pela sociedade, mas sim porque eu não vou deixar ela ficar com você, não dessa vez.

Eleanor: Marcelo, você não é assim. Você...

Marcelo: Eu não sou, mas eu deveria ter sido isso sempre, talvez assim não teríamos chegado a isso.— estendeu a mão de novo— Me dá as chaves agora.

Eleanor: Aqui.— entreguei para ele— Eu estando aqui ou não, saiba que a Helena nunca vai te amar porque ela ama à mim e não a você.

Marcelo: Eu não preciso que ela me ame.— sorriu se levantando— Só que ela não esteja com você já é o suficiente.— pegou a pasta dele passando por mim indo até à porta— Quando eu voltar eu espero não te encontrar, prima.— ele estava prestes a sair quando eu o chamei e ele parou olhando para mim.

Eleanor: Eu vou reconquistar a Helena e eu vou ter ela, isso você pode ter a certeza.

Passei esbarrando nele cheia de raiva, não acredito no que está acontecendo, mas como eu disse, não importa se eu estiver aqui ou não, eu vou ter a Helena e dessa vez eu não vou deixá-la nunca mais.

[...]

Já tinha arrumado as coisas e colocado no carro, me despedi da Sara e saí de casa, mas antes de ir para a cidade, decido fazer uma parada rápida.

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Helena

Assim que acordei, me arrumei e vim até o meu trabalho, mas não para trabalhar, Maria Clara ainda não está bem, hoje eu vim só pedir ao irmão dela para me liberar e ir acompanhar Maria Clara ao hospital e ele aceitou. Já estava prestes a ir para a casa dela quando vejo o carro de Eleanor parar a frente a loja e sair dele vindo até a mim.

Helena: Eleanor?

Eleanor: Olá, Helena.—sorriu, mas nota-se que está triste.

Helena: Aconteceu alguma coisa?— ela assentiu— O que foi?

Eleanor: Eu vim me despedir.— olhei para ela confusa— Eu vou embora, Helena.

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