Capítulo 18

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Helena

Eu nunca tinha visto uma mulher usar terno e um corte de cabelo de homem pessoalmente e ficar tão perfeita até ver Eleanor usando um terno preto com dois botões da camisa branca abertos e um salto preto alto e seu cabelo loiro arrumado. Ela está descendo ao lado de Marcelo que veste um terno da mesma cor, porém usando uma gravata e calçados, ambos estão lindos, mas Eleanor chama toda atenção, inclusive a minha principalmente após nossos olhos se encontrarem. Eleanor percorreu meu rosto e sem seguida meu corpo analisando o vestido e deu um sorriso de canto e um olhar de prazer, admiração... malícia, mas ela não é a única, Marcelo está me olhando do mesmo jeito. Eu estou QUENTE!

Helena: Aqui não está quente, não?— olhei para o lado onde estava a minha amiga quando entramos, mas ela já não está aqui e nem meus pais.

Pronto, eu estou sozinha aqui, avisto meus pais cumprimentando um casal, de longe parecem mesmo um casal feliz, mas é só isso... parecem. Maria Clara não está no salão, Marcelo está conversando com alguns senhores, mas não tira os olhos de mim e Eleanor...

Eleanor: Me procurando?— disse me causando arrepios na espinha atrás de mim.

Helena: Não... quer dizer sim.— engulo um seco e me virei para olhá-la— Para te agradecer pelo vestido.

Eleanor: Não fui eu quem mandou para você.

Helena: Não?— ela assenti— E quem foi?

Eleanor: Meu primo. Eu comentei com ele sobre isso.

Helena: E ele também escreveu o bilhete? Mentindo para mim, Eleanor?

Eleanor: Talvez.— disse se aproximando— O que importa quem deu desde que você esteja linda nele?—olhou meu corpo e depois meus olhos— Perfeita.

Helena: Você não fica longe.— sorrio fraco— E quem deu me importa sim, principalmente se vir de você...Nunca vi uma mulher ficar tão linda usando terno.—Eleanor sorriu e eu comecei a perceber que estava começando a amar esse sorriso.

Eleanor: Então, eu estou linda.— me fita com seus olhos— Além de linda é educada...— suspira olhando atrás de mim— Meu primo tem sorte.

Marcelo: Tenho sorte de quê?— perguntou chegando atrás de mim colocando uma mão em minha cintura e beijando minha bochecha— Helena.

Helena: Marcelo.— sorrio— Você está bonito.

Marcelo: E você radiante. Mas aí, prima, tenho sorte de quê?

Eleanor: Você tem uma noiva linda e educada... é o pacote completo.— disse me olhando.

Marcelo: É, eu tenho mesmo.—disse olhando para mim e apertando um pouco a minha cintura me fazendo estremecer. Quem é esse homem?

Eleanor: E ela merece o melhor.— diz olhando para mim— Eu vou conversar com uma amiga.— passa a mão pelo cabelo— Primo. Divirta-se, Helena.— disse saindo sem nem esperar eu responder.

Helena: Obrigada?

Marcelo: Não liga, ela nunca foi de ficar em lugares cheios, na verdade, nós nunca fomos, mas eu tenho obrigações e ela também e por falar nisso...— segura minha mão— Vem comigo.

Marcelo e eu saímos indo cumprimentando várias pessoas no local, meus pais inclusive, já os de Marcelo... a mãe de Marcelo morreu quando ele tinha 17 anos, seu pai não voltou a se casar então, ele viria sozinho se não estivesse muito ocupado, mas Marcelo disse que ele virá em uma outra oportunidade.

                                 [...]

Ainda não há sinal da minha amiga e agora Eleanor está desaparecida também, Marcelo disse que tem algo a ver com negócios para resolver rapidinho e eu estou aqui rodando pela casa, o barulho da música e pessoas falando estava me incomodando então decido ir até o pátio.
Não há ninguém por aqui além de mim, está sossegado, lindo e iluminado pela luz da lua, é uma vista linda... era, até ver Eleanor agarrando uma mulher.

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