Capítulo 72

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Eleanor

A cerimónia foi linda, o "momento revelação" como disse a minha princesa também, e sem falar que conheci a minha sobrinha linda. A noite está maravilhosa, mas a melhor parte está por vir, paramos de dançar e a puxei para o pátio, sim, o casamento está acontecendo no salão da casa do Marcelo.

Helena: Eu nunca me canso de vir aqui.—falou olhando o céu— É tão lindo.

Eleanor: E eu não me canso de dizer que linda é você. Sabe, quando você disse que nós não namoramos?— ela assentiu— A gente não vai.— ela me olhou na hora séria— Calma, amor. O que quero dizer é que a gente não vai dar esse passo, o que vai ser estranho quando contarmos a história de como nos conhecemos as pessoas e elas perguntarem como nos casamos sem se quer namorar.

Helena: O que você quer dizer, amor?— tirei a caixa do meu bolso e me ajoelhei, ela levou as mãos até a boca chorando— Amor!

Eleanor: O meu primo tinha razão quando me chamou de egoísta por fazer o que eu quero, por eu ter o que quero e por lutar pelo que quero, por quem desejo e não há nada nesse mundo que eu já desejei mais do que desejo você, Helena. Eu nunca desejei tanto alguém ou alguma coisa como desejo você e isso pode ser considerado doente porque me sinto uma escrava do que desejo, me sinto uma escrava dos meus sentimentos e eu não estaria mais feliz por isso porque esses sentimentos, esse desejo "doente" é por você, é tudo por você.— sorri chorando— E por isso, por amar-te tanto, desejar-te tanto ao ponto de ser considerada doente ou egoísta, eu não vejo a minha vida sem você.— abri a caixa e o que brilha no momento não é só a lua ou os olhos da minha amada, é essa aliança— Você aceita se casar comigo, Helena Sanches?

Helena: Eu aceito.— me levantei e nos abraçamos rodando e beijando— Eu aceito, eu aceito ser a tua esposa mesmo sem nunca termos namorado.— sorrimos entre o beijo a pousei no chão.

Eleanor: Por favor.— puxei a mão dela e coloquei a aliança e nos beijamos mais uma vez— Eu te amo.

Helena: Eu te amo. A minha mãe vai surtar, estou noiva de alguém que conheço em menos de 6 meses.— sorriu olhando a aliança.

Eleanor: Isso não seria um romance sáfico sem o famoso cheirinho da pressa, porque não é um relacionamento sáfico se não houver duas emocionadas que apressam as etapas— falei sorrindo.

Helena: Imagino, não é? Até porque você é a minha primeira namorada e eu não sei de quase nada sobre esse "mundo", já você.— me olhou de lado e eu a puxei lhe dando um cheiro e ela se arrepiou.

Eleanor: Com ciúmes, futura senhora Rodrigues?— falei ainda com o rosto no pescoço dela.

Helena : Hummm.— suspirou me afastando— Jogo sujo isso.— falou sorrindo e pegou a minha mão— Vamos voltar para a festa?

Eleanor: Sim, minha noiva.

Voltamos à festa e numa mesa estão sentados todos os nossos amigos, os noivos, meu primo, Fernanda e a minha sobrinha, Maria Clara está falando ao telefone com alguém eufórica, nos sentamos e todos olharam para nós por um momento, mas voltaram a conversar.

Maria Clara: Eu fico triste por a tia Paula não poder estar aqui. Foi uma cerimónia linda e um chá revelação mais lindo ainda.

Helena: Casamento revelação, correção.— disse e a Maria Clara olhou para ela por um minuto e depois arregalou os olhos e deu grito, todos a olhamos.

Ricardo: Está tudo bem, amor?— perguntou indo até ela.

Maria Clara: Não, mas vai ficar.— ficou calada e depois voltou a falar— Eu estou bem, tia Paula, só não sabia que a tua filha escondia coisas de mim.— falou olhando para a Helena que está perdida, mas todo mundo já notou pois está todo mundo olhando para o dedo dela, para a aliança na verdade— Quando você iria me contar que está noiva?

Paula: Quem está noiva?— perguntou a minha sogra depois da Maria colocar no altifalante.

Helena: Eu, mãe.— falou sorrindo e a mãe dela deu um grito, ela pegou o telefone e saiu para conversar com ela e nesse momento todos estão me parabenizando.

Eleanor: Obrigada.— falei sorrindo— Maria ?

Maria Clara: Você não me contar é uma coisa, mas ela...— abanou a cabeça fazendo drama, mas veio até mim e me abraçou— Parabéns, amiga.— se soltou me olhando— Cuida muito bem dela porque se não eu mando o Ricardo atrás de ti.— sorri, mas ambos me olham sérios e confesso fiquei um pouco assustada mesmo— Estou a brincar.— segurou o meu braço sorrindo e vimos Helena voltando.

Eleanor: Está tudo bem, amor?— perguntei segurando a cintura dela— Ela surtou muito?

Helena: Surtou, mas de felicidade.— sorriu— Ela e o meu pai na verdade.

Eleanor: Que bom, amor.— beijei a testa dela, mas Maria Clara a puxou dos meus braços.

Maria Clara:?Vem aqui, sua falsa.— a abraçou e depois a soltou— Estou muito feliz por vocês e olha eu quero ser a madrinha também, viu?

Helena: E quem mais seria ?— sorriu e se abraçaram de novo.

Ficamos curtindo a noite, até os noivos irem embora e o resto dos convidados, o Marcelo, a Fernanda e a minha sobrinha já foram dormir e eu e a Helena estamos agora no meu quarto, mas o que eu não tenho agora é sono.

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