Escrava Do Que Desejo

Capítulo 13

Algumas pessoas acreditam que durante a noite somos visitados por anjos do bem e às vezes do mal também, eu não sabia qual deles ela era, mas ainda bem que ela veio.

Helena

Eleanor: Olá, Helena.— disse sorrindo para mim me olhando.

Um sorriso de canto e lindo, Eleanor está vestindo só uma camisola grande que cobre maior parte de suas coxas e solta, mas eu posso ver os bicos de seus peitos marcados nela e outra coisa que está solto, melhor, bagunçado é seu cabelo iluminado pela luz da lua que vem de fora.

Helena: O que... o que você está fazendo— pergunto me cobrindo mais com o lençol.

Eleanor: Lendo...— levanta o livro até ao ponto em que eu pudesse ver melhor— E você?

Helena: Ah... eu não estava conseguindo dormir.— minto.

Eleanor: Acordei-te? Desculpa.— levantou-se da cadeira e não, essa camisola não cobre nem metade de suas coxas— Se quiser eu vou lá embaixo.

Helena: NÃO!— paro um instante— Quero dizer, a casa é sua você pode ficar onde você quiser, mas... É onde você estava, na sala?— pergunto ainda olhando para suas pernas e eu acho que Eleanor notou pois não para de sorrir, subtil, mas sorri.

Eleanor: Sim, é onde eu estava, mas a casa também é sua, Helena. E eu demoro um pouco para dormir por isso tenho o costume de ler sempre um pouco para ver se durmo mais rápido por isso subi, mas não funciona.

Helena: Porquê?—"PARA DE OLHAR PARA AS PERNAS DELA, DESGRAÇA!".

Eleanor: Porque eu acabo me fascinando pelo que leio e quando eu gosto do que estou fazendo eu não paro.

Seus olhos azuis emanam agora... prazer? Devo estar delirando.

Helena: Entendi...— pensa noutra coisa, Helena— Você não está sentindo frio só usando... bem, isso.

Eleanor: Não, Helena.— Eleanor sorri— Diferente de você a minha temperatura é mais alta, quero dizer, eu sou uma pessoa mais quente do que você.

Helena: E como você sabe disso? Eu posso ser mais quente do que você.— digo me aproximando dela já saindo da cama.

Eleanor: Sabe como eu sei, Helena?— perguntou de forma retórica — Porque quando eu apertei a sua mão quando nos conhecemos...— dessa vez ela se aproximou de mim— Eu senti tudo em você, tanto que levei um choque de tão fria que você estava.— se afastou sorrindo alto quebrando o clima que eu não sabia que tinha se formado.

Helena: Ah, então isso.

Eleanor: É isso. Eu já liguei para os seus pais que não questionaram nada do que disse...— pegou as coisas que estavam encima da cama como cobertor, almofadas e etc e uma caixa de óculos.... Serão seus?— Normalmente quando eu durmo aqui eu deixo a janela aberta porque com ela fechada eu me sinto mais quente do que já sou então, eu vou descer e dormir lá embaixo.

Helena: Não sabia que você usa óculos.

Eleanor: Há muito sobre mim que você ainda não sabe, Helena.

Saiu sorrindo e em seguida fechou a porta levando minha alma e deixando seu cheiro doce e forte de campo verde e margaridas. Eu não tinha percebido até agora que o travesseiro da sua cama tem o seu cheiro, os lençóis, a cama, cada canto desse quarto tem o seu cheiro, e eu gostaria que ela também tivesse ficado.