Capítulo 12

9 2 0
                                    

Helena

Eleanor: Bem, pensando assim seria mesmo uma tragédia arruinar esse vestido.— disse descendo as escadas. Que horas ela voltou?

Marcelo: Prima.— disse saindo ao lado da porta e caminhando até mim— Ajudas-me a colocar na cabeça da Helena que é perigoso ela ir nessa situação?

Helena: E o que vocês sugerem que eu faça— pergunto.

Eleanor: Tu podes dormir comigo.— Eleanor disse descendo as escadas—Digo, no meu quarto. Eu vou pedir para Sara colocar algo para eu dormir aqui na sala e você dorme lá.

Helena: Não, eu não quero incomodar. Você pode dormir no seu quarto, na sua cama. Além do mais meus pais...

Marcelo: Seus pais vão entender que brevemente seremos família— diz me interrompendo— E tenho a certeza que eles não se importarão pois estás aqui e não lá fora correndo perigo.

Helena: Mas...

Eleanor: Mas nada.— me interrompe sorrindo—Eu vou ligar para os seus pais, Marcelo fala com a Sara para cuidar de tudo para Helena se sentir confortável e, Helena— já em baixo connosco se aproximou— Fique à vontade.— disse saindo, provavelmente foi fazer a ligação para os meus pais.

Marcelo: Bem, eu vou fazer o que a minha prima sugeriu.— prestes a sair olhou para mim e prosseguiu— Se eu não fui bem claro, eu estava te elogiando... o vestido é o de menos, tenho certeza que você ficaria bem sem ele também. Agora se me dás licença, feliz noite, Helena.

Helena: Fe-feliz noite, Marcelo.

Está bem, se antes eu não tinha certeza agora eu tenho, Marcelo tinha me elogiado antes e agora foi bem mais sem... filtros. Se gostei de ouvir? Quem não gosta de ouvir elogios, principalmente vindo de alguém como Marcelo? Eu ainda não sei o que se passa, mas Marcelo me faz sentir confortável, segura e eu não me sentia assim há muito tempo na presença de um homem, meu pai me faz sentir completamente o oposto.

Depois que Marcelo saiu, não demorou para Sara voltar e arrumar o quarto e me chamar para subir, para entrar no quarto da Eleanor onde eu passarei a noite. Vou até o quarto e parece muito com a dona, há pinturas abstratas por todo lado, na banca uma fotografia dela com Marcelo quando crianças, uma cama grande de casal, um vaso com margaridas e uma estante com livros, desde Shakespeare até Fernando Pessoa.

Helena: Então, você gosta de poesia.— digo para mim mesma entrando mais no quarto.

Vou até a cama e vejo um pijama encima dela, com esse frio eu não vou tomar banho, nem pensar. Vou ao banheiro e me troco, prendo o meu cabelo que estava solto, tiro a maquiagem, lavo os dentes com uma escova que parece estar ali para mim, calço meias e volto para o quarto, para a cama. Tem uma luz de presença e mesmo o quarto sendo escuro, há outra luz que entra pela janela, fico pensando: será que Eleanor virá dormir já? Há algumas coisas aqui postas para ela levar onde vai dormir, mas ela dormiria confortável aqui também se quiser, mas tempo ia, tempo vinha, mas nada dela... não que eu esteja esperando por ela, só não acho a ideia de acordar desprevenida ou feia com a presença dela de manhã aqui de surpresa muito boa, mas seja como for eu preciso dormir e assim faço.

                                  [...]

Depois de duas/três horas de sono eu preciso urinar, culpa do sumo delicioso que Sara fez e eu não parava de beber... sumo de laranja, meu favorito. Mas antes de me levantar da cama noto alguém no quarto comigo, sentada enfrente a janela no sofá que lá está...

Helena: Eleanor?— pergunto perdida ainda abrindo os olhos.

Eleanor: Olá, Helena.— disse sorrindo olhando para mim.

Escrava Do Que Desejo Onde histórias criam vida. Descubra agora